bizi | 16.04.24
O Bizi de hoje chegou com notícias quentinhas do mercado sobre demissões em massa e iniciativas contra a poluição (e várias queixas de quem está por trás dessas ações). Mas também trouxemos insights quentinhos sobre as possibilidades de conteúdos em vídeo e um app que mal chegou e já está realizando os sonhos de beleza do público. Vem conferir!
Depois de arranjar uma treta com a justiça brasileira, Elon Musk fez outro anúncio impactante: a Tesla vai cortar aproximadamente 10% de seu quadro de funcionários.
Dessa vez, Musk usou um memorando interno para falar sobre a movimentação da Tesla. Vale lembrar que a empresa é a maior montadora do mundo e, até pouco tempo, líder isolada do setor. Guarde essa informação, que daqui a pouco voltamos a ela.
Esses 10% resultarão em cerca de 14 mil funcionários demitidos. De fato, as primeiras notificações já começaram a chegar para colaboradores das unidades da Califórnia e Texas.
Fato curioso: em 2022, Elon anunciou que tinha um “pressentimento muito ruim” quanto ao futuro da economia e que seria preciso cortar empregos na empresa. Estamos vivendo hoje o momento paradoxal em que essa previsão se concretizou: só pelo anúncio das demissões, as ações da Tesla caíram 3% no nesta segunda-feira (15).
Em defesa da empresa, essa queda pode não ter somente a ver com a Tesla, mas sim com o setor. A companhia não foi a única a acreditar e investir (muito) na transição para os carros elétricos, mas o mercado não acompanhou as expectativas.
De acordo com a Reuters, as ações da Tesla já caíram cerca de 33% em 2024. Um desempenho inferior ao de fabricantes de automóveis “comuns”, como a Toyota Motor e a General Motors, cujas ações subiram 45% e 20%, respectivamente.
Voltando ao ponto dos concorrentes, a hegemonia da Tesla foi contestada por preços muito mais competitivos — e atraentes, é claro — de montadoras como a BYD, da China, a maior fabricante de carros elétricos no último trimestre de 2023.
Provavelmente não por coincidência, a notícia das demissões acontece quase ao mesmo tempo em que a empresa cancelou o lançamento de um carro mais barato (US$ 25 mil), esperado há muito tempo para impulsionar o setor.
Junte tudo isso a uma produção bem lenta do Cybertruck (a picape elétrica e bem futurística da marca) e você tem o combo completo da instabilidade.
Por enquanto, o que dá para ter certeza é que a Tesla está “organizando a casa” para poder voltar com tudo daqui a pouquinho.
O que você acha de toda essa história? Conta pra gente!
Que o vídeo é um formato queridinho, você já sabe, afinal, falamos muito sobre ele por aqui no Bizi. E se tem um report especializado no assunto, que fazemos questão de trazer para a news, é o Inside Video, do Kantar IBOPE Media.
Todos os anos desde 2019, o material traz uma análise dos impactos do vídeo no último ciclo e, claro, insights poderosos para quem quer investir no formato daqui para frente.
No ano passado, já fizemos um resumão do material e você pode conferir aqui. Este ano, não foi diferente com o Inside Video 2024.
“Atravessamos uma fase de expansão sem precedentes do vídeo, que em seu caráter de liquidez, transcende fronteiras e recusa-se a ser definido em uma única forma.”
— Melissa Vogel, CEO Brasil do Kantar IBOPE Media, Inside Video 2024
Assim, os objetivos do Inside Video 2024 são:
Vem conferir os principais insights:
Segundo o Kantar IBOPE Media, com a evolução do ecossistema e dos formatos de consumo, o consumidor e suas formas de acesso evoluem também. E isso está provado na prática ao longo dos anos de relatório.
Mas esse está longe de ser o fim da TV Linear, que apresentou esses dados em 2023:
“A TV linear é dona de um lugar de destaque nas casas e permanecerá por muito tempo assim, adaptando-se aos avanços tecnológicos e gerando conversas que se desdobram para outros meios.”
— Inside Video 2024
O report ainda fala sobre como o vídeo é um formato transgeracional, capaz de alcançar e converter diferentes audiências. Algo extremamente necessário para o atual cenário multigeracional.
O Inside Video 2024 está disponível gratuitamente neste link. Vale a pena conferir o report na íntegra!
Lembra que no último Bizi falamos sobre o tanto que os brasileiros amam apps? Pois parece que a Sephora leu tudinho e se inspirou para lançar seu novo app.
