bizi | 03.06.25
Moderados e moderadores, uni-vos para o Bizi de hoje. Nesta edição, trouxemos insights quentinhos sobre as novidades de IA da Meta, o relatório de marketing da Nielsen, o case “A Odisseia de Wilson”, o jeito da Geração Z e Millennials comandarem negócios e muito mais. Esses aqui você pode consumir até o fim.
Antes da edição de hoje, queremos fazer um save the date diferente. Temos uma novidade muito boa para contar, mas só vamos relevar no dia 12 de junho — a redação cria a expectativa dela.
Aguarde novidades interessantes por aqui e já inclua mais um compromisso na sua agenda desse dia tão concorrido. <3
A um tempinho atrás, falamos aqui no Bizi sobre uma entrevista onde Mark Zuckerberg anunciou a chegada dos anúncios feitos com IA e que o próximo passo da empresa seria “eliminar mais ou menos todo o ecossistema da publicidade, da parte criativa para baixo”. Bom, agora estamos bem perto disso.
Em uma nova declaração, fontes próximas à Meta confirmaram ao The Wall Street Journal que, até 2026, a empresa vai automatizar a criação de conteúdo com inteligência artificial.
A Meta já conta com alguns recursos, que permitem ajustar e criar variações a partir de uma peça pronta. Mas, nesse novo cenário, as marcas poderão criar e direcionar seus anúncios do zero, fornecendo apenas uma imagem de produto e o valor do investimento.
Com isso em mãos (figurativas), a IA poderá criar fotos, vídeos e até textos, além de campanhas completas, com públicos ideias e de acordo com cada rede.
Zuckerberg já disse que parte desse plano é a personalização de anúncios em tempo real, que se adequam de acordo com o usuário final.
Segundo análise da Exame, da mesma forma que isso pode ser muito bom para pequenas e médias empresas, que não tem o mesmo orçamento para investir em profissionais ou agências, pode ser ruim ao “abdicar do controle criativo” e perder o fato humano nos anúncios.
Mas, enquanto os conteúdos de IA não chegam, a big tech já tem outro anúncio concreto sobre a tecnologia: a partir de agora, a moderação dos conteúdos de risco será feita 90% pela tecnologia.
Isso significa que, sim, a própria IA vai analisar conteúdos que potencialmente tenham sido feito por ela com intuitos não-tão-amigáveis.
De acordo com documentos obtidos pela National Public Radio (NPR), a IA será responsável por avaliar a presença de adolescentes nas redes, conteúdo violento, disseminação de conteúdo falso e, por fim, a própria segurança de IA.
Vale lembrar que, no início de 2025, a Meta encerrou o sistema de verificação de fatos e já havia passado essa responsabilidade às notas da comunidade.
Na prática, a checagem funciona assim:
Mas, de acordo com o Meio & Mensagem, “a conferência por humanos não deverá ser padrão como acontecia antes”.
O portal entrou em contato com a Meta sobre a novidade e a resposta foi a seguinte:
Claramente, a Meta está se movendo (e rápido) em direção a uma operação cada vez mais automatizada, e já pode ser considerada AI-first. A questão é até que ponto tudo pode ser realmente delegado à tecnologia.
O que achou dessa novidade?
A IBM lançou um novo hub de inovação voltado para IA no Innovation Studio, parte da sede da empresa em São Paulo. De acordo com a Forbes, o objetivo da empresa é “permitir que empresas, clientes e parceiros compreendam, na prática, o real valor da IA por meio de experiências imersivas com tecnologia IBM, totalmente conectadas aos desafios de negócios e seus impactos nos resultados”.
Mudanças no comportamento dos consumidores, rápida evolução da IA, situação econômica instável… O cenário do marketing global em 2025, de fato, é dinâmico, como disse o Relatório Anual de Marketing 2025, da Nielsen.
Essa é a 7ª edição do relatório, chamada de “Do caos ao esclarecimento: Desbloqueando o poder do marketing data-driven”. Segundo a Nielsen, ele foi feito para ser a vantagem estratégica dos profissionais de marketing, em meio às crises.
De acordo com o relatório, é nesses tempos que os marketeiros são formados.
O objetivo desta edição foi reunir dados em forma de inteligência prática em três estratégias essenciais para prosperar agora:
Por aqui, focamos na primeira delas, e nas 6 tendências trazidas pelo relatório:
O relatório foi elaborado com base em pesquisas com 1.400 profissionais de marketing líderes em todo o mundo. Você se identifica com essas preferências?
