esta é new!: Era uma vez um CEO e sua ex-atual-empresa

bizi | 24.11.23

Na última news, compartilhamos uma notinha na seção VERY BIZI sobre a contratação que a Microsoft fez de Sam Altman, depois de ser demitido da OpenAI.

Até aí, tudo normal, certo? É uma movimentação de mercado comum que acontece em muitos setores.

Acontece que Altman não era apenas CEO da OpenAI, mas também co-fundador e um dos principais rostos da empresa. E, caso você não tenha reconhecido pelo nome, ela é a dona do famosíssimo ChatGPT.

Mas esse não foi o episódio mais dramático dessa transação. 

Em menos de uma semana, Sam Altman foi demitido pelo conselho da OpenAI, contratado pela Microsoft para liderar a nova equipe de pesquisa em IA da empresa e recontratado pela OpenAI para o antigo cargo.

Nesse meio tempo, porém, muitas coisas aconteceram. Trouxemos um resumo de tudo para você entender de vez o que está acontecendo em uma das empresas mais comentadas da atualidade.

Mas, antes, três notinhas rápidas para contextualizar todo mundo:

Sam Altman é um programador e empresário estadunidense que já ajudou a fundar rede social, empresas e, mais recentemente, o ChatGPT. Sem dúvidas, a ferramenta é o modelo de linguagem de inteligência artificial generativa mais conhecido do mundo atualmente.

A OpenAI é uma empresa por trás do ChatGPT, uma das mais proeminentes do Vale do Silício. Apesar da fama recente, a empresa estuda a inteligência artificial desde 2015, quando foi fundada por algumas mentes brilhantes. Inclusive, uma delas era Elon Musk, que deixou a empresa 3 anos depois (já falamos um pouco sobre essa relação aqui).

Vale lembrar que uma das empresas que mais investe na OpenAI é a Microsoft, a maior desenvolvedora de tecnologia e softwares do mundo. Vale ressaltar também que a empresa não gostou nada da decisão pela demissão de Altman.

Antes da demissão

Os motivos reais da demissão ainda não são claros, apesar das especulações. Mas comunicados apontam um atrito entre a visão de Sam Altman e o quadro de diretores da OpenAI.

De acordo com relatos de pessoas que estão dentro da empresa ouvidos pela Reuters, o ápice dessa discordância teria sido a descoberta do modelo de aprendizagem Q*.

A novidade é o que especialistas chamam de AGI (artificial general intelligence ou inteligência artificial geral), um passo a mais na evolução da IA generativa, capaz de entender, aprender e aplicar conhecimento em qualquer tarefa cognitiva. Sim, exatamente como um ser humano faz.

“A reportagem da Reuters apontou que, antes dos quatro dias de exílio do CEO da OpenAI, Sam Altman, vários pesquisadores da equipe tinham escrito uma carta ao conselho de diretores alertando sobre uma descoberta poderosa de IA que, segundo eles, poderia ameaçar a humanidade.”
— Olhar Digital

Essas mesmas fontes ouvidas pela agência disseram que Altman vinha trabalhando no desenvolvimento do Q*, mesmo depois do conselho apontar suas preocupações.

Mas a demissão também teria sido motivada por outras questões, como a “comercialização de certas atualizações antes de compreender totalmente as consequências da tecnologia”, de acordo com a Exame.

Teoricamente, essa carta feita por alguns pesquisadores teria sido enviada ao conselho. Mas outra fonte declarou ao The Verge que ela nunca chegou ao conselho. E mais: que o avanço da pesquisa da superinteligência não teve nada a ver com a decisão. E agora?

A decisão do conselho da OpenAI

Independentemente dos motivos, no dia 17 de novembro (sexta-feira passada) Sam Altman foi deposto do cargo de CEO e demitido de sua própria empresa.

Em uma nota divulgada pela Reuters, o conselho disse que “[Altman] não era consistentemente sincero nas suas comunicações com o conselho, prejudicando a sua capacidade de exercer as suas responsabilidades”. E ainda que “não confia mais em sua capacidade de continuar liderando”.
— Canaltech

No mesmo dia, Mira Murati, diretora de tecnologia da empresa, assumiu como CEO interina e a OpenAI também comunicou que Greg Brockman, que também foi cofundador da empresa, deixaria o cargo de presidente do conselho para auxiliar na reposição de um novo nome como CEO.

Como já falamos, a Microsoft não demorou para aproveitar o talento de Altman e já encaixou o executivo em seu concorrido quadro de funcionários. A decisão foi divulgada pelo próprio Satya Nadella, presidente da Microsoft, em seu perfil no X.

Mas a Microsoft também adquiriu um novo funcionário: Greg Brockman, que pediu demissão logo em seguida da decisão do conselho pela saída de Altman.

Mas a bigtech não foi a única que não gostou da decisão. A demissão gerou uma onda de reações e uma delas foi a ameaça de demissão em massa por parte dos funcionários.

A ação, por sua vez, fez Ilya Sutskever, o porta-voz da demissão, meio que voltar atrás e pedir desculpas publicamente por sua decisão junto ao conselho.

Depois da decisão, outra decisão

Nesse ponto, não sabemos você aí, mas aqui estamos rindo de nervoso de toda essa história.

Fato é que diversos portais já começaram a apontar uma crise geral no universo da IA em decorrência das decisões da OpenAI.

Fora que centenas de especulações sobre o Q* já alugaram um triplex na cabeça dos mais otimistas, mas principalmente dos mais pessimistas em relação à tecnologia.

O substituto escolhido pelo conselho, Emmett Shear, entrou na segunda-feira, dia 20, mas deve ter batido o recorde de CEO por menos tempo.

Oficialmente no dia 22, quarta-feira, a OpenAI anunciou a volta daquele que quase nem foi, o famigerado Sam Altman. E as mudanças não pararam por aí:

“Além do retorno de Altman, o conselho será liderado por Bret Taylor, ex-co-CEO da Salesforce. Os outros diretores são Larry Summers, ex-secretário do Tesouro dos EUA, e Adam D’Angelo, cofundador e CEO da Quora que já fazia parte do antigo board.”
— Infomoney

Ou seja, nada de Ilya, nada de Emmett e muitas incertezas presentes.

Junto com o comunicado, a empresa disse que esse conselho é temporário e que pretende remodelar o quadro em breve. O famoso “esperar a poeira baixar” para depois fazê-la subir novamente.

Outras fontes internas disseram à imprensa que 1) Altman concordou em não fazer parte do conselho para agilizar a recontratação; 2) mas, provavelmente, ele deve entrar na nova formação; e 3) o ex-novo-CEO concordou com uma investigação interna sobre sua conduta.

Daqui para frente, a única coisa que temos certeza é de que a história ainda vai render bastante. Do lado daqui, ficamos de olho nos próximos passos do mercado e, principalmente, da tecnologia.


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