última news: Cargos em crise

bizi | 03.12.24

Se você se preocupa com o mercado de trabalho, com a inovação das empresas e a atualização das ferramentas, o Bizi de hoje está especialmente recheado de insights para você. Vem conferir notícias quentinhas sobre o desaparecimento dos cargos de gestão intermediária, o status da transformação digital nas empresas, os novos planos do ChatGPT e muito mais.


FRAMEWORK: Cargos de gestão intermediária estão desaparecendo 

Não se surpreenda se um dia você encontrar um cartaz de “PROCURADOS: Cargos de gestão intermediários” nos corredores do ambiente corporativo.

Recentemente, uma pesquisa da Revelio Labs apontou que vagas de gestão intermediária estão 42% abaixo do nível de abril de 2022. Vale lembrar que isso acontece agora, em um momento caracterizado pela recuperação do mercado de trabalho.

E grandes empresas protagonizam esse movimento:

  • A Meta implementou cortes em camadas de supervisão que, na visão do CEO, Mark Zuckerberg, eram “gerentes gerenciando gerentes”;
  • Já o Citi reduziu suas camadas de gestão de 13 para 8;
  • Por fim, a UPS eliminou cerca de 12 mil cargos de supervisores.

Mas por que isso está acontecendo?

Para começar, o que motiva essas e outras empresas nesse movimento é a reestruturação de hierarquias organizacionais em busca de eficiência. Só que, nos últimos dois anos, isso tem acontecido de forma bastante acelerada.

A dúvida que fica é se, a longo prazo, o resultado de ter menos desses cargos será realmente ter “mais eficiência”.

Estudos apontam que esses gestores intermediários desempenham papéis cruciais nas organizações — não à toa, eles estavam lá “até ontem”. Entre os destaques estão: motivação de equipes, resolução de problemas e comunicação.

Não é um movimento recente

Se você está se deparando com o tema só agora, saiba que ele não é recente, como outros que já citamos aqui no Bizi.

A extinção de cargos e até mesmo outros tipos de formatação corporativa são relativamente comuns. Se tratando especificamente de cargos de gestão, é algo que vem desde a década de 1980, quando a globalização passou a incentivar a redução de custos em prol de uma estrutura organizacional mais robusta.

No entanto, segundo o Business Insider, agora, esses cargos eliminados não estão sendo recriados. Por literalmente eliminar uma camada na hierarquia das empresas, o movimento é chamado de “grande achatamento”.

Comprometendo todo o ecossistema

A decisão pode até ter seus benefícios, mas são os efeitos negativos que preocupam. Especialistas apontam que, com a saída dos cargos de gestão intermediária:

  • Supervisores que permanecem ficam sobrecarregados, já que fazem tudo sozinhos;
  • Funcionários juniores demonstram maior desengajamento, já que perderam seus mentores;
  • A longo-prazo, isso pode significar uma perda em produtividade e desempenho organizacional, como um todo.

Para além da empresa, o problema agora também é do mercado, uma vez que os profissionais demitidos não conseguem se recolocar.

Sem opções no nível da gestão, eles tendem a se candidatar para vagas não gerenciais, arriscando serem considerados “super qualificados”. Ou seja, o movimento transformou a experiência em uma barreira.

Tudo depende dos dados

Ao que tudo indica, as empresas não retrocederão na eliminação da gestão intermediária, a menos que os dados indiquem que deu ruim.

De acordo com os especialistas, assim como todo movimento de mercado, isso precisa ser mensurado e analisado para entender se foi assertivo ou não.

Só que, vale lembrar, isso também depende das empresas terem uma atitude data driven para avaliar a situação e tomar decisões baseadas em dados.

O que acha desse movimento? Você também seria impactado se ele chegasse ao Brasil?


DATA NOSSA DE CADA DIA: 77% das empresas não estão preparadas para a transformação digital 

Você considera que seu negócio está preparado para a era da transformação digital?

Em um ano que falamos tanto da integração de inteligência artificial no dia a dia e da automatização de vários processos, ainda existem muitas empresas que sentem dificuldades no básico. 

Um estudo do Data-Makers, em parceria com a CDN, com 104 CEOs e C-Levels de diferentes companhias, descobriu que 7 em cada 10 empresas brasileiras não possuem uma cultura de transformação digital. E isso é bem chocante!

Se a cultura é o principal problema para 77% das empresas, a falta de preparo das lideranças vem logo em seguida, com 62% das respostas.

Mas, de forma alguma, isso significa que as empresas não consideram o tema importante:

  • 97% dos entrevistados reconhecem a importância da transformação digital;
  • 62% concordam parcial ou totalmente que a pauta deve ser prioridade em suas empresas. 

Confira mais insights dessa pesquisa:

E o futuro promete ser ainda mais promissor sobre a transformação digital:

  • Enquanto Nos próximos 12 meses, 54% dos executivos projetam um cenário de estabilidade nos investimentos nessa área;
  • 45% deles pretendem aumentar esses aportes;
  • E a porcentagem que pretendia diminuir esses investimentos diminuiu pela metade, passando de 4% para apenas 2%.

Principalmente quando falamos de investimentos, o estudo mostra que, apesar do nosso discurso estar afiado em busca da tecnologia, na prática, isso pode ser bem diferente.

Enquanto as empresas buscam encontrar esse equilíbrio entre falar e executar a transformação digital, como andam as coisas por aí? Você está no nível avançado ou ainda iniciante sobre essa nova era?


VIEW E REVIEW: O ChatGPT planeja incluir anúncios para aumentar receitas 

Que o ChatGPT é o novo queridinho do escritório, você provavelmente já sabe. Até setembro deste ano, o chat de inteligência artificial já contava com mais de 200 milhões de usuários ativos semanais, segundo a OpenAI.

Mas, aparentemente, isso não é o suficiente. De acordo com Sarah Friar, CFO da empresa, agora eles estudam incluir anúncios para expandir receitas. Será que eles também serão feitos por IA?

Em uma entrevista ao jornal Financial Times, publicada ontem (2), a executiva contou que a OpenAI está analisando novas possibilidades de negócio e isso inclui a diversificação dos produtos atuais.

De fato, a empresa contratou profissionais de publicidade de outras grandes big techs recentemente, como o ex-VP/GM do Google, Shivakumar Venkataraman.

Além disso, Friar também disse que o ChatGPT não é o único produto que provavelmente ganhará anúncios. Mas nada disso tem um momento previsto para acontecer.

“Embora a startup esteja aberta a ‘explorar outras fontes de receita no futuro’, não há ‘planos ativos para buscar publicidade’ no serviço.”
— Canaltech

Na mesma entrevista, Friar deixou claro que os planos para a empresa no ano que vem são ousados.

Entre os spoilers, a executiva falou sobre os chamados “agentes” de IA, um mecanismo de buscas próprio e uma parceria com a Apple para integrar o chat aos smartphones da maçã.

Tudo isso para fazer com que o ChatGPT ultrapasse 1 bilhão de usuários até o final de 2025.

O que é super possível, diante do cenário atual. Sarah ainda contou que, desde que chegou na OpenAI, há mais de 2 meses, a empresa já levantou levantamos US$ 10 bilhões e estão passando por um período de rápido crescimento. Não à toa, já que o ChatGPT se tornou uma das marcas mais conhecidas no mundo todo em 2024.

Você também utiliza o ChatGPT por aí? O que acha da possibilidade da ferramenta contar com anúncios? Conta pra gente!


✨Esperamos que, ao chegar no fim dessa news, você esteja com mais esclarecimentos e menos preocupações sobre o mercado. Nos vemos na próxima edição!

Não perca nenhuma novidade!

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