última news: Será que ainda conseguimos conversar sem falar de IA?

bizi | 13.05.25

Depois de uma semana inteira falando sobre um evento que respirou IA, voltamos com a programação normal da news para falar de… mais IA, é claro. Hoje, trouxemos um resuminho das notícias sobre anúncios com IA da Meta, um tutorial de como as ferramentas podem citar sua marca, porque os funcionários têm medo de usar essa tecnologia e as marcas mais recomendadas do Brasil, para trazer uma diversidade de temas. Vem conferir!


ESTA É NEW: Os anúncios com IA e a criatividade infinita

Que Mark Zuckerberg gosta de tomar decisões polêmicas e, às vezes, contraditórias, você já sabe.

A novidade é que, no início do mês, enquanto você conferia um resumo do Web Summit Rio 2025 aqui no Bizi, o chefão da Meta anunciou os anúncios com IA — e talvez esse seja um dos últimos anúncios feitos por uma pessoa de verdade nessa firma.

A manchete do The Verge não economizou na reação. Segundo o portal, “Mark Zuckerberg acaba de declarar guerra a toda a indústria da publicidade”. Mas o que isso significa, afinal?

Em uma entrevista com Ben Thompson para o Stratechery, Mark Zuckerberg revelou que o próximo passo da evolução do Meta AI é “eliminar mais ou menos todo o ecossistema da publicidade, da parte criativa para baixo”. Algumas das palavras exatas foram:

“Obviamente, sempre haverá a possibilidade de as empresas virem com uma sugestão ou com o [anúncio] criativo que quiserem, especialmente se realmente quiserem se destacar. Mas, em geral, chegaremos a um ponto em que você, como empresa, vem até nós, nos diz qual é o seu objetivo, conecta a sua conta bancária, não precisa de nenhum criativo, não precisa de nenhuma segmentação demográfica, não precisa de nenhuma mensuração, exceto conseguir ler os resultados que apresentamos. Acho que isso será enorme, acho que é uma redefinição da categoria de publicidade.”
— Mark Zuckerberg para o Stratechery

Vale lembrar que o Meta AI já atua como assistente na hora da segmentação dos anúncios, mas não como criativo. Pelo menos, não até agora.

Voltando à matéria do The Verge, segundo o editor-chefe, Nilay Patel, esse novo cenário é o da “criatividade infinita”, onde a IA poderá:

  • Gerar fotos e vídeos
  • Escrever sobre esses produtos
  • Montar uma coleção de anúncios
  • Direcioná-los para as pessoas certas
  • Medir o desempenho de cada um deles

Ou seja, praticamente todo o processo que equipes inteiras fazem hoje.

De fato, a IA está tão entranhada nos negócios e no nosso dia a dia, que até o Papa Leão XIV falou sobre ela em sua primeira coletiva de imprensa, ontem (12). Entre outras deliberações, o novo papa disse que o uso da tecnologia tem que acontecer com responsabilidade e discernimento.

Conversando com executivos de publicidade, o The Verge apontou alguns pontos de preocupação principais nessa novidade:

  • Os resultados da Meta. Não que os meios não sejam um problema, mas a big tech já teve alguns problemas divulgando os fins. Para um dos especialistas ouvidos, é como se eles “corrigissem a própria tarefa de casa”.
  • Além da problemática de substituir parte dos profissionais por trás desse processo, Nilay Patel também aponta que um dos pontos mais negativos é, no fim, termos que conviver com um monte de propaganda feita pela IA.

O que você acha disso? Sua empresa estaria disposta a aderir aos anúncios de IA da Meta?

+ Mais novidades da semana:

O ex-Head of Sales do TikTok, Theo Lima, e o creator Rodrigo Rossi acabaram de lançar a Trendsy, um hub de criação e produção de conteúdo que chegou com a proposta de transformar marcas em creators no TikTok, Instagram e YouTube. 


VIEW E REVIEW: Como fazer a sua marca aparecer nas buscas de IA

Se antes a discussão era sobre a IA substituir o Google, hoje é difícil fazer uma busca por lá sem se deparar com um selinho mais ou menos assim na resposta: ✨

Mas esse está longe de ser o único caso. As buscas por IA têm se tornado cada vez mais recorrentes no comportamento do público — inclusive, trouxemos um resumo da palestra de Neil Patel sobre esse tema no Web Summit Rio neste conteúdo.

