framework: O eterno debate volta aos holofotes: trabalho remoto ou presencial?

bizi | 06.10.23

Esse não é necessariamente um tema novo por aqui. Quem acompanha a news há um tempinho já sabe que o home office ainda é um grande ponto de interrogação para muitas companhias.

No entanto, hoje trouxemos uma perspectiva diferente sobre esse tema: o que os dados apontam quando o assunto é o trabalho remoto.

Muitos CEOs de grandes empresas são contrários ao trabalho à distância. Entre eles podemos destacar Larry Fink, CEO da BlackRock, Bob Iger, CEO da Disney, Jamie Dimon, CEO do JPMorgan Chase, e vários outros.

O ponto em comum, é que não há dados que realmente comprovem que o home office diminui a produtividade dos profissionais no geral, principalmente se levarmos em consideração que os atuais dados sobre o tema estudam categorias de trabalhadores de nicho. 

Para Brian Elliott, que anteriormente liderou o consórcio de pesquisa Future Forum do Slack e agora aconselha equipes executivas sobre acordos de trabalho flexíveis, isso não passa de uma “nostalgia executiva”, na qual “ainda há esse grande aspecto de câmera de eco do CEO”. 

Entre prós e contras, a Forbes EUA conversou com pesquisadores acadêmicos, consultores corporativos e executivos de negócios com o objetivo de identificar o que dados, de fato, dizem sobre o trabalho remoto.

E é isso que você vai acompanhar a partir de agora.

Segundo a Forbes, “embora alguns dados possam parecer apoiar as reclamações dos executivos — que o trabalho remoto diminui a produtividade, prejudica os trabalhadores mais jovens, diminui a criatividade ou mata a cultura corporativa — outra pesquisa sugere que ele faz o oposto, convertendo tempos de deslocamento economizados em mais horas de trabalho, retendo trabalhadores com crianças ou necessidades de atendimento a idosos que precisam de flexibilidade e facilitam a criação de forças de trabalho diversificadas quando a contratação não é limitada pela geografia”.

Ou seja, esse ainda é um tema que deixa muitos CEOs e companhias em cima do muro.

O problema é que, quando falamos sobre trabalho, seja ele remoto ou presencial, existem dois fatores principais que devem ser levados em consideração: produtividade e criatividade.

A produtividade

Sobre a produtividade, as pesquisas não foram tão conclusivas como o esperado. Isso porque de um lado há quem defenda que trabalhadores presenciais são mais produtivos, como um trabalho recente do economista de Stanford, Nicholas Bloom, que revisou os estudos existentes sobre o assunto e causou alvoroço quando apontou para pesquisas mostrando que forças de trabalho totalmente remotas pareciam ter reduzido a produtividade em cerca de 10%, em média.

No entanto, se analisarmos mais minuciosamente, o estudo tende a olhar para a força de trabalho de baixa remuneração, aquela que realiza tarefas repetitivas, como agentes de call center ou trabalhadores que compilam dados na Índia. 

Então… não, talvez esse dado não impacte ou tenha relação alguma com seu modelo de trabalho aqui no Brasil.

A criatividade

Sobre a criatividade não foi muito diferente. Alguns estudos indicam que as pessoas não conversam regularmente com colegas de trabalho que se sentam a mais de 10 metros de distância, mesmo que a oportunidade esteja tecnicamente presente.

Logo, nem sempre trabalhar presencial significa ser mais criativo ou sociável.

Além disso, algumas análises mostraram que as pessoas são mais propensas a ter ideias mais originais quando não estão fazendo brainstorming em grupo. Viu? Nem sempre são mais sociáveis mesmo.

Em contrapartida, outros estudos descobriram que o trabalho presencial traz vantagens para a criatividade. A pesquisa do professor de Stanford Graduate School of Business, Jonathan Levav, descobriu em um experimento que equipes totalmente remotas trabalhando em novos projetos de produtos por meio de ferramentas de videoconferência eram menos eficazes do que seus colegas presenciais. 

E agora?

Nesse caso, o híbrido pode ser uma boa opção. Raj Choudhury, professor da Harvard Business School, descobriu que as equipes que trabalhavam juntas entre 25% e 40% do tempo tinham uma produção de trabalho mais inovadora — melhores resultados do que aquelas que passavam menos ou mais tempo no escritório.

Mas, obviamente, isso não é algo que possa ser escrito em pedra. Embora seja um tema muito, muito mesmo, debatido durante e depois da pandemia, os estudos são poucos conclusivos e, na maioria das vezes, englobam poucos setores. 

Então, optar ou não pelo trabalho à distância ainda depende unicamente do seu modelo de negócio, do tamanho da sua equipe, da gestão da sua empresa e, claro, das ações que buscam equilibrar produtividade e criatividade.

E aí, você fica de qual lado dessa disputa? 

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