bizi | 24.01.25
Já falamos sobre influenciadores diversas vezes aqui no Bizi e hoje não é diferente. O que mudou é o motivo pelo qual o tema entrou em pauta: uma planilha e o possível comprador do TikTok nos EUA — não necessariamente nessa ordem de hype. Além disso, nessa edição também trouxemos as principais tendências para 2025 segundo a WGSN e muitos outros insights. Vem conferir!
Se você estava no mercado publicitário há alguns anos, com certeza ouviu falar da famosa planilha de agências, um documento anônimo e cheio de feedbacks dos profissionais sobre as maiores agências do Brasil — em sua maioria negativos.
Nesta versão, a planilha dos influenciadores traz comentários e recomendações (ou contraindicações) sobre diversos arrobas. Na última vez que a redação checou, já eram mais de 430 respostas!
Em tempos de redes sociais sem moderação e proliferação de fake news, é realmente difícil falar sobre a validade de comentários feitos anonimamente. Na nossa opinião, existem dois pontos a se considerar nesse caso:
Principalmente do ponto de vista das agências e operações internas de marketing, elas podem se beneficiar da planilha, de alguma forma.
É o caso da Jundiá Gelato com Carla Dias. A atriz e influencer foi acusada de estourar o orçamento da campanha por encher a geladeira de sorvetes para uma publi. O que ninguém esperava é que a Jundiá Sorvetes aproveitaria o gancho para, de fato, encher a geladeira da influenciadora em um ótimo marketing de oportunidades.
Aliás, a adaptação aos influenciadores e ao universo da influência foi um dos pontos altos da discussão sobre a planilha nas redes sociais.
Muitos usuários questionam se o problema é realmente os influenciadores ou as agências, que ainda não aprenderam a brifar e co-criar com esses novos personagens do marketing.
Inclusive, entre os comentários, algumas pessoas sugeriram uma nova planilha de agências, mas avaliando como elas trabalham com os influencers. Será que o resultado seria melhor ou pior que os da planilha dos influenciadores?
PS: A planilha que compartilhamos é uma visualização de uma das fontes (GKPB) em que pesquisamos sobre o tema. Não nos responsabilizados pelo conteúdo do documento.
Ano novo, novas tendências — ou nem tanto assim.
Mesmo que algumas coisas permaneçam em alta, mesmo após a virada do ano, o relatório das principais tendências para 2025 da WGSN trouxe 8 pontos para ficar de olho neste novo ciclo.
Sem mais delongas, vamos a um resumo bem bizi de cada uma:
“Em 2025, abraçaremos uma nova evolução do autocuidado: a Preguiça terapêutica.”
— WGSN
Como uma resposta ao ritmo acelerado dos últimos anos, essa tendência reforça o ato de ser intencionalmente improdutivo. Marcas e empresas dos mais diversos setores podem aproveitar essa trend com produtos, serviços e conteúdos ligados ao momento de dormir, relaxar ou apenas ficar na cama.
Aliás, um dos pontos interessantes dessa tendência é a força que ela traz ao “turismo do sono”, movido especialmente por hotéis e retiros focados no descanso.
“A juventude global está redefinindo os marcos de vida tradicionais. A permacrise fez com que muitos jovens adiassem a vida adulta, vivendo em casa até os 30 e poucos anos.”
— WGSN
Se você está na casa dos 30 hoje, a possibilidade de você ainda se sentir muito jovem para ser adulto é muito maior do que pessoas na mesma faixa etária há 10 anos.
A WGSN traz essa nova sensação como uma das principais tendências para 2025 que, por sua vez, alimenta a nostalgia cultural e o conflito com as responsabilidades. Segundo a consultoria, para aproveitar, as marcas precisarão repensar sua conexão com os “jovens de alma”. Mais um recorte demográfico para incluir no planejamento.
“Nossas despensas estão evoluindo para refletir os padrões alimentares globais em ascensão.”
— WGSN
Já passamos por uma ascensão da alimentação local, focada nos pequenos produtores e mercados de bairro. Agora é a vez da alimentação global.
Desde salsas mexicanas a maioneses japonesas, a globalização cultural chegou no prato dos consumidores e as marcas podem e devem aproveitar esse movimento. Nossa dica é exaltar a cultura internacional e encontrar formas de harmonizá-la com a cultura local.
“Com o aumento das taxas de bagagem e limites de tamanho mais restritos, os viajantes buscam itens versáteis que atendam a uma ampla gama de usos.”
— WGSN
Pelo visto, a cama será um dos elementos protagonistas de 2025, ou, pelo menos, os elementos ligados a ela.
Reforçando os desejos de descanso, bem-estar e conforto que os consumidores estão em busca atualmente, os pijamas diurnos são exatamente o que parece: usar pijamas durante o dia, seja para passear, fazer esportes ou até ir para o escritório.
Para além da estética, essa trend também prevê tecidos tecnológicos, com elementos que contribuam para essas sensações.
“A solidão e o isolamento social estão crescendo mundialmente, e a Organização Mundial da Saúde (OMS) declarou a solidão como uma ameaça à saúde global.”
