não é cinema, mas é hype: Hallyu, a onda coreana

bizi | 25.10.24

Talvez você já tenha percebido pelo catálogo da Netflix, pela agenda de show no Brasil, pela moda nas vitrines ou pelo comportamento curioso dos mais jovens: a onda coreana inundou o nosso país.

E não somos os únicos. Já faz alguns anos que a Coreia do Sul exporta para o mundo um produto mais rico e impactante que qualquer outro: sua cultura.

Seja na música com o k-pop, nas séries, com o k-dramas (também chamados de doramas), nas tendências de skincare com o k-beauty e muitos outros setores, a Coreia do Sul agora está por todos os lugares.

E esse fenômeno tem um nome: Hallyu, que literalmente significa “onda coreana”.

Como surgiu esse interesse?

Como dissemos, a onda coreana não é exatamente uma novidade, até porque, a cultura coreana sempre existiu. Mas a globalização, com a internet e as redes sociais, deram um grande impulso a esse movimento.

Um ponto interessante é que, contrariando o padrão, essa onda não precisou “falar inglês” para se tornar internacional. Entender e até falar a língua se tornou comum entre os fãs.

Tudo isso aconteceu em um momento de ascensão da geração Z — e quem lê o Bizi sabe que, se essa geração tem um ponto forte, é fazer tendências vingarem

Mas ainda tem outros fatores importantes nessa história.

“Uma das forças matrizes por trás do surgimento e crescimento da Hallyu é seu ecossistema integrado. Os principais conglomerados gerenciam todos os aspectos do entretenimento — música, vídeo, filme, distribuição e relações-públicas — facilitando o lançamento de conteúdo simultaneamente.”
— Corina Chan, especialista em tendências na WGSN Asia-Pacific

Ainda de acordo com Chan, a Coreia do Sul se especializou tanto em suas indústrias criativas que se tornou um importante criador de tendências.

E esse impacto vai muito além do entretenimento, impulsionando também a gastronomia e turismo do país.

Por que faz tanto sucesso?

Não são só rostinhos bonitos; a cultura coreana é cercada por uma trinca altamente desejável: criatividade, inovação e qualidade.

“O K-pop, por exemplo, é sinônimo de qualidade de produção excepcional, com videoclipes visualmente impressionantes, coreografias intrincadas e cenografias deslumbrantes. O espírito de constante inovação e experimentação também mantém o gênero sempre novo e cativante, apresentando consistentemente novos formatos, conceitos musicais e tecnologias de ponta”.
— Corina Chan, especialista em tendências na WGSN Asia-Pacific

Está bom para você?

Se não, a Hallyu ainda conta com milhares de fãs — mas não é qualquer tipo de fã. São engajados, apaixonados e muito organizados em seu fandom. A Harper’s Bazaar chegou a comparar os fãs de k-pop à Beatlemania, nos anos 1960. Não vivemos essa última, mas podemos concordar com a intensidade.

Hallyu n’O Boticário 

Ao perceber essa oportunidade, O Boticário abraçou a cultura coreana. Um dos símbolos mais recentes dessa união é a nova fachada da loja conceito da marca, no bairro de Pinheiros, na cidade de São Paulo.

Em um projeto temporário, especialmente para a comunidade dorameira, O Boticário já tinha criado seu próprio dorama no TikTok e agora reforça essa conexão com um novo projeto.

Assim, além de personalizar a fachada, a marca também criou algumas ativações especiais para a parte de dentro da loja.

Uma delas é um drink com café inspirado nos doramas (e inclusive acompanha uma balinha famosa nos k-dramas). Outras duas novidades são o “gift station”, com adesivos, bottons, enfeites e fitas para personalizar embalagens, e um encontro especial com os atores do Dorama do Boti.

Como você pode ver, a Hallyu não parece passageira, muito menos irrelevante. Portanto, se o seu público se conecta com essa cultura, está na hora de incluir mais k-componentes em suas estratégias.

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