bizi | 18.07.23
Nas últimas semanas, a disputa entre Sony e Microsoft pelos direitos do jogo Call of Duty, franquia de videogame mais vendida do mundo, produzida pela Activision Blizzard, ocupou a mente de quem é gamer.
Rápido contexto para você que não faz ideia do que estamos falando:
Desde o início do ano, a Xbox (da Microsoft) estava querendo adquirir a Activision Blizzard, uma das maiores produtoras de games do mundo, inclusive do aclamado Call of Duty, que até então, era disponível apenas para consoles Playstation (da Sony). No entanto, assim como nos veículos de mídia, na política e na hora de dividir o controle remoto para escolher o streaming, os monopólios também não são bons na indústria dos games. Órgãos americanos e britânicos, reguladores da indústria, interferiram para definir um “acordo vinculante”, em que versões do jogo continuarão sendo lançadas tanto para o console da Microsoft, quanto para o da Sony. Paz na aquisição e sequências intermináveis de tiros para quem joga.
Por si só, essa notícia já ganhou nossa atenção. Afinal, nada mais Bizi do que uma batalha de grandes marcas com resultado potencial de torná-las maiores ainda.
Mas não são só os gamers que deveriam ficar de olho nessa transição. A movimentação aponta um motivo de atenção que todos os profissionais devem ficar de olho: a indústria dos games está crescendo e rápido!
Já faz tempo que os jogos não são propriedade intelectual apenas de quem joga ou das empresas que os criam, como no exemplo que abriu essa news.
Mercado bilionário
Se você é um gamer, já deve saber. Mas, caso não seja, te apresentamos o poder desse mercado em números:
Não é só uma fase
Em uma news recente, já trouxemos alguns insights sobre a relação das marcas com os gamers, identificados pela Pesquisa Game Brasil, que já estuda esse mercado há 10 anos.
Mas outra pesquisa, feita pela Newzoo, mostrou mais sobre esse universo:
Outros dados mostram que:
O estudo descobriu que a maioria dos gamers também são pagantes. 57% deles gastaram dentro dos jogos nos últimos 6 meses.
Mas as compras não param por aí. De acordo com Vince Vader, professor de plataformas digitais e game essentials da ESPM-SP, a oportunidade se estende para itens como consoles, monitores, cadeiras entre outros produtos do setup gamer, mas também vai além:
“A briga é para ver quem será a marca de água do gamer, o refrigerante do gamer, o snack do gamer, quem será lembrado quando o gamer estiver jogando.”
— Vince Vader, Meio&Mensagem
Para ele, o segredo está em saber rastrear os hábitos e descobrir as preferências desse público. Talvez mais do que em outros nichos, eles percebem com muita facilidade quando a marca só quer se promover em cima do game.
Superando este desafio, quando as marcas aprendem a se comunicar de forma genuína com o público gamer e a estar inseridas em sua rotina, mesmo além do jogo, aí sim, moram as oportunidades.
“Gamers são consumidores, convivem e vivem experiências de marca em suas vidas fora do game, e manter esta consistência é fundamental para que a marca construa efetivamente uma relação mais próxima e verdadeira com seus consumidores.”
— Diego Martinez, General Manager da Riot Games Brasil
Para ter resultados, de fato, a fórmula é a mesma que para qualquer outro segmento: as marcas precisam entender esse consumidor profundamente e se relacionar com ele.
De acordo com João Duarte, diretor de marketing para consumer e gaming da Dell Technologies no Brasil, o gamer está super disposto a estabelecer conexões genuínas com as marcas.
Vale lembrar que a Dell levou um leão de Prata no Cannes Lions 2023 pela ação “The gaming cap”, desenvolvida em parceria com a VMLY&R. Então, ele sabe o que fala.
E por aí, as ações já entraram no jogo?
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