última news: Em clima de retrospectiva
bizi | 20.12.24
Eles chegaram: o último dia útil do ano e o último Bizi de 2024! Mas, nada de tristeza, para se despedir em grande estilo, recordando os pontos que nos trouxeram até aqui, nessa última news trouxemos os insights quentinhos de sempre, mas também os destaques das nossas amadas editorias em uma retrospectiva nem tão Bizi assim. Para rever e acompanhar tudo o que rolou e continua rolando no mercado nesse ano incrível, vem com a gente!
WOW: Itaú com Fernanda Montenegro + Fernanda Torres + Rebeca Andrade
Podem ter enfeites por todos os lados, a playlist com Mariah Carey e Michael Bublé pode estar no repeat; mas não é Natal ainda se a propaganda do Itaú com Fernanda Montenegro ainda não foi lançada.
Bom, então agora, podemos dizer que, oficialmente, o Natal chegou.
Nesta última edição do Bizi de 2024, não tinha como não falar dessa campanha que, apesar do discurso emocionante, vai muito além da primeira impressão.
A propaganda já se tornou uma verdadeira assinatura semiótica do banco.
Com pequenas adaptações ao longo dos anos, uma das atrizes mais prestigiadas do Brasil continua emprestando seus principais símbolos ao Itaú: tradição, talento, autoridade, proximidade, emoção.
Depois de um ano de campanhas que comemoram o centenário da marca e comprovam sua solidez no mercado brasileiro, esse é um jeito, comprovado empiricamente, de tornar o banco mais humano.
Afinal, ninguém está ali pedindo para você abrir uma conta no próximo ano, mas relembrando daquilo que realmente importa e não se altera com a virada dos ciclos.
E, por falar em conexão, essa é uma das novidades deste ano: a inteligência artificial. Como se fossem perguntas feitas à IA, o roteiro coloca em perspectiva tudo o que podemos perguntar à tecnologia, mas só humanos conseguem explicar de verdade.
Mas não é só Fernanda Montenegro que responde. O filme de 2024 também marca a chegada de duas personalidades que ascenderam este ano: Fernanda Torres, atriz e filha de Montenegro, e Rebeca Andrade, ginasta brasileira e rosto de diversas campanhas este ano.
De acordo com o Itaú, Torres e Andrade continuarão aparecendo em campanhas do banco ao longo de 2025.
Afinal, ninguém melhor para assumir o legado de uma mãe que a própria filha, não é mesmo? Principalmente no momento que Fernanda Torres vive agora, em uma “corrida do Oscar” muito parecida com a que Fernanda Montenegro viveu em 1999.
Na opinião da redação, entre os diversos caminhos possíveis para uma campanha publicitária, escolher deliberadamente “não inovar” pode ser um risco irreversível.
Mas quando você já encontrou a fórmula que faz você se conectar com seu público e, além dele, virar assunto (ou meme) entre toda a população, talvez, o erro seria mudar.
+ WOW
Principais campanhas do ano, na nossa opinião:
- Guaraná Antárctica, Shell e Heineken: Ayrton Senna nas campanhas
- Toys ‘R’ Us: O primeiro comercial feito totalmente com IA
- McDonald’s: O McFish voltou… de novo
- CoorDown + NDSS: Presuma que eu possa: Dia Mundial da Síndrome de Down
- Burger King: Que audácia de propagandas do BK!
+ ESTA É NEW e VIEW E REVIEW
Novidades, atualizações e movimentos que mexeram com as nossas estruturas:
- Mocha Mousse: a cor do ano e como ela impacta nos negócios
- Brain rot é a palavra do ano do dicionário Oxford
- A primeira “Ministra de IA”
- Dinheiro digital
- Por que agora todos os streamings têm anúncios?
- ChatGPT 🤝 Jornais
DATA NOSSA DE CADA DIA: 1 = 270.631
Quantos domicílios vale cada ponto de audiência na Kantar?
O medidor oficial da audiência na televisão brasileira acabou de atualizar os números para 2025 e eles são promissores.
A partir de agora, cada ponto de audiência vai equivaler a 270.631 domicílios que, por sua vez, representam 692.281 indivíduos — uma média de 2,5 pessoas/casa.
A título de comparação, no início do ano, um ponto de audiência representava 253.273 domicílios e 658.194 indivíduos.
Todos os anos, a Kantar faz essa atualização baseada nos dados do Censo que apontam as mudanças no crescimento populacional. E, ao contrário do que aconteceu neste ano, o ponteiro não altera sempre para cima. De 2023 para 2024, por exemplo, o valor de domicílios e indivíduos por ponto caiu.
Mas a previsão para o próximo ciclo confirma que, não só a população cresceu, como também o número de pessoas conectadas.
Além da média nacional, a Kantar também atualizou os números de todos os 15 mercados:
Então, para 2025, marcas que quiserem alcançar seu público em cheio, já sabem onde investir.
