bizi | 26.03.24
Para você que conhece um pouquinho sobre as trends e memes do momento, saiba que estamos lançando um bombastic side eye sobre todas as news que esse Bizi trouxe. Geração Z, Google, IA, Lei de Mercados Digitais da União Europeia e até o preço das ações da bolsa entraram na pauta de hoje. Continue acompanhando e descubra todas elas!
Contrariando todos os achismos, uma matéria do Byte (do portal Terra) mostrou que a Geração Z não é tão digital assim quando se trata do trabalho.
Sim, é surpreendente! Muitos profissionais sentem falta de habilidades mais subjetivas na geração, as chamadas soft skills. Mas o grande plot twist é descobrir que até mesmo habilidades mais técnicas ligadas ao domínio do digital estão em falta para esses jovens.
Apesar de serem hiperconectados em todos os aspectos da vida, isso não significa necessariamente que eles sabem converter esse tempo de tela em aprendizados. É como alguém que passa muito tempo no campo de futebol, mas não sabe jogar. Faz sentido?
“Ao mesmo tempo em que são lidos como insuficientemente treinados em habilidades valorizadas por outras gerações, como análise de dados e gestão de projetos, os mais novos priorizam a qualidade de vida sobre o sucesso profissional convencional, rejeitando os — até então — cobiçados cargos de gerência.”
— Byte
De acordo com o professor de psicologia do trabalho e supervisor de estágio na Escola Superior de Propaganda e Marketing (ESPM), Victor Richarte Martinez, isso pode ser fruto da forma como os profissionais da geração Z usam a tecnologia.
A doutora em comunicação pela UFPA e especialista em relações geracionais com a tecnologia, Camila Simões, pensa da mesma forma:
“Eles estão cortando caminhos. E quando você nasce em uma lógica de corte, você perde a noção de que as coisas têm início, meio e fim, e vai se distanciando da capacidade de otimização de processos. Todos queremos os atalhos, os ‘life hacks’, mas não existe caminho curto para o aprendizado.”
— Byte
E até os próprios jovens da geração sentem o problema:
Segundo os especialistas, essa lacuna tem dois vilões principais:
Sim, o famigerado app de vídeos curtos, alvo de muitas polêmicas atualmente, também foi apontado aqui como um dos causadores da desinformação. Fato é que os jovens da geração Z não pesquisam mais no Google ou buscadores convencionais, mas sim no TikTok. E como por lá o conteúdo não tem exatamente uma curadoria, rolam muitas fake news, informações pela metade e até inventadas, visto que a criatividade da geração Z, não dá para negar, é uma de suas marcas registradas.
Não leve a mal, não estamos julgando a geração, mas é como se ela fosse vítima de seus próprios hábitos.
Não querendo apontar mais dedos para o TikTok (somos fãs da plataforma, quando utilizada com equilíbrio), também temos que reconhecer as consequências negativas no cérebro dos usuários pelo alto consumo do app, que podem levar até ao vício.
Sim, é claro que a tecnologia estaria envolvida nessa polêmica também. Mas, repare, não é algo intrínseco à ela, mas a forma como a geração Z tem utilizado ferramentas de IA no seu dia a dia.
Se você conversar com qualquer professor que atua hoje na educação para o ensino médio, eles podem confirmar que o ChatGPT é autor recorrente de muitos trabalhos.
Fato é que a geração compartilha do mesmo problema dos profissionais que já estão no mercado quando se trata da IA: não seria nem um pouquinho ruim utilizar a IA como forma de aprendizado; grave é usar a tecnologia para fazer todo o seu trabalho, levar crédito por isso e nem ao menos entender o processo para chegar até o resultado.
“Para Fabio Campos, pesquisador do laboratório Transformative Learning Technologies Lab (TLTL) da Universidade de Columbia (EUA), o essencial é que os jovens adquiram uma base em alfabetização digital e midiática. O resto do processo do aprendizado vai ser naturalmente mutável, para bem ou para mal.”
— Byte
Parece irônico pensar que o que poderia salvar a geração seriam aqueles cursinhos de informática que nós fizemos, lá no início dos 2000 e 2010, não é?
Sabemos que liderar equipes multigeracionais é um desafio, já falamos sobre isso. Mas mais do que liderar, o Byte deixa claro que é papel da liderança inspirar esses jovens em pelo menos 3 aspectos:
Sinceramente, essa descoberta pegou a redação completamente de surpresa, mas queremos ouvir a sua opinião. Já esperava isso sobre a geração Z? Conta pra gente!
