última news: O X da questão
bizi | 09.04.24
Enquanto Elon Musk e STF discutem a questão do X aqui no Brasil, por aqui nos questionamos se você já respondeu à pesquisa do Bizi para concorrer a um ingresso muito especial para o RD Summit. Essa é a atual questão existencial que assola nossos dias, mas trouxemos várias outras indagações e insights na news de hoje.
BIZI + RD Summit
Continuando a nossa rotina de usar músicas brasileiras para representar os sentimentos da redação, quem tá fora quer entrar e quem tá dentro não sai enquanto não sair o resultado desse sorteio. E agora ele está mais perto do que nunca!
Na próxima quinta-feira, dia 11/04, às 18h, vamos revelar em uma live exclusiva no perfil do Bizi no Instagram, quem vai ganhar um ingresso PASSAPORTE para a próxima edição do RD Summit.
Essa promoção incrível está quase no finzinho, mas ainda dá tempo de participar! Se você ainda não respondeu, responda agora à pesquisa do Bizi. Leva menos de 3 minutinhos para concorrer a 3 dias inteiros de insights preciosos.
Mas, se você já respondeu, é só aguardar a live e torcer muito para o seu nome ser sorteado! Por aqui, é exatamente isso que estamos fazendo. 🤞
Agora, sim, vamos aos insights da news de hoje.
NÃO É CINEMA, MAS É HYPE: O X pode ser banido do Brasil?
Enquanto todos nós aproveitávamos o final de semana como bons integrantes do mercado que só trabalha em dias úteis, Elon Musk escolheu o período para tumultuar a internet com uma nova polêmica. Desta vez, sobre o X, o antigo Twitter e novo alvo da justiça brasileira.
Na verdade, a fala do bilionário foi uma reação a uma ordem judicial, emitida em algum momento das últimas semanas, pedindo o bloqueio de alguns perfis na plataforma, por violação de leis nacionais.
A justiça brasileira não revelou ao público quais seriam esses perfis, quais leis foram infringidas ou quais posts mostravam isso. E mais: proibiram o X de fazer o mesmo.
Então, o Global Government Affairs, a conta institucional do X fez um post oficial falando sobre essa situação, dizendo inclusive que eles são ameaçados com multas diárias se não cumprirem a ordem. Ou seja, literalmente jogaram tudo no ventilador.
Não que fosse necessário muita coisa acontecer, mas isso bastou para o chefão da rede e nossa figurinha carimbada, Elon Musk, postar sobre o caso em seu próprio perfil no X, no sábado (dia 6).
Musk fez isso marcando o perfil de Alexandre de Moraes, ministro do Supremo Tribunal Federal e atual presidente do Tribunal Superior Eleitoral.
Até aí, nada de novo. Nem para Elon, que critica abertamente todos que se opõem a sua ideologia free-speech (a famigerada liberdade de expressão), e nem para o ministro, que lida com oposição, críticas e até ameaças há pelo menos 2 anos, quando assumiu o TSE.
A partir disso, Musk começou uma verdadeira chuva de posts com comentários sobre o caso, referindo-se diretamente a Alexandre de Moraes. Em um deles, o bilionário disse que o X publicaria tudo o que foi solicitado e que o ministro havia traído a constituição e o povo brasileiro.
Em outro comentário, Elon disse que, mesmo com a decisão judicial, liberaria os perfis bloqueados na rede. Como consequência, ele mesmo determinou os possíveis resultados:
“Perderemos todas as receitas no Brasil e teremos que fechar nosso escritório lá. Mas os princípios são mais importantes do que o lucro.”
— Elon Musk, X
O empresário chegou até a sugerir uma forma dos usuários brasileiros continuarem utilizando o X, caso a previsão se concretize: um VPN.
O caso repercutiu, é claro, e no domingo (7), a resposta do ministro veio em forma de mais determinações:
“No domingo (7), o ministro Alexandre de Moraes determinou que a conduta de Elon Musk seja investigada e ordenou que o antigo Twitter não desobedeça as decisões judiciais, sob pena de multa de R$ 100 mil para cada perfil bloqueado que for reativado.”
— G1
O ministro também comentou que as contas bloqueadas, lá do começo dessa discussão, receberam essa medida porque cometiam práticas ilegais, como a disseminação de fake news.
