bizi | 22.08.23
Pense um minutinho e responda: é possível investir em sustentabilidade sem abrir mão da lucratividade?
Com a urgência das pautas sustentáveis e da agenda ESG como um todo, as empresas estão preocupadas em se encaixar nesses propósitos.
O problema é que muitas ainda não conseguiram conciliar a sustentabilidade com a lucratividade do negócio.
Pensando nesse desafio, a Exame convidou Roberto Marques, ex-presidente executivo da Natura, referência no assunto, para trazer alguns insights.
Para o executivo, as empresas não só podem como devem investir em sustentabilidade se estão buscando lucratividade, pois ambas se ajudam.
Novas formas de consumir e também de descartar e reutilizar produtos são procurados pelos consumidores e, adivinha, por profissionais também. Ou seja, ter valores sustentáveis na sua empresa atrai não só público externo, mas o interno também.
O segredo está em incorporar a sustentabilidade na estratégia principal dos negócios, porque assim será mais fácil tomar decisões nesse sentido.
De acordo com Roberto, existem 3 competências essenciais que os conselhos tem que ter para conduzir o ESG em suas empresas:
Além disso, os conselhos não devem ter medo de procurar ajuda quando preciso, principalmente neste assunto. A própria Natura fez isso, mesmo já tendo expertise no tema.
A partir do momento em que a empresa acredita que possui uma licença para operar na sociedade, e não o contrário, fica mais fácil ser guiado pelos princípios de sustentabilidade. Colocar a sustentabilidade no centro do planejamento estratégico demonstra um compromisso real e tangível com a criação de valor a longo prazo.
— Exame
Até mesmo a colaboração entre concorrentes é benéfica nesse ponto. Já ouviu aquela máxima que “duas cabeças pensam melhor que uma”? É por aí.
Apesar de parecer contraintuitivo, como aponta o artigo, essa sinergia pode levar à resolução de desafios complexos, que vão muito além das empresas em questão, e promover mudanças positivas em todo o setor.
Assim, a diversidade de ideias e pensamentos é fundamental para esse processo.
“A sustentabilidade não é uma solução de uma empresa ou de um setor. É sobre o poder do coletivo. (…) Existem muitas regras e regulamentos que precisam ser desafiados, e as soluções precisam do planejamento coletivo no mesmo setor por meio da formação de coalizões, não isoladamente.”
— Exame
Por fim, Roberto também fala sobre como a sustentabilidade não é apenas uma tendência, mas uma transformação profunda na forma como as empresas funcionam, tanto dentro quanto para fora.
E para alcançar essa transformação precisamos trabalhar em conjunto e questionar aquilo que já conhecemos. Só assim, poderemos criar um futuro que também será compartilhado e, assim esperamos, finalmente sustentável.
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