Por isso mesmo, é importante saber como fazer um bom SEO para essas ferramentas. Mas, para começar essa otimização, é importante entender como esses mecanismos funcionam.

“A visibilidade nas respostas do ChatGPT , Gemini do Google, Perplexity e AI Overviews do Google depende de sua marca ser mencionada no conteúdo em que eles confiam. No entanto, suas preferências em termos de fontes confiáveis ​​variam significativamente.”
— Search Engine Land

Aqui embaixo está uma representação:

Com esse gráfico como base, o SEL descreveu o que cada ferramenta prefere na hora de mostrar seus resultados, dados das principais fontes e dicas de como garantir que sua marca seja referenciada por elas. Confira o resuminho Bizi:

ChatGPT: buscador de autoridade

O que prefere:

A mais famosa das IAs prefere fontes estabelecidas, confiáveis ​​e factuais, como enciclopédias e grandes veículos de notícias. Os sites mais citados por ela, de acordo com o SEL, são o Wikipedia (27%), a Reuters (6%) e o parceiro da OpenAI, Financial Times (3%).

Seguindo o mesmo princípio, o bot raramente cita conteúdo gerado por usuários (UGC), como fóruns e mídias sociais, ou blogs e páginas de produtos.

Dicas: 

  • Construa autoridade digital e garanta que sua marca também aparece em materiais neutros;
  • Estar presente no Wikipédia e nos principais blogs e reportagens do segmento são cruciais;

“Conforme observado anteriormente por Olaf Kopp, os LLMs geralmente favorecem ‘fontes não comerciais’, em vez de páginas de comércio eletrônico.”
— SEL

Gemini: especialista em mesclar fontes

O que prefere:

Por sua vez, o Gemini faz uma mescla de fontes confiáveis com notas da comunidade. Suas referências mais frequentes são o YouTube (o domínio mais citado, com 3%), blogs e sites de notícias, como a Forbes (2%), além dos conteúdos da comunidade (2%).

Aliás, de acordo com o SEL, o ponto alto dessa IA é justamente “misturar avaliações profissionais com feedback de colegas, especialmente para dúvidas de consumidores”.

Dicas:

  • Sem pontos a serem evitados, a maior dica aqui é segmentar conteúdo de alta qualidade e confiabilidade em mídias relevantes — especialmente no YouTube; 
  • Segundo o SEL, conteúdos com profundidade e ampla cobertura também são essenciais.

Perplexity AI: curadoria de análises

O que prefere:

Fontes confiáveis ​​e especializadas, inclusive quando se trata de sites de avaliação. Suas principais fontes são conteúdo de blog/editorial (38%), notícias (23%) e, agora, sim, blogs de produtos (7%).

Um ponto interessante da busca no Perplexity AI é que o tipo de fonte muda de acordo com o segmento. Por exemplo: ele vai citar somente sites consolidados quando você buscar por consultas financeiras, mas pode citar o Reddit (fórum) se o tema for comércio eletrônico.

Dicas:

  • Busque estar presente em sites de alta autoridade e plataformas de avaliação respeitadas e relevantes dentro do seu setor;
  • Participe da discussão em fóruns relevantes;
  • Invista nas análises aprofundadas, foque em conteúdo factual e útil (comparações, guias, dados).

Visões gerais do Google AI: agregador de referências

O que prefere:

Sem uma preferência definida, é como se as visões gerais literalmente pegassem toda a diversidade das respostas Google e juntasse em um compilado.

Nela, você vai encontrar artigos no estilo de blog (46%), notícias tradicionais (20%), conteúdo de comunidade (4%), mídias sociais (artigos do LinkedIn são a 4ª fonte mais citada), blogs de produto (7%) e até o Wikipedia, mas com menos destaque (1%).

Um de seus principais diferenciais é oferecer páginas específicas e aprofundadas no lugar de páginas iniciais, combinando conteúdo especializado, discussão da comunidade e até comentários no LinkedIn.

