deu ruim: Será que o ESG ainda é válido?

bizi | 04.08.23

O ESG ainda é válido para as empresas?

Se você acompanha o Bizi desde o comecinho, sabe que se tem um tema que gostamos de falar por aqui (além do Elon Musk, é claro, rs.), é o ESG.

Já trouxemos muitos dados por aqui, tanto sobre o Environmental, assim como o Social e Governance. Porém, já faz um tempinho que não vemos o mesmo entusiasmo de antes com relação ao tema. Será que o interesse das empresas pelo ESG caiu? 

Na gringa, parece que sim

Segundo o relatório “Sustentabilidade em destaque: O ESG perdeu força na sala de reuniões?”, 56% das empresas na Europa veem o ESG como oportunidade de negócio, mas apenas 30% nos EUA enxergam dessa forma — inclusive, 34% das empresas por lá encaram as questões ESG como um risco.

As informações foram divulgadas pela empresa americana Diligent com exclusividade para o jornal Estadão.

Para a Diligent, a principal explicação é a forma como as regiões encaram o tema, uma questão estrutural e até cultural.

Na Europa, as leis e até mesmo os stakeholders são mais rígidos quando se trata do ESG — a legislação sobre o tema começou por lá, para termos uma noção.

Já os EUA enfrentam hoje o crescimento da agenda “anti-ESG”, uma consequência do rumo político que essa discussão ganhou por lá. Soa familiar para você? Para nós também.

De acordo com André Bodowski, vice-presidente da Diligent na América Latina, “não estamos dizendo que ele desapareceu, longe disso. Mas perdeu um pouco de espaço? A resposta da pesquisa é sim, estatisticamente. Continua importante, mas talvez não seja mais o assunto número 1.”

O ESG está só começando

O VP ressalta que isso demonstra não um enfraquecimento do tema como um todo, mas dois movimentos que acontecem em paralelo: enquanto algumas empresas decidiram solidificar o ESG em suas ações e estratégias, outras simplesmente não.  

“ESG é apenas uma questão dentro de várias outras.”
— André Bodowski para o Estadão

Apesar da situação nas duas potências do hemisfério norte, de modo geral, a percepção global sobre o ESG é positiva.

40% das empresas veem a agenda ESG como uma oportunidade de negócio, 35% veem com uma visão equilibrada e 25% enxergam como um risco.

Para Bodowski, isso é efeito das mudanças climáticas, que geram um sentimento de urgência no público e, consequentemente, exigem um posicionamento das empresas.

No entanto, isso não significa um mar de rosas orgânicas para elas. Os maiores empecilhos para cumprir a agenda, de acordo com a Diligent, são:

  • A necessidade de melhores insights em torno das metas ESG (45%);
  • A falta de clareza quanto ao seu impacto no negócio (22%);
  • Juntamente com o posicionamento de negócios concorrentes sobre o tema (22%).

Ou seja, ainda não é a hora de dar tchau para o tema.

Não perca nenhuma novidade!

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