última news: Uma news com tudo o que eu preciso saber sobre o mercado

bizi | 20.02.24

Se o título dessa news fosse um prompt, a resposta gerada pela nossa inteligência, com certeza, seria essa edição. No Bizi de hoje você vai encontrar novos insights sobre novidades da IA, reuniões mais produtivas, marketing de influência e tendências para o futuro do mercado de trabalho. Viu? Tem tudo o que você precisa. Vem conferir!

ESTA É NEW: Essa é mais uma da OpenAI 

Não, esse não é o novo lançamento de um DJ famoso, mas a gente garante que vai fazer ainda mais barulho.

Recentemente, a OpenAI lançou a Sora, uma inteligência artificial que transforma comandos de texto em vídeos, e o mercado foi à loucura.

Não é para menos, a gente reconhece. Com comandos simples e intuitivos, a ferramenta entrega vídeos com muita qualidade e riqueza de detalhes. Alguns são tão perfeitos em replicar a realidade que podem enganar até os olhos mais atentos.

Tá duvidando? Então confere esse compilado de testes com a Sora que a OpenAI fez e depois a gente continua a conversa. É sério, pode ir. 🙂

Aliás, no dia do lançamento da ferramenta (quinta-feira, 15 de fevereiro), Sam Altman, CEO da OpenAI, passou praticamente o dia todo no X analisando e repostando alguns testes dos usuários. Saíram resultados como esse, esse outro e ainda mais, muito interessantes (e um pouco bizarros também, rs), como o header aqui em cima.

E, sim, esse é um grande passo no avanço das inteligências artificiais generativas. De acordo com a Fast Company Brasil, a OpenAI treinou a Sora para entender mais do que a linguagem textual, mas também a “complexa linguagem audiovisual”.

A ferramenta consegue interpretar pedidos de enquadramentos, iluminação, gêneros e estilos. 

E isso só foi possível por um processo de deep learning da ferramenta sobre todos esses princípios e outras dinâmicas que fazem parte do vídeo. Ou seja, a inteligência está aprendendo cada vez mais e melhor.

“O resultado que a OpenAI conseguiu com a nova ferramenta é tão espantoso que está fazendo todos se preocuparem muito com as eleições de 2024.”
— Laura Kroeff, vice-presidente de estratégia e impacto da Box 1824

Vale lembrar aqui que a Sora ainda não está aberta ao público, somente para testes e para alguns grupos selecionados, como normalmente acontece com esse tipo de lançamento. Mas não damos muitas semanas a mais para que essa liberação geral aconteça.

Se foi por esse lançamento promissor ou não, não sabemos, mas fato é que a OpenAI pode ter atingido nesta semana US$ 80 bilhões ou mais em valor de mercado, de acordo com o The New York Times.

O novo patamar histórico é fruto de um movimento liderado pela Thrive Capital, em que a OpenAI venderia suas ações existentes em uma chamada oferta pública. Nesse acordo, os funcionários podem retirar suas ações da empresa, em vez de uma rodada de financiamento tradicional, que arrecada dinheiro para operações comerciais.

De acordo com informações de quem está por dentro da transação, a OpenAI quase triplicou sua avaliação em menos de 10 meses. Thank you, ChatGPT.

E, por falar nele, embora a empresa esteja realizando muitas conquistas, registrar a marca GPT nos EUA ainda não é uma delas. 

De acordo com o Tecmundo, a OpenAI tentou novamente esse registro junto ao Escritório de Patentes e Marcas Registradas dos Estados Unidos (USPTO). Mas a resposta do órgão é que “GPT” é um termo generalista demais para pertencer só à ela.

Em breve, a empresa pode tentar novamente e, se conseguir, todas as empresas que têm o “GPT” serão obrigadas a mudar de nome. Mas, por enquanto, isso está só no mundo das ideias. 

Do outro lado da tecnologia, alguns fatos fizeram muita gente repensar o uso da inteligência artificial nesta semana.

Um deles foi um artigo na revista científica Frontiers, em sua divisão Cell Development and Biology, que trazia um estudo muito específico sobre células-tronco com imagens bem bizarras geradas por IA.

“Fora as atrocidades anatômicas que a IA cometeu, com tecidos e células sem precisão biológica, também há textos que lembram vagamente termos científicos, mas não querem dizer nada, como ‘testtomcels’, ‘iollote sserotgomar cell’, ‘retat’, ‘dissilced’ e ‘dck’.”
— Canaltech

A revolta da comunidade científica foi tamanha que o artigo ficou apenas 2 dias no ar e depois foi retirado pelos editores.

Vale lembrar que a relação entre acadêmicos e cientistas com a inteligência artificial nunca foi tranquila e acontecimentos como esse só jogam mais lenha nessa fogueira.

Por um tipo diferente de bizarrices, um grupo de big techs se uniu em um acordo para lutar contra o uso criminoso, ilegal e enganatório de conteúdos feitos com a IA, especialmente nas eleições que estão por vir.

Nomes como Amazon, Adobe, Google, Meta, TikTok e a própria OpenAI fazem parte do acordo, que foi assinado durante a Munich Security Conference.