Dicas:

  • Invista em uma presença multifacetada na internet. Isso inclui blogs de alta qualidade, veículos de comunicação, fóruns relevantes, sites de Q&A e até discussões de especialistas no LinkedIn;
  • Não negligencie páginas profundas e ricas em conteúdo no seu próprio site, especialmente listas ou guias bem estruturados.

Afinal, nem tudo nas nossas discussões sobre a inteligência artificial é voltado para o que fazemos com ela, mas também sobre o que ela pode fazer por nós.

Tudo pronto para prosperar na era das buscas com IA?


DATA NOSSA DE CADA DIA: As marcas mais recomendadas pelos brasileiros

Quais são suas marcas preferidas? Você as indica para quem conhece?

O Net Promoter Score do Opinion Box divulgou nesta semana as marcas mais recomendadas pelo público, de acordo com seu banco de dados, no NPS Benchmarking 2025.

Neste ano, 646 marcas, de mais de 50 segmentos, fazem parte do ranking. O ponto em comum é que todas vieram de outros estudos, rankings e pesquisas do Opinion Box, além de estarem na lista das maiores empresas B2C do Valor Econômico e Revista Exame.

A partir delas, a plataforma coletou 465 mil avaliações de clientes reais, que consumiram produtos ou serviços das marcas mais populares do Brasil nos últimos 12 meses.

“De acordo com a metodologia, os consumidores que dão notas 9 ou 10 são considerados promotores da marca. Em seguida, estão os neutros, que classificam as empresas com notas 7 ou 8, enquanto os detratores são os que atribuem notas entre 0 e 6. A base de cálculo consiste na subtração entre o percentual de promotores e o de detratores, que variam entre -100 e 100.”
— Meio & Mensagem

Apesar de ser uma pesquisa nacional, o NPS Benchmarking 2025 conta, majoritariamente, com marcas gringas. Confira as 15 primeiras:

Essa foi só uma amostra, pois o ranking mais completo conta com 50 marcas — na verdade, 52. Como você pode ver, é uma classificação um tanto diferente, já que é baseada na nota NPS.

Segundo o Meio & Mensagem, que divulgou com exclusividade o ranking, “em casos de empate no valor do NPS, as marcas são posicionadas na mesma posição numérica em ordem alfabética”.
— Meio & Mensagem

Agora, algumas curiosidades sobre o NPS Benchmarking 2025:

  • Em 5 anos de medição, essa é a quarta vez consecutiva que a Lindt aparece na 1ª posição. Nota da redação: se você já foi na loja e/ou experimentou um dos chocolates da marca, vai entender perfeitamente o porquê;
  • A Carter’s, marca de moda infantil norte-americana, acabou de chegar no ranking e já garantiu o 4º lugar. A marca chegou ao Brasil em 2020, por um acordo com a Riachuelo, e tem o plano de abrir 60 lojas até 2030. Será que o 1º lugar vem aí?;
  • Algumas marcas sofreram as famosas flutuações no ranking, o que é normal, mas a mais expressiva com certeza foi a da Honda. Na edição anterior, a montadora de veículos dividiu a 2ª posição com a The North Face. Em 2025, enquanto a The North Face foi parar no 8º lugar, a Honda não entrou nem no top 50.

Além do ranking das marcas, o Opinion Box também organiza um ranking dos segmentos, também com 50 posições e, claro, também trouxemos uma amostrinha bizi para você:

A novidade no radar do ranking dos segmentos deste ano é a novidade do mercado, no geral: as bets.

De acordo com o COO e cofundador do Opinion Box, Felipe Schepers, isso acontece porque “o segmento ainda está em consolidação”. Tanto é que nenhuma empresa de bet apareceu no ranking das marcas, por não atingir a média de 140 avaliações.

As empresas de apostas esportivas apareceram na 49ª posição, atrás apenas da tradicional lanterninha, as empresas de telefonia e banda larga — e quem já precisou entrar em contato com uma delas também sabe o porquê.

Para Schepers, as avaliações mais baixas são reflexo de muitos fatores, como a complexidade dos serviços ou até a percepção de que não há alternativas ou autonomia, por parte do cliente.

“A falta de personalização, burocracia e dificuldade de resolver problemas com agilidade também são pontos recorrentes nesses segmentos e impactam diretamente a lealdade do consumidor.”
— Felipe Schepers, Meio & Mensagem

Para conferir todas as 50 (e duas) marcas do NPS Benchmarking 2025, acesse aqui.

