deu ruim: O que acontece quando a maior turnê do ano encontra o maior calor do Brasil?

bizi | 21.11.23

Desde que a turnê “The Eras Tour”, da cantora Taylor Swift, começou a quebrar recordes e ganhar destaque pelo mundo, estamos tomando notas para compartilhar quando ela chegasse aqui no Brasil, neste fatídico novembro.

Até sexta-feira passada, tínhamos certo exatamente o que íamos falar, mas de repente, o rumo das notícias mudou.

O climão está oficialmente instalado em tudo o que a redação viu sobre a “The Eras Tour” nos últimos dias, literalmente.

Mas, antes de mais nada, caso você não tenha visto nada sobre esse assunto até agora, a gente te atualiza em 1 parágrafo:

Taylor Swift é uma das maiores cantoras pop da atualidade — em números, prêmios e fãs. A loirinha, como foi apelidada pelos brasileiros, já transitou por vários gêneros e teve suas diversas fases (“the eras”). Mas todas tem algo em comum: o amor incondicional dos swifties, seus fãs. Após cerca de 10 anos sem fazer shows no Brasil, inclusive, com um adiamento no meio da pandemia, Taylor anunciou que a The Eras Tour, sua turnê mais recente, viria para cá em novembro deste ano. E veio. E tem sido uma montanha-russa desde então.

Quem é Taylor Swift?

Caso você nunca tenha ouvido falar sobre ela (o que, sinceramente, achamos um pouco difícil), Taylor Swift é uma cantora norte-americana, com 33 anos de idade e mais de 15 anos de carreira, que se tornou uma das maiores potências musicais da história.

A cantora e compositora já ganhou diversos prêmios do setor, como Grammys e VMAs. No Billboard Music Awards 2023, por exemplo, Taylor foi a artista com o maior número de indicações. Vale lembrar que ela já havia se consagrado como a maior ganhadora feminina de todos os tempos da premiação.

E nada disso é por acaso. Além de talento e uma clara visão estratégica do próprio negócio, Taylor soube se impor nessa indústria tão competitiva, desafiar grandes nomes e subverter o sistema a seu favor, como é o caso dos recentes álbuns “Taylor’s Version”.

Basicamente, a cantora está regravando uma por uma de suas canções (foram 4 álbuns até agora) para recuperar a posse e direitos pela reprodução de sua música. 

The Eras Tour — antes do BR

Além das canções emocionantes, Taylor também é conhecida por performances impecáveis e não foi diferente na The Eras Tour. Aliás, isso se intensificou.

Como o próprio nome já diz, a turnê, que começou em março nos Estados Unidos, celebra as diferentes fases da cantora, que tem mais de 10 álbuns em seu repertório.

E a grandiosidade da turnê já começa pelo tempo de duração dos shows: para apresentar todas as eras, o espetáculo conta com uma setlist de 44 músicas e tem mais de 3h!

Dados da turnê até outubro já a apontavam como a mais lucrativa do ano: com 56 shows, a turnê alcançou uma receita bruta de US$ 780 milhões e lucro líquido de US$ 305 milhões, segundo a Forbes.

De acordo com a Bloomberg News, depois da The Eras Tour, Taylor teria um patrimônio líquido de US$ 1,1 bilhão.

Mas o peso da turnê não foi benéfico só para a cantora. A The Eras Tour teve um grande impacto na economia das cidades pelas quais passou.

“Na Filadélfia, Estados Unidos, a compositora foi responsável pelo aumento de hospedagens, como cita o próprio Banco Central norte-americano em relatório. Também em solo americano, a cidade de Cincinnati faturou mais de US$ 2,6 milhões só em hotéis durante a passagem da cantora por lá. Já em Chicago, houve recorde de quartos ocupados, mesmo com uma lenta recuperação do setor turístico pós-pandemia.”
— SBT News

E também não é só com os shows em si. A The Eras Tour se tornou um filme documentário, lançado em outubro deste ano. O longa bateu recorde de bilheteria nos EUA e Canadá e já gerou uma receita de US$ 97 milhões.

Tudo isso fez com que alguns países inclusive pedissem pela presença da The Eras Tour. Esse foi o caso bem-sucedido do primeiro-ministro canadense, Justin Trudeau, mas também do pedido que ficou no vácuo, feito pelo presidente Gabriel Boric, do Chile.

Por aqui, dados da SPTuris, divulgados na Revista Veja, mostram que a turnê — que começou no dia 17 de novembro no Rio de Janeiro (RJ) e vai até o dia 26 de novembro em São Paulo (SP) — deve movimentar R$ 400 milhões na nossa economia. Ou, pelo menos, era essa a estimativa até o dia 18.

The Eras Tour — depois do BR

Anunciada em junho deste ano, a famigerada turnê foi trazida ao Brasil pela empresa T4F, a mesma empresa do show cancelado na pandemia.

Em meio à homenagem no Cristo Redentor, a alegria dos fãs e, claro, a movimentação na economia, a The Eras Tour chegou por aqui junto com uma das maiores ondas de calor da história do nosso país. E isso mudou completamente o rumo das coisas.

Já no primeiro show da passagem pelo Brasil, mais de 1.000 pessoas passaram mal em decorrência das condições climáticas e algumas até relataram queimaduras pelo contato com superfícies de metal.

Mas o ápice do desastre foi a morte da jovem Ana Clara Benevides, depois de uma parada cardiorrespiratória.

Durante a redação desta news, inúmeras matérias e comentários sobre isso estão surgindo e a crise enfrentada pela turnê cresce. Mas um personagem está em destaque: a T4F.

Relatos dos show destacaram várias medidas que contribuíram para a fatalidade:

  • A começar pela proibição da entrada de garrafas de água e a falta de disponibilização de água gratuita dentro do estádio. O copo de água, com cerca de 200ml, que custava R$ 8;
  • Relatos em vídeo também mostraram que algumas saídas de ar estavam fechadas com tapumes pretos. A especulação é de que eles serviam para impedir a visão de quem estava de fora;
  • Fãs também relataram que o piso era de metal em algumas áreas da plateia e a sensação térmica chegou a 60ºC durante a apresentação.

A T4F não deixou de se pronunciar depois do ocorrido, mas foi como se deixasse.

Na nota oficial a empresa não demonstrou sensibilidade pelo caso, como era esperado. Também não prestou assistência financeira à família de Ana (que morava no Mato Grosso do Sul) e ainda demorou para tomar medidas que evitassem novas ocorrências.

O show do dia 18 foi adiado, mas com apenas 2 horas de antecedência, e a liberação da entrada de garrafas de água só aconteceu depois da pressão da prefeitura do Rio de Janeiro e do Ministério da Justiça.

E esse foi apenas o gatilho para várias outras críticas à organização do evento, preço dos ingressos, falta de segurança na região do estádio Nilton Santos (onde aconteceram os shows) e outros problemas estruturais.

Junto com a T4F, a equipe de Taylor e a própria cantora — que, até o momento, não se manifestou — têm uma grande crise para enfrentar pela frente.

Até o Procon-RJ iniciou uma investigação à T4F por possível violação de direitos durante o show em questão.

Independentemente dos protestos, a The Eras Tour segue e chegará em São Paulo nesta sexta-feira para as últimas apresentações no Brasil. Mas algo nos diz que essa história não vai acabar aí.

Não perca nenhuma novidade!

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