última news: Tem 5 minutinhos para falarmos sobre o mercado de trabalho?

bizi | 18.08.23

Você prefere a famosa call de alinhamento ou se reunir em uma salinha com 1 ou mais pessoas para tratar dos assuntos de trabalho? Trouxemos um resumo das novas opiniões sobre esse assunto para você que é Bizi e às vezes queria poder optar por “nem um, nem outro”. Vem conferir os últimos insights sobre o mercado de trabalho e muito mais na news de hoje.

FRAMEWORK: É o fim do home office?

Você ainda vai ao trabalho presencial? Ou voltou depois de um tempo?

Falar sobre os modelos de trabalho já é algo comum aqui no Bizi, afinal, essa é uma discussão que não acabou depois do período pandêmico — e, um spoiler, a redação trabalha em home office.

Todos os dias, essa conversa ganha novas opiniões, novas nuances, novos estudos e também algumas surpresas. Uma delas, especialmente, trouxe o assunto de volta hoje.

O CEO da Zoom, Eric Yuan, ordenou que seus funcionários voltassem para o trabalho presencial no começo deste mês.

Até aí, ok, só mais uma empresa fazendo o caminho de volta, certo? Seria, se a Zoom não fosse uma das maiores empresas de videoconferência do mundo e uma dos maiores representantes do trabalho remoto.

Caso você tenha estudado, trabalhado ou até mesmo feito reuniões informais com amigos e familiares, muito provavelmente você usou a plataforma.

Mas, o fato é que, até mesmo o símbolo do home office está voltando para o presencial. O comunicado oficial da Zoom dizia que:

“Como empresa, estamos em uma posição melhor para usar nossas próprias tecnologias, continuar inovando e oferecer suporte a nossos clientes globais. Continuaremos a alavancar toda a plataforma Zoom para manter nossos funcionários e equipes conectados e trabalhando com eficiência.”
— CNN

A nova política de trabalho funciona assim: pessoas que moram a até 80km de distância de um escritório da Zoom devem trabalhar presencialmente pelo menos 2 dias na semana.

Segundo a empresa, essa é uma “abordagem híbrida estruturada” — e muito irônica, convenhamos.

Mas não é só ela

Por mais controversa que a decisão possa parecer, a Zoom não está sozinha. Outras grandes empresas — inclusive de tecnologia, como Google e Amazon — também estão retomando a rotina pré-pandemia das idas ao escritório.

Até a Casa Branca, que seguia em um regime mais flexível até agora, recentemente também pediu maior frequência dos funcionários públicos ao escritório.

No mercado de agências e holdings, o mesmo acontece e a preferência também é pelo modelo híbrido.

Há alguns dias, o Publicis Groupe, nos Estados Unidos, determinou que os funcionários das agências digitais devem comparecer ao escritório no mínimo 3 dias na semana

O descumprimento da regra traz punições significativas: exclusão dos programas de bonificação e até possíveis prejuízos em caso de promoções ou mudança de cargo.

A decisão da holding começa a valer já em setembro e, por enquanto, é só para os EUA.

Mas a Chief Talent Officer do grupo por aqui, Camila Dantas, contou ao Meio & Mensagem que mais de 60% dos colaboradores já vão ao escritório por cerca de 50% do tempo.

E outros grupos seguem na mesma pegada.

“A Lew’Lara\TBWA, por exemplo, estabeleceu o modelo híbrido desde março de 2022 e não pensa em mudar a regra, por acreditar que ela atende às necessidades das pessoas, da agência e dos clientes, além de contribuir com a mobilidade urbana e com as novas demandas emocionais, individuais e familiares dos colaboradores, como explica Elise Passamani, VP de cultura e operações da agência.”
— Meio & Mensagem

Aliás, esse pensamento de preservar a flexibilidade conquistada também está presente na VMLY&R, agência da holding WPP. 

De acordo com a Chief Operating Officer da agência, Jaqueline Travaglin, desde o fim da pandemia os gestores foram convidados a incentivar que essa volta para o presencial acontecesse naturalmente, com eventos e ações internas que valorizam o time. 

Hoje, mais de 80% dos funcionários vão ao escritório de terça-feira à quinta-feira, cerca de 50% vão às segundas-feiras e nas sextas-feiras o consenso é o home office.