+ DATA NOSSA DE CADA DIA
Os dados que mais chamaram nossa atenção:
- 77% das empresas não estão preparadas para a transformação digital
- 78% dos brasileiros confia em indicações de influencers
- 47% dos consumidores estão mais abertos aos anúncios
- 4 em cada 10 profissionais brasileiros se sentem estressados no trabalho
- 84% dos CEOs de empresas de tecnologia enxergam a IA generativa como prioridade
+ NÃO É CINEMA, MAS É HYPE
Entre uma pauta e outra, também ganhou nosso hiperfoco:
- Hallyu, a onda coreana
- Só se fala nelas, as Olimpíadas de Paris 2024
- Criptomoedas de IA
- Só humanos podem dublar
- Taylor Swift, Super Bowl e empresas aéreas
+ INSIDE
Hora de relembrar as coberturas do ano:
- RD Summit 2024: O maior evento de marketing, vendas e e-commerce da América Latina
- Tudo o que vimos no DDDDay, pt. 1
- Universo TOTVS: Um universo de possibilidades
DEU RUIM: Largo da Batata, mas não da Ruffles
Qual é o limite do marketing? No caso da Ruffles, foi um espaço público.
Depois de anunciar que ia revitalizar o Largo da Batata, praça pública localizada na região oeste da capital paulista, a PepsiCo, dona da Ruffles, retrocedeu. Mas não foi bem uma opção.
A proposta era renovar esse espaço histórico da cidade com uma doação generosa de R$ 1,1 milhão ao longo de 24 meses. As mudanças incluiriam academia ao ar livre, pista de skate, instalação de wi-fi e melhorias no parquinho. Além, é claro, de espaços temáticos, publicidades, elementos ligados ao slogan da marca e “instagramáveis”.
A gestão do local em parceria com a gestora Farah Service e, segundo a PepsiCo, tudo de acordo com a SubPrefeitura de Pinheiros, bairro onde a praça está localizada.
Tudo isso viria em troca da oportunidade perfeita de poder chamar o espaço de “Largo da Batata Ruffles”, mas não como um naming rights. Entenda, esse era apenas o nome da campanha, não uma proposta de renomear o espaço público.
Porém, nesta semana, a Prefeitura de São Paulo anunciou a suspensão da concessão desse espaço. O motivo? Faltou aprovação.
“O processo não passou por licitação, consulta pública e também de análise da Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU), órgão da Secretaria Municipal de Urbanismo e Licenciamento. (…) ‘A decisão de tornar o termo assinado sem efeito nesta quinta-feira foi necessária para que a Comissão de Proteção à Paisagem Urbana (CPPU) se manifeste a respeito da proposta de comunicação visual do parceiro para o espaço’, informou o Executivo municipal em nota.”
— CNN
O curioso é que, segundo a própria Prefeitura, os requisitos do processo que dizem respeito aos serviços de zeladoria e doação de equipamentos como mobiliário urbano e horta, respeitaram a legislação em vigor que, por sua vez, não exige licitação. Ué!
Provavelmente, a decisão também tenha sido motivada pelas reações não tão positivas do público.
Ao contrário do que aconteceu com o MorumBis (naming rights memorável de uma empresa privada, com acesso privado), as redes sociais não foram muito favoráveis aqui, por se tratar de um espaço público.
Do lado da Ruffles, só restou dizer que a intenção era boa.
“O objetivo do projeto sempre foi o de oferecer benefícios e melhorias para a população que frequenta o Largo. Lamentamos a percepção que pode ter sido gerada sobre intenções eventualmente diferentes desta. (…) A companhia tem um histórico de boas práticas de parcerias no estado de São Paulo e em outras regiões do país, e vai repensar a iniciativa como um todo, uma vez que contribuir com o desenvolvimento socioambiental das comunidades continua sendo um forte compromisso da PepsiCo, presente há 70 anos no Brasil. A companhia reafirma seu compromisso com a cidade de São Paulo e se coloca à disposição para quaisquer esclarecimentos.”
— Comunicado oficial da PepsiCo
Por fim, a PepsiCo disse que ainda aguarda a avaliação dos demais órgãos ligados à Prefeitura para determinar se a ação vai continuar ou não.
Não dá para ser ingênuo a ponto de achar que essa era uma estratégia completamente altruísta e sem segundas intenções. O objetivo era claro e muito válido: associar a marca a bons momentos, em um bom lugar, no coração de um dos bairros mais famosos de Sampa. Imagina quantas pessoas impactadas virtual e presencialmente por esse investimento?
Mas talvez seja um pouco de ingenuidade achar que a marca vai sair dessa por baixo. Agora que a Ruffles alcançou destaque nas conversas, muito antes do prazo imaginado caso a revitalização ainda aconteça, esse já é, em si, um grande anúncio.
Quer saber como? Da próxima vez que você for ao supermercado nesta semana (boa sorte, aliás), é só ver qual marca de chips de batatas vai chamar mais a sua atenção, mesmo que involuntariamente.
Por fim, o que achou do desfecho dessa quase campanha?
