bizi | 19.12.23
A gente sabe, não é fácil liderar um time.
Existem diversas nuances e preocupações além de apenas “fazer um bom trabalho” nessa função. Ao lidar com o sucesso da empresa, a carreira das pessoas e as adversidades do mercado, todos os líderes estão sujeitos a erros. É o famoso “não é o ideal, mas acontece”.
Em um artigo da revista Inc., o autor conta que, na execução da estratégia, os líderes podem cometer dois erros: ou eles são muito abstratos ou ficam presos nos detalhes operacionais.
De fato, estudos apontam que entre 67 e 90 por cento das estratégias falham por problemas na execução.
“Embora estratégia e execução estejam intrinsecamente ligadas, elas são fundamentalmente diferentes em como se manifestam nas organizações. É fácil cair na armadilha de acreditar que, desde que a estratégia esteja clara, as pessoas saberão o que fazer para que a execução ocorra.”
— Marcel Schwantes, Inc.
Para o autor, tão importante quanto definir o trabalho a ser feito é estabelecer como ele será feito. Assim, para ajudar nesse processo, Schwantes trouxe alguns insights do livro “O Líder do Crescimento”, do autor best-seller do Wall Street Journal, Scott K. Edinger. Bora dar uma olhadinha?
“Ao trabalhar para melhorar o desempenho ou desenvolver habilidades, a iteração é fundamental. Mas a despeito disso, os líderes não podem se prender à perfeição — ou, mais provavelmente, permitir que isso aconteça em suas equipes.”
— Marcel Schwantes, Inc.
Quando existe uma busca pela perfeição, muitos projetos atrasam ou até nunca são concluídos, de fato.
Sabe aquela história do “feito é melhor que perfeito”? Não significa que você vai entregar uma estratégia ruim ou só por entregar. Mas a dica do autor é definir um nível aceitável de melhoria para que o trabalho avance.
Lembrando que, depois, você sempre pode criar uma nova versão e melhorar ainda mais seus projetos.
“Existe a sensação de que as questões operacionais precisam ser resolvidas antes que os líderes possam se dedicar a esforços mais estratégicos. Mas o oposto é verdadeiro: Esses esforços estratégicos são necessários para manter o navio navegando. Convés limpo em um navio afundando não beneficia ninguém.”
— Marcel Schwantes, Inc.
De acordo com o autor, essa mudança pode ser tão desafiadora que até paralisa alguns líderes. O conselho de Edinger é justamente para eles:
Entre essas questões, o autor fala sobre esclarecer os objetivos, estabelecer uma definição compartilhada de sucesso, definir prazos para medidas de progresso, alocar recursos ou outros tópicos estratégicos, etc. Geralmente, coisas que não são concluídas em e-mails ou reuniões.
Edinger fala que “é difícil ser inovador quando sua mente ainda está focada no prático” — e ele está certíssimo.
“De acordo com Edinger, a essência do microgerenciamento é pensar que você é a única pessoa capaz de realizar uma tarefa. Com mais frequência, essa atitude se deve ao fato de os líderes não estarem dispostos a abrir mão de seu envolvimento em algo importante para eles ou a abrir mão da recompensa ou reconhecimento que recebem por esse envolvimento.”
— Marcel Schwantes, Inc.
Difícil, né? Talvez esse seja um dos maiores desafios da liderança.
Mas o autor garante que a equipe — e, aqui, os líderes estão incluídos — nunca conseguirá chegar a um patamar superior se você continuar fazendo o trabalho deles. Isso impacta em 2 coisas:
“Além disso, certifique-se de recrutar o tipo de talento que seja vantajoso para a equipe e não tenha medo de realocar pessoal para funções para as quais acabem sendo mais adequados.”
— Scott K. Edinger
Se você já é um(a) líder agora, ou está se preparando para ser, o autor deixa um recadinho do coração: nem tudo é, ou será, culpa sua.
Mas seguindo por este caminho, a chance de focar nos esforços certos para alcançar mais resultados é quase garantida.
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