bizi | 23.02.24
Antes mesmo do Dia Internacional da Mulher chegar, já estamos falando delas por aqui.
E nem deveria ser diferente. Quem representa 51,5% da população brasileira, de acordo com o Censo Demográfico 2022, deveria ocupar espaço proporcional tanto nessa news, quanto no mercado. Mas, infelizmente, não é bem assim que a coisa funciona.
Inclusive, um levantamento realizado pela Consultoria de Recursos Humanos Fesa Group, com mais de 80 empresas do ramo financeiro, mostrou que apenas 34% dos cargos de C-Level desse mercado são preenchidos por mulheres.
De acordo com a consultoria, o problema não é a falta de profissionais ou de experiências, mas a falta de intencionalidade em colocá-las nesses cargos.
Mas um outro ponto de vista também pode ser o abandono desses cargos por não conseguirem conciliá-los com outros momentos de vida.
Alguns exemplos são constituir uma família ou até mesmo enfrentar a menopausa. Mas o Reino Unido está a um passo de resolver este último.
“A partir de agora, no Reino Unido, empregadores poderão ser processados por capacitismo se não fizerem “adaptações razoáveis” para mulheres na menopausa, de acordo com novas orientações emitidas pela Comissão de Direitos Humanos e Igualdade (EHRC, na sigla em inglês) nesta quinta-feira.”
— Meio & Mensagem
A questão é que, para a EHRC, dependendo do comprometimento causado pelos sintomas da menopausa, eles se encaixam como deficiência e, de acordo com os termos da “Lei da Igualdade” de lá, o empregador tem a obrigação de fazer adaptações nesses casos. Até Jasmine, de Aladdin, concordaria que esse, sim, é o mundo ideal.
Dá uma olhadinha nesses dados sobre o tema:
PS: O estudo do CIPD que citamos aqui em cima, Menopause in the workplace (em inglês), tem muitos outros insights interessantes. Vale a pena conferir!
A expectativa por lá é de que essa medida possa ajudar todas as mulheres no Reino Unido que passam por esse período a receberem um tratamento justo em um ambiente seguro e apoiador para suas experiências em cada fase.
Por aqui, nossa expectativa é de que projetos assim inspirem mais movimentos de conscientização e, claro, ação para resolver esse problema.
Com mais compreensão e aceitação de toda a jornada da vida de uma mulher, podemos trazê-las de volta para o equilíbrio da balança, não só no 8 de março.
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