Modelos flexíveis não são só alegrias

Geralmente, a “desculpa” dessas empresas para ter os funcionários ocupando as cadeiras do escritório novamente gira em torno de 3 questões:

  • Engajamento entre o time;
  • Senso de pertencimento com a empresa;
  • E, claro, a produtividade.

Mas será que elas estão certas em temer pela integridade dessas frentes quando os funcionários estão trabalhando de casa?

Primeiro de tudo, essa é a clássica pergunta que se responde com um bom “depende”.

Depende muito do tipo da empresa, em qual setor ela atua, qual é a estrutura do negócio e, principalmente, se ela tem — ou é capaz de ter — uma operação pronta para funcionar à distância.

E tudo bem se não tiver. Os restaurantes, por exemplo, foram um dos grupos mais prejudicados durante esse período porque simplesmente não dá para trabalhar à distância.

Mas mesmo quando existe possibilidade de flexibilização, faz sentido optar por não flexibilizar?

Um novo estudo da Universidade de Stanford trouxe alguns insights que podem esclarecer ou confundir mais essa questão:

O levantamento mapeou que hoje essa é a divisão:

  • 60% das pessoas trabalham presencialmente todos os dias e tendem a ganhar menos, principalmente nos setores do varejo, alimentação, turismo e segurança;
  • 30% trabalham presencialmente 2 ou 3 dias na semana, o modelo híbrido, e tendem a ser melhor remunerados;
  • Apenas pouco mais de 10% trabalham totalmente remoto, em home office.

De acordo com os pesquisadores, a taxa de pessoas trabalhando remotamente dobrou nos últimos 15 anos e a tendência é continuar aumentando.

Mas, uma descoberta da universidade pode mudar um pouco as coisas. Segundo a pesquisa, há uma redução de 10% a 20% na produtividade dos colaboradores quando estão trabalhando remotamente.

“O estudo de Stanford cita desafios na comunicação e coordenação do trabalho, diminuição de novas conexões profissionais, redução da criatividade por causa de distrações e menos aprendizado, orientação e feedback. Outro motivo significativo para a redução da produtividade no trabalho remoto está relacionado à disciplina e ao autocontrole.”
— Forbes

De onde vem, então, a produtividade?

O interessante é que, enquanto os resultados indicam essa queda e, de fato, os gerentes acreditam que a produtividade é cerca de 3,5% menor em casa, os funcionários sentem o contrário.

A pesquisa aponta que os funcionários acreditam que sua produtividade é cerca de 7% maior quando estão em casa.

Segundo a Forbes, essa impressão divergente pode acontecer não pela produtividade em si, mas pelos efeitos colaterais desse comportamento. 

Especialistas afirmam que as pessoas têm dificuldade de reconhecer e dizer o quão produtivas realmente são. Mas, quando estão em casa, se sentem mais motivadas, felizes, engajadas com o trabalho e até mais propensas a permanecer na empresa, por N fatores que contribuem para isso.

Todas essas sensações são conhecidas como reflexos, ou efeitos colaterais, de ser mais produtivo.

Na verdade, sabemos que é cíclico, não é mesmo? Quando estamos mais satisfeitos e até mais relaxados, produzimos mais e melhor e, assim, somos mais criativos e mais concentrados.

Consequentemente, isso faz com que fiquemos ainda mais satisfeitos com nosso trabalho e os resultados que estamos alcançando, e você com certeza já entendeu onde isso vai dar.

Se a Zoom e tantas outras empresas tiveram acesso à pesquisa de Stanford, não sabemos. Mas, talvez — e nem estamos dizendo isso só para garantir o nosso home office —, a resposta não tenha nada a ver com o modelo certo, e sim com o jeito certo de lidar com a sua equipe, independentemente do modelo escolhido.

Se o medo é da falta de produtividade, existem vários softwares e ferramentas que podem ajudar nessa gestão. Boas opções não faltam, a gente garante.

E, muito além disso, entender que engajamento e comprometimento do time não tem nada a ver com o local, mas tudo a ver com a cultura da empresa.

Se não tiver uma cultura muito bem estruturada, com espaços de diálogo verdadeiramente abertos e transparência em suas tratativas, não há modelo de trabalho que te salve.