Moraes não pegou mais leve com o X ou com o próprio Elon na declaração.
Segundo ele, o X utiliza de mecanismos ilegais e seu CEO demonstrou fortes indícios de instrumentalização criminosa para espalhar desinformação e desestabilizar instituições do Estado Democrático de Direito.
Como já era esperado, o assunto ficou extremamente politizado por aqui e ganhou colaborações de representantes tanto da direita quanto da esquerda brasileira. E nem precisamos dizer quem defendeu quem.
Não sabemos o futuro dessa discussão, mas até o momento, Elon Musk está nos trending topics de sua própria rede e nós continuamos de olho em tudo.
+ Ainda na esfera Elon Musk de acontecimentos:
O Grok, inteligência artificial do bilionário, já “ultrapassou o ChatGPT em termos de disponibilidade para usuários em todo o mundo”. A ferramenta está custando US$ 8/mês, enquanto o concorrente custa US$ 20 pelo mesmo período.
Antes da polêmica do fim de semana, Elon usou sua conta no X para anunciar que a Tesla, sua empresa de carros elétricos, vai lançar sua plataforma de robotaxis logo mais, em agosto.
DATA NOSSA DE CADA DIA: Janeiro foi o mês com mais demissões por justa causa
Demissão por justa causa. Essas quatro palavrinhas que intimidam proletariado e sistemas empresariais bateram recorde em janeiro deste ano.
De acordo com um levantamento feito pela LCA Consultores Econômicos, foram 39.511 demissões por justa causa, só neste mês. Esse é o maior número registrado pela série histórica, que começou em 2004.
“O total de demissões por justa causa de janeiro é 11,5% maior do que os 34.131 de dezembro e representa 25,6% a mais do que os 31.454 desligamentos desse tipo em janeiro de 2023, segundo dados do Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Caged), do Ministério do Trabalho e Emprego.”
— Valor Investe
Em fevereiro, os números caíram um pouco, mas continuaram altos — 35.667, 25,1% a mais que em 2023.
Segundo os especialistas, isso indica uma tendência.
Os especialistas também ressaltam que, atualmente, o mercado conta com muitas pessoas com menos experiência e isso também pode ter sua parcela nesses números.
“Isso gera potencial maior para erros por parte dos trabalhadores e comportamentos que poderiam levar a uma demissão por justa causa mais facilmente.”
— Daniel Duque, do Instituto Brasileiro de Economia da Fundação Getulio Vargas (FGV Ibre)
Todos esses dados apontam que o mercado está passando por um período intenso e que, embora exista mais rotatividade, também existem mais possibilidades — tanto para o proletariado, quanto para os sistemas empresariais.
O que achou desses índices? As demissões por justa causa ainda te assustam?
+ Confira mais comportamentos do mercado de trabalho atual:
DATA NOSSA DE CADA DIA: Mais da metade dos funcionários estão se demitindo.
FRAMEWORK: Segunda-feira mínima.
PREVISÃO DO MERCADO: 4 tendências do mercado de trabalho para 2024.
FRAMEWORK: Por que existem tantos casos de burnout entre os millennials?
Se você acompanha o Bizi sabe que sempre trazemos insights sobre a relação das gerações mais novas com o mercado de trabalho.
Gostamos mais quando esses insights são positivos, mas também encontramos muitos dados sobre quando essa relação foge do controle e se torna nociva. E exatamente por isso, também é importante compartilhar.
Nesta curadoria nos deparamos com um estudo da Deloitte, que mostra a estreita relação dos millennials, não com o trabalho, mas com o burnout.
Mais de 50% da geração está esgotada e isso é consequência direta de um gap enorme entre as expectativas geradas e a realidade vivida pelos millennials.
As expectativas eram bem parecidas com o que seus pais, Baby Boomers, já haviam conquistado quando tinham a mesma idade: casa própria, emprego estável, economias em dia e poupança garantida.
Mas a realidade é bem diferente:
- 62% dos millennials brasileiros vivem apenas com o salário do mês e se preocupam em não conseguir pagar todas as despesas;
Tudo isso gera uma ansiedade com relação ao trabalho, no geral. De fato, 45% deles se sentem estressados ou ansiosos no trabalho e a pesquisa também identificou o porquê:
- Saúde/bem-estar social da família (54%);
- Preocupações com a saúde mental (53%);
- Futuro financeiro de longo prazo (53%);
- Preocupações com as finanças do dia a dia (49%);
- Família e relações pessoais (43%);
Se identificou por aí?
