bizi | 02.02.24
Se você sempre se perguntou como uma trend vira uma trend no TikTok, essa editoria é para você!
No TikTok Awards Reverse, um evento da plataforma que aconteceu ontem, Beatriz Ramires, Marketing Insights & Strategy Manager do TikTok, explicou tudo sobre essas correntes que movem a rede vizinha.
O Bizi não estava lá, mas a Propmark estava, por isso conseguimos trazer todos os insights que vimos na revista, resumidos aqui para você. Confira.
A pauta do evento foi baseada nos ganhadores do TikTok Awards 2023 (a primeira edição do evento apareceu aqui na news, inclusive) e como eles conseguiram chegar lá. Mas, sem mais delongas, vamos às revelações.
De acordo com Beatriz, existem 3 pontos cruciais sobre as tendências:
Fonte: Propmark
Enquanto as duas primeiras duram um longo prazo, os momentos têm curta duração e são o que conhecemos como “em alta” na plataforma.
Ainda sobre as tendências, a executiva destacou que os usuários vivem hoje uma dualidade de interesses e conteúdos. Ao mesmo tempo em que há mais consumo de conteúdo e cotidiano acelerado, as pessoas também estão demonstrando a vontade de desacelerar a rotina e estabelecer conexões verdadeiras.
“Outro ponto destacado foi que, junto com os avanços tecnológicos acelerados, as pessoas também estão vivendo uma insegurança quanto ao papel dessas tecnologias na sociedade.”
— Propmark
Junto a Brand Strategist, Marina Dias, e a Creative Leader, Marina Landherr, Beatriz também apontou os 3 tipos de conteúdos encontrados hoje no TikTok:
O consumo desses conteúdos é específico, com objetivos de aprendizado, inspiração ou conexão com outras pessoas.
As principais hashtags de intencionalismo são:
Literalmente, são conteúdos que criam essa fuga da realidade e alienação, o que muitos usuários desejam.
As principais hashtags de escapismo são:
Os vídeos de comunidade são aqueles em que os usuários buscam conexões com outras pessoas para potencializar suas individualidades.
As principais hashtags de comunidade são:
Para as executivas, as principais dicas para usar a plataforma compartilham uma premissa bem simples: estimular os aspectos exclusivos de cada cliente, independentemente do tipo de conteúdo ou trend. Quanto mais uma marca conhece seus clientes, mais sentimentos de confiança e pertencimento ela consegue gerar.
“As executivas também ressaltaram a importância das empresas prestarem mais atenção nas linguagens e permitirem que as marcas caminhem para um lado que fuja um pouco da realidade do cotidiano e brinquem mais com o lúdico.”
— Propmark
Mas para além do sucesso que as marcas estão fazendo no TikTok, a rede passa por um momento de instabilidade gigantesco que começou, na verdade, com o fim de um contrato importante com a Universal Music.
Se você conhece pelo menos um pouquinho do TikTok, sabe que as músicas são parte fundamental do conteúdo, muitas trends só acontecem por causa delas. Mas depois de uma falta de acordo entre as empresas, o contrato, que existia desde 2021, não foi renovado no dia 31 de janeiro deste ano.
De acordo com a Universal Music, a empresa teria apresentado 3 propostas de renovação ao TikTok, com algumas taxas a mais para compensar artistas e compositores e protegê-los dos possíveis efeitos nocivos da IA.
Já, de acordo com o TikTok, a prioridade da Universal nas propostas era a própria ganância e não os artistas. Que climão!
Segundo o Gizmodo, músicas de perfis como o de Olivia Rodrigo e a queridinha do pop (e da nossa news), Taylor Swift, já não estão mais disponíveis na rede.
Nessa briga de gente grande, quem já está sentindo os efeitos são os usuários, que tiveram muitos vídeos silenciados.
E não são poucos, viu? Vale lembrar que os direitos da Universal Music incluem nomes como Adele, Justin Bieber, Beatles, Coldplay e muitos mais.
Assim, vamos esperar pelos próximos áudios desta orquestra.
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