Vale a pena pensar nisso. Conselho do seu amigo Bizi, à distância e igualmente conectado com você. 🙂


DATA NOSSA DE CADA DIA: As 300 maiores empresas de varejo do país faturaram R$1 trilhão em 2022 

E teve boatos de que o varejo estava na pior… 

Não foi só no modelo de trabalho que a pandemia interferiu, é claro. Um dos setores mais afetados pelo período do isolamento foi o varejo, que viu centenas de representantes fecharem suas portas aqui no Brasil.

Mas, isso é coisa do passado. Um relatório da Sociedade Brasileira de Varejo e Consumo, a SBVC, mostrou que, depois de um 2021, ainda em fase de recuperação, o setor teve um 2022 cheio de resultados positivos:

Uma característica interessante do ranking é que as 5 primeiras empresas (Grupo Carrefour, Assaí, Magazine Luiza, Via e Americanas) mantiveram suas posições desde 2021.

Se isso é estar na pior, o que quer dizer estar bem, né? 


PUT@ CASE, MEO: Um perfume que transforma

Junte 80 jovens de toda a América Latina, com uma boa dose de liberdade, um briefing claro e deixe acontecer. Foi assim que surgiu o novo perfume da Natura, o Humor Transforma.

Diferentemente do que a maioria das empresas faz, a ação especial não foi só para a escolha do nome ou da embalagem, não.

O processo de co-criação do novo produto foi desde o conceito criativo até a divulgação, que vamos ver mais daqui a pouquinho.

Entre as etapas de desenvolvimento do Humor Transforma estavam o propósito da nova fragrância, a escolha do caminho olfativo e, enfim, as embalagens.

A ideia do nome “Transforma” é justamente para mostrar que a nossa diversidade contribui para a transformação do planeta em um lugar melhor para todos — ou, melhor, para todes.

Para organizar tantas ideias, a Natura fez diversas entrevistas com cada jovem, acompanhadas de perto pela perfumista exclusiva da marca, Verônica Kato.

O objetivo era entender tanto as aspirações e valores, como também as tensões e opiniões de cada um.

Tudo isso foi sendo traduzido em notas olfativas, mostrando como a escolha de um perfume também expressa nossa identidade para o mundo, partindo do princípio de que todas as nossas decisões são políticas.

O resultado foi um produto que traz múltiplas facetas, segundo o site da Natura:

  • A alegria das notas frutais combinadas às especiarias,
  • A fluidez das notas aquosas somada ao corpo das notas amadeiradas,
  • O contraste da explosão da priprioca com o conforto do cumaru, ingredientes da biodiversidade brasileira.

Me emocionei quando os jovens disseram que o conforto abraça, e que toda transformação pede este abraço. Acolhemos esse insight e trouxemos o cumaru no coração da fragrância para provocar este conforto ‘quente’ em contraste à energia eletrizante das notas frutais e especiarias para formar Humor Transforma”.
— Verônica Kato, GKPB

Essa não é a primeira vez da Natura em projetos assim.

A marca é uma das que tem investido intensamente em um relacionamento com as gerações mais novas, principalmente a genZ. Sim, esse grupinho não sai das nossas pautas e nem deveria.

Para o lançamento do primo Humor Liberta, por exemplo, a Natura convidou 900 jovens de vários países para criar um conceito que comunicasse o espírito livre da proposta.

E em outras ações, a marca também vem deixando seu posicionamento cada vez mais claro ao lado de causas sociais como a inclusão e a diversidade, mesmo enfrentando algumas polêmicas.

Voltando ao Humor Transforma, a ação ainda contou com a participação de creators igualmente jovens e diversos para fazer a divulgação do produto nas redes. Detalhe: do jeitinho que eles quisessem.

Os escolhidos foram as irmãs Zukeram, Thali e Gabi, do perfil @twolostkids, o creator @joojnatu, e Raony Phillip, criador de personagens icônicos como a Duny e Dagny, que estrelam o publi para Humor Transforma.

O que achou da ação — ou melhor, dessa cultura que vem sendo construída ao longo dos anos? Conta pra gente! Assim como a Natura, também somos abertos ao diálogo.


🍹 Neste inverno, decidimos fazer algo de diferente — mas foi só pelo meme mesmo, porque continuamos trazendo as últimas novidades e tendências do mercado direto para a sua caixa de entrada. Até a próxima news e bom final de semana (com bons drinques).

Não perca nenhuma novidade!

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