Ao todo, são 20 empresas que se comprometeram em monitorar os produtos da IA ao longo de 2024, para evitar crimes como deep fakes, fake news e qualquer outro conteúdo enganoso feito com ajuda da inteligência artificial.

Muito além das eleições, esse pode ser o início de um esforço coletivo para regulamentar de vez a tecnologia. Vamos torcer para dar certo!

+ Tecnologia e lançamentos:

A Apple revelou um novo modelo para as câmeras do iPhone, mas aparentemente ele ainda não vem aí.

Para além das boas novidades, a marca da maçã pode ser multada em € 500 milhões pelos reguladores europeus por concorrência desleal — e a “culpa” é do Spotify.

Enquanto isso, o Libero Flip, da ZTE, é a nova opção de celular dobrável, bem mais em conta e com configurações simples, porém, “agradáveis”, segundo os especialistas.


HOW TO: Fazer as reuniões valerem a pena 

Se alguém te chamasse para uma reunião agora, qual seria a sua reação? Pode acreditar, a resposta conta muito para a produtividade desse encontro hipotético.

Em um artigo da Inc., o autor Jeff Haden trouxe algumas percepções sobre as temidas e, às vezes, amadas reuniões, além de uma dica importantíssima para melhorar o seu aproveitamento.

Pesquisas de mais de uma década mostram que 90% dos colaboradores sentem que as reuniões são custosas e improdutivas. E os dados apoiam: a produtividade dos funcionários aumentou 70% em empresas que reduziram o número de reuniões em 40%.

No fim das contas, para Haden, uma reunião só é realmente importante para a pessoa que a convocou.

Mas o autor reconhece que, às vezes, elas são necessárias. Para esses momentos, ele indica as walking meetings, que é quando as pessoas literalmente caminham enquanto fazem uma reunião. 

O CEO do LinkedIn, Jeff Weiner, por exemplo, acredita que elas eliminam distrações e tornam as reuniões mais produtivas.

Outro famoso adepto das walking meetings era Steve Jobs, que amava reuniões assim, especialmente na hora do brainstorming — inclusive, reza a lenda que o design do iMac G4 foi concluído enquanto ele e Jony Ive caminhavam por um jardim. 

De fato, um estudo publicado no Journal of Experimental Psychology descobriu que em mais de 80% do tempo, as pessoas têm mais e melhores ideias criativas quando estão andando, em contraste com quando estão sentadas.

E o impacto das reuniões com caminhada não é bom apenas para o mercado de trabalho.

Mais estudos científicos apontam que caminhadas de aproximadamente 8.200 passos reduzem chances de desenvolver obesidade, apneia do sono, refluxo e transtornos depressivos. Só benefícios, né?

“Some tudo isso e sim: reuniões com caminhadas tornam você — e quem quer que esteja com você — mais criativo e um pouco mais saudável, tanto mental quanto fisicamente.”
— Jeff Haden, Inc.

O autor ainda traz mais um dado: as caminhadas podem fazer você viver mais! Uma pesquisa publicada no JAMA Internal Medicine mostra que as pessoas que aumentaram a sua atividade diária em 2.000 passos (independentemente de com quantos passos começaram) adquiriram um risco menor de mortalidade precoce e mais uma coleção de resultados positivos, especialmente com relação a doenças cardíacas e diabetes.

Então, sim, as reuniões com caminhadas têm um potencial enorme de ser a melhor indicação que você vai ver no Bizi de hoje.

Já experimentou uma reunião assim? Depois conta pra gente sua experiência!


DATA NOSSA DE CADA DIA: Os números do marketing de influência no Brasil

Tem estudo sobre marketing de influência fresquinho chegando por aqui.

A consultoria Scopen lançou a primeira edição do Influence Marketing Scope, um material com a intenção de ser bienal e entender como mercado + profissionais da comunicação estão em relação ao marketing de influência.

Não é difícil imaginar de onde vem o interesse sobre essa área, não é mesmo? A cada dia, o poder da influência cresce no mundo, mas principalmente no Brasil. Já falamos outras vezes aqui na news sobre como o nosso país valoriza a opinião dos influencers.

Com o mesmo objetivo, a Scopen entrevistou 101 profissionais responsáveis pelo marketing de influência em empresas anunciantes e 28 agências especializadas na área, entre julho e novembro de 2023, aqui no Brasil. E, entre os principais resultados, ela descobriu que:

O principal motivo pelo qual as empresas buscam o marketing de influência (50%) é conquistar visibilidade, awareness e conhecimento de marca. Logo em seguida vem o branding, o posicionamento e a imagem de marca no mercado.

Em número de seguidores, o preferido em disparada é o micro influenciador, que tem entre 10 mil e 100 mil seguidores. 93% das empresas e profissionais preferem esse perfil.

Em seguida vem os macro influenciadores (entre 100 mil de 500 mil seguidores), com 89% de preferência e os chamados “fama influencers” (entre 500 mil a 1 milhão de seguidores), com 77% das escolhas.