+ DEU RUIM
Os principais fracassos aprendizados do ano:
- O Pix que deu o que falar
- O X vai sair do Brasil
- O Conar tirou anúncios de casas de apostas do ar
- A taxação de compras internacionais
- Espera aí! O fim dos cookies ainda não é agora
+ HOW TO
Tutoriais que fizeram a diferença:
- Se tornar uma liderança inspiradora
- Ter uma cultura de aprendizagem no trabalho
- Fazer as reuniões valerem a pena
- Usar a IA para prever o futuro do seu negócio
FRAMEWORK: Como fazer as pessoas saberem que elas importam
Nas nossas editorias, falamos diversas vezes aqui no Bizi sobre como o sentimento dos colaboradores em relação à empresa interfere diretamente no trabalho que desempenham.
Ao longo dos últimos anos, especialmente os que vieram após a pandemia, isso provocou baixa produtividade e números de turnover elevados, assim como muitos movimentos alternativos — o que chamamos de trends corporativas, como o comentadíssimo quiet quitting.
Essa desmotivação dos profissionais é seriamente impactada pela sensação de que, no fim das contas, eles não importam para a empresa.
Segundo a Inc. “é uma sensação de invisibilidade: ninguém te vê, te ouve ou valoriza o que você traz para a mesa”. Os psicólogos têm um termo para isso: “anti-mattering”, que podemos traduzir livremente como “anti-importância”.
Inclusive, um estudo da Culture Amp revelou que os principais motivos para profissionais de alta performance deixarem seus empregos são o propósito, oportunidades de crescimento e, mais importante ainda, o relacionamento com seus líderes.
“Ao invés de conceder aumentos ou fazer propostas de emprego competitivas, se importar é algo que líderes e gerentes têm o poder de controlar todos os dias.”
— Inc.
Mas qual será a solução para reverter esse quadro? De acordo com Marcel Schwantes, editor da Inc. que já apareceu por aqui antes, são 3 passos:
1. Possibilite o desenvolvimento de carreiras
Hoje, os profissionais não querem apenas evoluir em suas áreas, mas terem a chance de explorar diferentes trajetórias.
Para Schwantes, isso é sobre testar e aprender novas habilidades — e os profissionais estão especialmente interessados em testar aquilo que os empodera na trajetória da própria carreira.
Por isso, a principal dica é substituir o plano de carreira tradicional por estruturas que permitam que os profissionais cresçam não só verticalmente, mas por meio de outros departamentos e funções.
2. Alinhe os valores da companhia com os valores dos colaboradores
Mais do que nunca, os profissionais querem trabalhar para uma empresa que converse com seus valores, já que um emprego não representa só o sustento, mas parte da identidade de uma pessoa.
O problema é que muitos dos novos funcionários do mercado encontram uma grande falha nesse alinhamento.
Para garantir que isso não aconteça na sua empresa, a dica é garantir que seus colaboradores acreditam no trabalho que estão desempenhando.
3. Reconheça seus colaboradores
Depois de tudo o que dissemos aqui em cima, fica óbvio que o reconhecimento é um ingrediente fundamental para manter seus colaboradores bem.
De acordo com Schwantes, eles precisam de constante validação de que o que eles fazem no dia a dia importa para o alcance das metas da organização.
Segundo o editor, profissionais reconhecidos tem 29% de chances a mais de concordarem que o trabalho da organização tem importância e propósito para eles também.
Por fim, ele deixa claro que a solução para reconquistar seus colaboradores e o engajamento deles pode ser resumida em 6 palavras: faça as pessoas se sentirem importantes.
Ainda vale para a despedida antes do recesso, hein?
+ FRAMEWORK
O que movimentou o mercado:
- Silent firing, a nova trend corporativa
- 10% dos cargos contratados esse ano não existiam em 2000
- 1 em cada 4 jovens da geração Z já levou os pais para a entrevista de emprego
- Depois do burnout, agora devemos nos preocupar com o burnon
- (Não) Quero chegar à liderança
+ PREVISÃO DO MERCADO
As previsões mais impactantes para 2025 e além:
- O que os brasileiros querem comprar
- O futuro da IA no Kantar Media Trends & Predictions 2025
- 10 tendências de marketing para 2025, segundo a Kantar
- Accenture Life Trends 2025
- 5 tendências tecnológicas para 2025
- Consumer Vision 2035: as forças que moverão a inovação
👀 Clima de Natal também é clima de retrospectiva e de ver tudo o que deu certo, ajustar o que pode ser melhorado e, claro, agradecer quem acompanhou tudo isso de perto: você! Foi um prazer enorme para a nossa curadoria fazer parte da curadoria da sua caixa de entrada e esperamos ter correspondido a essa escolha.
Não pedimos caixinha de Natal, mas se puder deixar um feedback nas avaliações aqui embaixo, ou respondendo a este e-mail, vai valer muito mais pra gente! 🎄
No próximo ano, voltaremos com muitas novidades, novos formatos e muito mais insights. Nosso 2025 já é promissor só por começar com a 200ª edição do Bizi! Mal podemos esperar para te encontrar por lá. 💖