Vale muito a pena conferir o restante do material e dos aprendizados a partir dos dados desta edição. Para isso, é só fazer o download gratuito do relatório por meio desse link.
Se você já assistiu ao clássico dos anos 2000, “Náufrago”, com certeza se lembra do personagem Wilson.
A famosa bola de vôlei, que foi a única companhia do personagem principal, voltou a estrelar um filme, mas, dessa vez, foi um projeto de conscientização sobre a poluição dos oceanos.
Em uma parceria entre Vivo, Instituto Onda Azul, Unesco e Africa Creative, surgiu a campanha “450 Years At Sea: the Odissey of Wilson”.
No site do projeto, é possível ver praticamente ano a ano as transformações e consequências da poluição em toda a natureza, desde 2020 até 2450. É impossível não se admirar com a profundidade da ideia ou até se emocionar ao ver tanto o que nos aguarda, quando o que aguarda o planeta quando nem estivermos mais aqui.
Entre as problemáticas abordadas estão a acidificação dos oceanos, extinção de espécies, derretimento das plataformas de gelo, aumento na temperatura e no nível do mar. Inclusive, um dos pontos mais interessantes da linha do tempo é quando, em 2328, arqueólogos supostamente usariam cilindros de oxigênio para explorar cidades submersas, como Miami.
Dá para ver tudo isso e muito mais no site do projeto, 450yearsatsea.com, onde também dá para conferir toda a bibliografia e estudos que serviram como base para essa construção.
Recomendamos muito conhecer o projeto para incluir na sua pastinha de referências, mas também pelo choque de realidade que ele traz.
Ainda no tema, a agência Rastro e a Conservação Internacional (CI), transformaram a turnê de Gilberto Gil, “Tempo Rei” em uma plataforma para mobilização ambiental com a campanha “Conservar é a nossa arte”. O objetivo é usar a música e o engajamento do cantor na causa para conscientizar o público da urgência climática através da emoção.
Com a proximidade da COP30, principal conferência internacional sobre o clima, a agência quer “inspirar o mundo com a forma que o Brasil se relaciona com a natureza”.
Saindo do meio ambiente, mas ainda na criatividade, a campanha “Spotify Spreadbeats”, mostrou a genialidade de transformar algo cotidiano em uma ideia sensacional ao usar as conhecidas tabelas de Excel para divulgar o potencial da plataforma para vídeos e anúncios, é claro. Não à toa, ela vem conquistando tudo na temporada de festivais de criatividade.
Enquanto muita gente ainda reclama do despreparo da Geração Z para o mercado de trabalho, esses jovens já são adultos (a maioria já tem mais de 20 anos) e, inclusive, já têm seus próprios negócios e um modo único de conduzi-los.
Foi o que apontou o estudo “Next Gen Small Business Owners”, encomendado pela Visa, com um recorte específico sobre PMEs comandadas por pessoas da Geração Z e Millennials mais jovens (18 a 35 anos).
Seu lado “nativos digitais” não deixa a desejar. Um dos destaques da pesquisa é sua relação com os canais digitais:
Porém, mesmo com esse repertório, os pontos altos não anulam suas dificuldades. A pesquisa também mapeou algumas:
De acordo com o estudo, eles buscam inovação, mas também valorizam o contato pessoal e experiências que combinem conveniência com confiança. Um exemplo é que mais de dois terços mantêm contas em bancos tradicionais, considerando a existência de agências físicas, inclusive.
Para Camila Novaes, Diretora de Marketing da Visa, todos esses dados são insights poderosos para as marcas que proveem produtos e serviços para essas PMEs.
E aí, o que achou desses dados? Isso muda a imagem que você tem da Gen Z? Talvez isso seja essencial para que a sua própria empresa continue se dando bem no mercado.
De acordo com o professor Jeff Leblanc, a geração Z é diferente de todas as outras — e isso é bom. Em artigo para a Fast Company, ele disse que, em sua jornada no mercado de trabalho, a geração não espera perfeição, mas “pedem o que muitos já pediram antes — a diferença é que não aceitam tão facilmente quando isso não é entregue”. E aí, concorda?
✨ Insights devidamente atualizados, pode continuar sua semana por aí. Por aqui, continuamos de olho nas notícias do mercado para te manter sempre por dentro de tudo. Até o próximo Bizi!
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