É fato que vários executivos querem a volta para o trabalho presencial. Mas você sabe o porquê? Essa matéria da BBC trouxe alguns motivos.
A geração Z realmente não sai da pauta dos líderes do mercado de trabalho. Até porque, de acordo com um estudo do Ecossistema Great People & GPTW, lidar com a geração é um desafio para 68% deles.
Para você que também está lançando um bombastic side eye sobre a news de hoje, saiba que a nossa olhadinha mais descrente é para você que está por aqui e ainda não respondeu a pesquisa que pode te levar para o RD Summit 2024.
Hoje seremos mais breves por aqui e deixaremos você descobrir mais detalhes na página da pesquisa.
Vai, pode ir. 🙂
Depois você volta para cá e confere os outros insights. A gente promete que te espera!
Quem sabe, também podemos te esperar presencialmente no RD Summit 2024 para um encontrinho especial. Nada mau, não é?
Todo consumidor tem suas marcas queridinhas. Mesmo que sejam pequenas e menos expressivas, elas podem se tornar valiosíssimas para o público por uma série de outras características. Mas você já parou para pensar em como esse processo ocorre para o mercado?
Um estudo da Interbrand, em parceria com a NewtonX e a Brodeur Partners, avaliou a poderosa conexão entre o valor percebido de uma marca e o valor literal das ações da empresa.
O report How Brand Impacts Share Price foi feito com base nas companhias do S&P 500, o principal índice do mercado de ações, composto pelos 500 ativos mais proeminentes em tamanho, liquidez e representação. E a primeira conclusão já diz muito:
“67% das empresas do S&P 500 podem ser avaliadas de forma imprecisa devido à má compreensão de um ativo comercial importante.”
— How Brand Impacts Share Price
Esse ativo, você já deve ter concluído, é a marca. E, de acordo com a Interbrand, a melhor notícia é que todas as empresas o possuem e podem fortalecê-lo.
Para repetir os feitos da Oracle e aumentar o valor da marca, consequentemente aumentando seu valor de mercado, o estudo deixa 4 etapas principais:
Mostre como a força da marca, seu papel e desempenho financeiro funcionam juntos. Isso vai ajudar os acionistas a enxergarem de forma holística como a marca está funcionando.
Como a comunidade de investimentos percebe sua marca atualmente? Ter uma visão clara sobre a relação percepção vs. realidade vai ajudar a corrigir problemas ligados a isso.
Revisite com frequência suas estratégias de comunicação, assim como a relação da marca com investidores e relações públicas para determinar (e consertar) pontos de melhoria. Isso pode incluir desde ações pontuais até uma verdadeira transformação da marca.
Nessas análises, tenha duas prioridades: 1) um propósito que oriente as ações e 2) uma ambição mensurável, com prazo determinado. Isso ajudará a compreender o verdadeiro potencial da marca e, à medida que ela evoluir, prover atualizações contínuas a seu favor.
A metodologia do estudo incluiu muitas etapas e, por isso, ele é tão completo:
A primeira parte é uma pesquisa qualitativa-quantitativa em duas partes, com 241 tomadores de decisão da área (analistas financeiros, jornalistas financeiros e profissionais de relações com investidores). O objetivo era compreender 3 fatores:
Mas não acaba aí. A Interbrand vem analisando o S&P 500 pelos últimos cinco anos (2018-2023), assim como as 100 Melhores Marcas Globais. Com isso, a empresa categorizou 532 empresas em 51 setores de mercado mercado e grupos distintos com base no preço/lucro (P/E) e na volatilidade do preço de suas ações.
De acordo com Greg Silverman, Diretor Global de Economia da Marca na Interbrand, o estudo é um “divisor de águas na redefinição do papel e do valor da marca”.
“Dado que o nosso estudo identificou muitas empresas com um desempenho inferior ao esperado, existe uma oportunidade estratégica para as empresas reavaliarem a sua abordagem à estratégia da marca e às comunicações com os investidores, e obterem uma vantagem crítica na sua avaliação”.
— Interbrand
Para ver tudo na íntegra (em inglês), você pode acessar esta página.
E aí, o que achou do estudo? Imagina essa conexão entre a marca e o valor das ações?
O 1º Relatório Nacional de Transparência Salarial e de Critérios Remuneratórios, divulgado pelo Ministério do Trabalho nesta semana, comprovou a razão dessa investigação acontecer: as mulheres brasileiras recebem 19,4% a menos que os homens. E ainda pior: em cargos de gerência, essa diferença pode chegar a 25,2%.