A recorrência do burnout na geração não é novidade e já chamava a atenção desde 2019, antes mesmo da pandemia, que fez tudo se intensificar.
Acontece que esses ingredientes perfeitos para gerar um burnout não são exclusividade dos millennials. A pesquisa também identificou que 52% dos C-Levels disseram ter sofrido um burnout — esse número sobe para 62% no Brasil.
“Profissionais relatam um receio com relação ao futuro devido à instabilidade econômica e alta inflação que estamos vivendo, além da falta de suporte das organizações.”
— Tatiana Fiore, gerente de marketing da LHH Brasil.
É interessante notar que fala-se bastante sobre os conflitos geracionais no mercado (inclusive aqui no Bizi) e sua consequência para os líderes, geralmente mais velhos, mas a frustração também acontece por anseios e perspectivas que as diferentes gerações já trazem consigo.
No caso dos millennials, Fiore explica que eles têm um perfil workaholic, que foi herdado da geração anterior, mas também têm muitos questionamentos, coisa que vem muito deles (e do contexto sociocultural em que cresceram).
Um dos questionamentos principais é sobre o papel do trabalho em suas vidas.
- De acordo com Marcos Olliver, líder de talentos da Deloitte, o trabalho ainda é central para seu senso de identidade dos millennials e só fica atrás da família e amigos;
- Porém, eles buscam cada vez mais por equilíbrio entre vida pessoal e profissional. Para eles, os modelos de trabalho híbrido e remoto representam esse status desejado;
- Tanto é que 59% dos millennials acreditam que o trabalho remoto é positivo para sua saúde mental.
Mas, muito além do modelo, os millennials estão buscando especificamente por locais de trabalho onde sintam segurança e oportunidades de desenvolvimento, tanto pessoal como profissional.
Afinal, não acreditamos que nenhuma geração deseje algo diferente disso no mercado atual.
E por aí, como andam as demandas dos seus liderados?
WOW: Campanhas muito boas para serem vistas rapidamente
Para terminar essa news em um clima muito bom, vamos falar de campanhas muito boas?
OOH: O bug da Dove
Em sua última campanha, a Dove criou um bug proposital em suas peças de OOH espalhadas por São Paulo e Rio de Janeiro, para falar de um bug que acontece na pele.
A marca “danificou” ⅓ das peças com um efeito de glitch, para falar que a lâmina danifica a mesma porcentagem da pele a cada depilação. Mas tudo bem, segundo a marca, porque Dove repara os danos com seus atributos hidratantes.
“A Dove e a David também se uniram à Tastemakers para promover a ação em parceria com três mulheres do cenário do grafite brasileiro, que elencaram obras que já apresentavam sinais de desgaste por conta de fatores externos para serem reparadas, fazendo uma referência ao uso dos produtos da marca.”
— Propmark
Inovação: a caneta da alfabetização
Ontem, a marca também comunicou a parceria com a atriz Paolla Oliveira, que chegou oficialmente ao time da Dove.
A atriz já tinha participado da campanha Sem Filtros, mas agora ela é embaixadora da filosofia Beleza Real, defendida por ambas. Uma estratégia de marketing de influência que faz todo o sentido!
Além da Dove, quem também ganhou o selo de aprovação da redação foi a campanha The Literacy Pen, feita pela World Literacy Foundation em parceria com a Media.Monks Los Angeles para criar uma caneta que permite indivíduos analfabetos a começarem a ler e escrever instantaneamente.
Funciona assim: a caneta possui um microfone e uma pequena tela digital. Conforme o usuário fala uma palavra, o visor exibe o texto, letra por letra, para que a pessoa possa escrever, tudo de forma bem orgânica.
De acordo com os criadores, o objetivo de forma alguma é substituir a alfabetização, mas aprimorar esse processo. Que incrível, não é?
🤔 Nada de se afundar em questionamentos, ok? O Bizi pode não ter todas as respostas, mas estamos aqui para te ajudar a chegar até elas. Até a próxima news! Ou melhor, até o sorteio do PASSAPORTE para o RD Summit 2024, na quinta-feira (11), às 18h. Nos vemos lá!