Mas, apesar do interesse e reconhecimento da categoria, o investimento ainda não está nos seus melhores dias:

Por fim, o estudo mostra que para empresas e profissionais especializados no marketing de influência, os desafios são distintos:

Enquanto o executivo de empresas define a profissionalização do influenciador e a credibilidade do que é apresentado como principais barreiras, para os profissionais de agências, o verdadeiro desafio é o conhecimento do consumidor e a capacidade de chegar a ele, além da mensuração e proteção de dados nesse processo. 

“Os profissionais de empresas pensam de forma mais tática. Já os profissionais de agências têm um conhecimento maior deste universo que os permite pensar de forma mais estratégica. Acredito que em algum momento isso irá se equalizar, porém, como o ambiente é mais arriscado, o perfil do decisor precisa ter componentes inovadores para que não exista tanto medo de errar, pois o tempo para correção de rota é desafiador”.
— Paula Ribeiro, diretora de estudos e investigação da Scopen Brasil

E por aí, sua empresa já está investindo no marketing de influência? Compartilha com a gente suas impressões sobre essa estratégia!


PREVISÃO DO MERCADO: Tendências no mercado de trabalho 

Para finalizar essa news, trouxemos mais uma aposta de um profissional especialista em seu mercado.

Dessa vez, Cecília Barçante, Head de Empregabilidade da Refuturiza, trouxe suas percepções sobre o futuro do mercado de trabalho. 

A executiva falou ao Mundo do Marketing sobre 5 tendências que enxerga para o escritório e além em 2024. Tem muito a ver com os novos tempos e as novas exigências, mas também tem a ver com a atenção das empresas aos seus funcionários, que deve ser imutável. Olha só o que vem por aí:

Modo avião no mercado de trabalho

Cecília usa esse termo bem comum dos dispositivos eletrônicos para apresentar um movimento interessante, que falamos bastante por aqui: o modelo híbrido.

Para ela, os dias de escritório são ideais para trabalhar projetos em equipe. Mas os dias de home office são os dias em que o colaborador se desliga de tudo isso e entra em modo avião para focar totalmente em atividades individuais — e isso é tão ou até mais importante para a operação.

Períodos de descanso mais longos

Em vista do que tem acontecido em outros países, a semana de 4 dias (ou 4 Day Week, que falamos nessa news) também é uma tendência emergente por aqui.

O dia de descanso a mais contribui, de acordo com Barçante, para oferecer mais equilíbrio entre vida pessoal e profissional aos colaboradores, reduzir o estresse, aumentar a satisfação com o trabalho e, olha só, a produtividade.

Atenção ao bem-estar da equipe

Aqui, Cecília destaca a importância de contar com um pacote de benefícios para os colaboradores. Mas não é qualquer pacote: para ela, o ideal é que sejam benefícios flexíveis, capazes de atender a uma diversidade de interesses, rotinas e estilos de vida.

“Entram em cena itens tradicionais como cartões de desconto e vales refeição e alimentação, além de benefícios que promovam o bem-estar físico e emocional, a exemplo de flexibilidade na jornada de trabalho, day off no aniversário, incentivo à atividade física e suporte para a saúde mental. Outros benefícios são licença parental estendida, participação nos lucros, previdência privada e auxílios para pets.”
— Mundo do Marketing

De acordo com a executiva, medidas assim contribuem tanto para a gestão eficaz dos recursos, como para o engajamento do time e motivação no trabalho.

Uso de inteligência artificial generativa

Como você pode ver pela news de hoje — e praticamente por todas as outras —, a IA está em alta no mercado e, para Cecília, ela pode e deve ser usada para melhorar processos repetitivos e rotineiros.

A profissional acredita na máxima “quando a IA fica responsável por tarefas menos complexas, os funcionários podem se concentrar em tarefas mais estratégicas”. Em sua empresa, a Refuturiza, por exemplo, a IA generativa é usada para analisar currículos, identificar candidatos qualificados e até mesmo fazer entrevistas iniciais.

O mais importante em qualquer uma das funções atribuídas à tecnologia é manter a ética e responsabilidade legal na hora de usá-la.

Apoio no desenvolvimento da carreira

Além de favorecer os colaboradores, apoiar o desenvolvimento de suas carreiras também complementa todas as outras ações que citamos e ajuda a criar um ambiente de trabalho mais motivador.

Seja por meio de treinamentos oferecidos pela empresa ou reconhecendo — e recompensando — os esforços de quem busca por isso individualmente. 

Nem é preciso dizer, mas é válido: quanto mais especializados seus colaboradores forem e mais incentivos eles tiverem para isso, melhor serão os resultados da sua operação. Uma verdadeira relação ganha-ganha.

E aí, o que achou dessas tendências? Compartilhe com a redação qual delas você já vê acontecendo por aí.


🚶 Já terminou a leitura? Que tal agora uma caminhadinha pós-almoço — ou até o seu almoço? Com os links que deixamos por aqui e um bloquinho de notas, isso pode ser bem mais produtivo do que você imaginava. Te esperamos no próximo Bizi!

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