Resultados de um estudo realizado pela Signifyd e Adobe, com mais de 700 lideranças no México e no Brasil, mostram que os segmentos que mais cresceram no e-commerce em 2023 estão ligados a comércios presenciais, como supermercados, autopeças e pneus e moda.
Nesta semana, a União Europeia abriu cinco investigações para conferir como anda o cumprimento de sua Lei de Mercados Digitais, conhecida por lá como DMA.
Os primeiros alvos são as principais big techs, é claro. A UE vai investigar, por exemplo:
Em todos os casos, as empresas serão punidas se for constatado que estão agindo de forma injusta. E essa punição não é nada leve, como você deve imaginar:
De fato, as empresas já começaram a sentir o peso da investigação da UE em seus bolsos. Só com o anúncio da ação, as ações da Apple e Alphabet (dona do Google) caíram 1,3% e as da Meta, 0,7%. Mas todos os porta-vozes que já se declararam a respeito, afirmam que as empresas estão seguindo todos os requisitos da União Europeia e da DMA.
O processo todo deve levar até 12 meses, então, quando os resultados saírem lá em 2025, voltaremos para te contar.
Enquanto tudo isso acontece na União Europeia, o Google, obviamente, não parou e está cheio de novidades da inteligência artificial.
Desta vez, o modelo VLOGGER é um facilitador para transformar retratos em discursos, ou em outras palavras, imagens em vídeos.
De acordo com os desenvolvedores, o sistema utiliza uma abordagem de basicamente dois estágios: 1) a inserção da amostra de voz e imagem e 2) a combinação desses arquivos.
Assim, o resultado é um conteúdo onde a pessoa da foto está falando normalmente, como se originalmente fosse um vídeo.
“O grande diferencial da tecnologia é justamente entregar esses resultados sem precisar de um treinamento individual para cada pessoa — ou seja, não depende de amostras de fotos do personagem para gerar os vídeos. O sistema também ajusta a disposição de outras partes do corpo durante a fala, sem se limitar ao rosto, para ficar mais natural e empático.”
— Canaltech
No entanto, essa será uma deliberação para os profissionais do futuro, já que o VLOGGER ainda não está disponível para o público, sem intermediação do Google. Aliás, de acordo com o Canaltech, isso talvez nunca aconteça, justamente por seu potencial controverso nas mãos erradas.
E aí, o que achou da novidade?
Bom, nesse caso, é cinema, sim. Mas com o perdão da contradição, é a primeira vez que isso acontece aqui no Bizi.
Por falar em novidades, leis e decisões polêmicas, o SAG-AFTRA (Screen Actors Guild-American Federation of Television and Radio Artists) decidiu nesta semana suas primeiras diretrizes para uso de IA na indústria do cinema.
O sindicato estadunidense que representa mais de 160 mil profissionais do cinema, televisão e rádio, assinou na última sexta-feira (22) o 2023 Television Animation Agreement e o 2023 Basic Cable Animation Agreement, com a Alliance of Motion Picture and Television Producers.
Apertando a tecla SAP, são dois contratos de três anos, que definem regras sobre a utilização da inteligência artificial em conteúdos de animação.
De acordo com o Deadline, os pontos-chave dos contratos são:
Os novos contratos foram aprovados com 95,52% dos votos. Uma vitória para a comunidade, que estava muito preocupada com o avanço na IA nesse sentido.
Mas isso não significa o fim da relação inteligência artificial + cinema.
A OpenAI anunciou que está se preparando para apresentar oficialmente a Sora, sua mais nova ferramenta de vídeos, para estúdios de Hollywood.
Nada de substituir! De acordo com fontes ouvidas pela Bloomberg, a intenção da OpenAI é criar uma aproximação entre os profissionais da área e a IA.
Mas isso não será do dia para a noite. A empresa deixou claro que quer começar um processo de “implantação iterativa” na indústria. Ou seja, ir aos pouquinhos, em banho maria, garantir seu espaço nesse setor também.
A redação não é vidente, mas algo nos diz fortemente que o futuro dessa negociação não será tão satisfatório quanto a OpenAI quer. Mas nem por isso deixa de ser extremamente impactante para essa indústria. Inclusive, a Forbes falou sobre isso aqui.
O que você acha? É só um hype ou é cinema de verdade dessa vez?
👀 E aí, as revelações da news de hoje também te deixaram com uma criminal, ofensive olhadinha de lado? Te esperamos na próxima edição para repetir a dose!
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