Agora, conta pra gente: se fosse para você montar um ranking de marcas mais indicadas, quais estariam na sua lista? Esperamos que o Bizi seja uma delas. 🙂


FRAMEWORK: Os profissionais têm medo de usar IA no trabalho 

Depois de uma pausa para falar das marcas mais bem-avaliadas pelos brasileiros, voltamos à pauta da IA — porque, de fato, ela nunca acaba.

De acordo com pesquisadores da Escola de Negócios, Gestão e Organizações Fuqua da Universidade Duke, muitos profissionais ainda têm medo de usar a inteligência artificial por uma série de estigmas — um deles é o medo de serem considerados preguiçosos.

E isso é como uma via de mão dupla. Assim como essa impressão desmotiva os funcionários a usarem a IA, ela também faz com que eles rotulem negativamente quem usa, afetando diretamente o local de trabalho.

“Esses julgamentos se manifestam como penalidades sociais previstas e reais, criando um paradoxo em que ferramentas de IA que aumentam a produtividade podem, simultaneamente, melhorar o desempenho e prejudicar a reputação profissional.”
— Pesquisadores da Universidade de Duke, Revista Inc. 

A pesquisa foi realizada com 4.400 participantes, divididos em 4 cenários distintos. As principais descobertas estão nos 2 primeiros:

O primeiro grupo recebeu uma ferramenta de IA e foram orientados a prever como os colegas os classificariam em termos de preguiça, substituibilidade, competência e diligência. Eles esperavam reações negativas em todos os aspectos, principalmente preguiça e substituibilidade.

Já o segundo grupo foi convidado a dar suas percepções sobre os membros do primeiro grupo por terem usado IA, classificando-os em termos de preguiça, diligência, competência, independência, autoconfiança, ambição e domínio. Confirmando suas suspeitas, as respostas foram negativas, em sua maioria.

Isso leva, basicamente, a duas consequências:

  1. As pessoas no grupo que adotou a IA (e foi julgado), se tornaram menos dispostas a usar a tecnologia e ainda menos propensas a contar isso aos seus colegas ou gerentes.
  2. A resposta negativa ao uso de IA foi tão forte que transcendeu percepções de idade, gênero, raça ou cargo dos colegas que a adotaram.
“Descobrimos que nenhum desses atributos demográficos-alvo influencia o efeito do recebimento de ajuda com IA nas percepções de preguiça, diligência, competência, independência ou autoconfiança. Isso sugere que a estigmatização social do uso de IA parece ser generalizada.”
— Pesquisadores da Universidade de Duke, Revista Inc. 

Por fim, os pesquisadores ainda disseram que esse comportamento de resistência não é novo, mas comum com relação ao que é novo.

Segundo o estudo, essa crença de que “inovações que tornam o trabalho mais fácil ou mais eficiente, na verdade, são uma desculpa para realizar tarefas mais exigentes” é bem antiga.

Aliás, é por crenças assim que acabam resultando outras, como a de que a dependência dessas ferramentas vai prejudicar ou tirar completamente nossa capacidade de realizar essas tarefas. Você já se sentiu assim?

“Empresários que desejam que os funcionários adotem a IA para acelerar e aprimorar aspectos de seus trabalhos precisam criar diretrizes gerais claras e explícitas sobre como e quando a tecnologia deve ser usada (…) e também comunicar aos funcionários por que o uso dessas ferramentas é um esforço ativo para aprimorar os resultados, e não uma forma de se esquivar do trabalho em questão. Mas, como sugerem os resultados do estudo, mudar essas atitudes exigirá algum ajuste de atitude no local de trabalho.”
— Pesquisadores da Universidade de Duke, Revista Inc. 

E aí, o que você achou desse estudo? Já sentiu medo de usar a tecnologia e receber um julgamento negativo? Conta pra gente suas percepções.


🔚 Depois de mais uma pequena maratona de conteúdos sobre IA, encerramos por hoje. Mas voltaremos ao menor sinal de novidades e insights quentinhos nessa ou em qualquer outra área importante para você. Até mais!

Não perca nenhuma novidade!

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