O mais novo aplicativo da maior rede de beleza do mundo, anunciado ontem (15), é resultado de muita pesquisa e percepção sobre o público, e principalmente sobre o mercado.
“A movimentação da marca tem como objetivo estreitar a comunicação com os consumidores por meio do celular e levou em consideração o fato apresentado pela State of Mobile, em 2022, de que o Brasil é o quarto país que faz mais downloads de aplicativos no mundo. (…) O mesmo levantamento apontou que 87% dos brasileiros já realizaram alguma compra por meio de aplicativos ou site usando o smartphone.”
— Propmark
De acordo com Paula Machado, diretora de e-commerce da Sephora Brasil, esse é um movimento estratégico para a marca e não poderíamos concordar mais! Uma das novidades do novo app da Sephora é justamente oferecer experiências que, antes, só eram possíveis na loja física.
O novo app vai contar com benefícios exclusivos para o canal, como brindes, pré-lançamentos e promoções diárias.
E o mais legal, que torna o novo app presença garantida no Bizi como um put@ case, é que ele é personalizável. Segundo a executiva, a nova versão conta com “um cenário imersivo personalizado”, inclusive com mobília, itens pessoais e produtos preferidos.
Mesmo que a marca não tenha falado nada sobre isso, temos certeza de que a inspiração veio dos jogos de makeover e personalização de espaços com os quais o público (e a redação) cresceu.
Esse apelo lúdico pode ser um grande incentivo, realmente, visto que nem todo mundo tem o hábito de baixar um app quando é possível acessar o e-commerce pelo navegador.
E essa personalização não é só do usuário, mas também da marca. Com o tempo de uso, o app também vai entender melhor suas preferências e sugerir produtos que fazem mais sentido para cada um.
Para fechar com chave de ouro a estratégia de lançamento, a Sephora convidou vários influencers, incluindo Manu Gavassi, para contar ao público sobre a novidade.
Cada influencer vai mostrar a personalização do novo app da Sephora à sua maneira, mas sempre com a assinatura da campanha “o seu universo de beleza em um toque”. Bem preciso!
O que achou da novidade?
Beleza Real até com a IA. A Dove usou a tecnologia somente uma vez para provar que realmente trabalha a diversidade da mulher brasileira em suas campanhas.
Heinz + Mattel = molho Barbiecue. Achou que o Barbiecore tinha acabado? Para comemorar os 65 anos da boneca, as marcas se uniram em um co-branding surpreendente.
O poder da pausa. Prestes a acelerar para as Olimpíadas, a Powerade convidou Simone Biles para falar sobre bem-estar e a importância de parar um pouco.
Não é cinema e nem é mais exatamente um hype, já que é um assunto recorrente nas nossas curadorias. Mas, entenda, a sustentabilidade nunca esteve tão em alta quanto agora e, por isso, voltou ao Bizi.
Acontece que a maioria das empresas ainda não conseguiram cumprir seus objetivos sustentáveis. Algumas nem mesmo se interessaram em estabelecê-los.
Mas sempre existem exceções à regra.
A empresa zerou as emissões de CO₂ por aqui e agora caminha para repetir o feito em sua operação global.
Para incentivar outras empresas a chegarem nesse status também, uma coalizão global pressiona os governos a criarem um tratado global contra a poluição por plástico.
O objetivo dessa união é muito baseado na estimativa feita pela The Pew Charitable Trusts e SYSTEMIQ de que até 2040, os estoques de plástico nos oceanos deverão ser quadruplicados, caso ações contundentes não sejam tomadas hoje. Ou seja, pode não ser hype, mas com certeza é urgente!
Formada pela Coca-Cola, Unilever, Nestlé, Lego e mais de 200 empresas, a coalizão busca muito mais que regular o uso da matéria-prima e seus resíduos em todas as fases da produção. Mas fazer com que os governos pensem e executem soluções juntos para redução, circulação e prevenção nesse sentido.
“O tratado funcionaria como um mecanismo regulatório para a implementação dos dispositivos da economia circular, considerando as condições locais de cada mercado e abrangendo, em adição, macro e micro plásticos, além de abordar todas as fontes e caminhos da poluição plástica no ambiente natural.”
— Mundo do Marketing
Por fim, as empresas sabem que o caminho é longo. Mas, quanto antes começarem, antes também alcançaremos juntos o objetivo desejado de salvar o nosso planeta. Que tal caminhar juntos, então?
💞 Estamos juntos e misturados com todas as notícias desta edição. Afinal, nossa curadoria só traz para cá o que realmente é relevante e mexe com a gente. Nos vemos na próxima news.
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