— WGSN
Conforme a tecnologia que move a IA e os robôs evolui, isso parece intensificar o problema do isolamento social, mas também pode aplacá-lo. Se pensarmos neles como assistentes para ajudar a vida humana, na verdade, essa evolução é bem positiva.
De acordo com a WGSN, a tendência é que a relação entre humanos e IA se intensifique neste ano, inclusive para redefinir a forma como enxergamos a tecnologia e nos relacionamos com ela.
“O Future Dusk é a cor para essa era de transição.”
— WGSN
Já falamos aqui no Bizi sobre o Mocha Mousse, a cor do ano escolhida pela Pantone, mas segundo a WGSN, a cor de 2025 é um pouco diferente.
Para a consultoria, vivemos um momento de transição e isso pede uma “cor transformadora”, que reflita mistério, mas, ao mesmo tempo, estabilidade; familiaridade e futurismo; terreno e cósmico.
E todas essas sensações causadas pelo Future Dusk, um azul-escuro não-tradicional, apontam para os desejos do consumidor nessa nova fase: experiências emocionais (digitais ou presenciais) e produtos que ativem todos os sentidos.
“A Aventura suave engloba atividades que não exigem grande investimento em equipamentos ou habilidades específicas, como trilhas, acampamento, ciclismo, observação de aves ou caminhadas com raquetes de neve.”
— WGSN
Depois de um período de isolamento que pareceu uma eternidade, as pessoas ainda estão retomando a vida lá fora. Em 2025, elas desejam fazer isso, mas sem comprometimento financeiro. Inclusive, essa tendência é fortemente motivada pela alto do custo de vida, que envolve não somente as necessidades, mas o lazer.
Outro ponto interessante dessa tendência é que a “Aventura suave” é para pessoas de qualquer idade ou lifestyle, sem ser nichada ao estereótipo de caçadores de aventuras.
“Sorvete na casquinha como brinquedo de cachorro? Tapetes em forma de hambúrguer e vasos de pipoca? Sim, por favor!”
— WGSN
Desde decoração e utensílios ao pet care, essa é mais uma tendência que traduz o desejo dos consumidores por uma vida com mais sorrisos e menos sobriedade.
Segundo a WGSN, “o apetite pela estética culinária só cresce” e as marcas podem se jogar nessa tendência para aproveitar seus efeitos de indulgência, irreverência e surrealismo.
E aí, o que achou dessas tendências? Suas estratégias já estão conectadas com esses sentimentos?
Para conferir mais sobre as tendências para 2025 da WGSN, é só baixar o relatório gratuitamente aqui.
O Kwai listou 5 tendências de vídeos curtos para este ano, baseadas no comportamento dos usuários da plataforma.
A VML lançou o The Future 100: 2025, mais uma edição do seu robusto relatório de tendências, com 10 tendências para 10 setores. Se vocês pedirem muito, também podemos trazer nosso resuminho sobre o material nas próximas news.
Depois de muitas expectativas negativas sobre o destino do TikTok nos Estados Unidos, o novo episódio dessa história parece trazer esperança.
Já falamos dessa situação recentemente aqui no Bizi, mas para você que ainda não viu, de forma bem resumida, o governo norte-americano decidiu que a plataforma só poderia continuar operando no país se outra empresa (basicamente, qualquer uma que não fosse chinesa) a adquirisse.
Atualmente, um dos nomes mais citados para essa transação é Jimmy Donaldson, mas talvez você o conheça como Mr. Beast, o maior influenciador do mundo, que soma mais de 513 milhões de seguidores em todas as suas redes sociais, do alto de seus 26 anos.
Além de ser o mais seguido, Mr. Beast também é o influenciador mais rico do mundo, com um faturamento anual estimado em mais de US$ 500 milhões, segundo a Forbes. Mas ele não bancará a transação sozinho, até porque, o TikTok está avaliado em US$ 50 bi.
Na verdade, o influenciador agora é parte de um grupo de investidores, liderado pelo empresário Jesse Tinsley (fundador do Employer.com), que se prepara para fazer uma proposta de compra à rede da ByteDance.
E o momento não poderia ser mais perfeito. Em uma de suas primeiras ações após eleito, Donald Trump decidiu adiar o banimento da rede.
A ordem tem efeito por 75 dias, para explorar mais opções para o TikTok no país, sem ser a proibição. Mas não é tão simples assim:
Voltando ao Mr. Beast, um dos fatos mais engraçados dessa história é que tudo começou com uma aparente brincadeira.
No dia 13 de janeiro, o influenciador disse aos fãs em sua conta no X: “Ok, tudo bem, eu vou comprar o TikTok para que ele não seja banido”. Logo depois, ele completou dizendo que vários bilionários o procuraram depois do post, para realmente fazer isso acontecer.
A entrada do influenciador na jogada foi motivo de alegria, claro, para os usuários do TikTok. E olha que não são poucos: só na plataforma, ele acumula 113,5 milhões de seguidores. Não à toa, de acordo com a Forbes, ele é um dos influenciadores mais queridos pelas marcas lá nos States.
Se essa é uma transação comercial histórica ou apenas um bom storytelling do novo momento do governo norte-americano, ainda vamos descobrir.
Por enquanto, fique com a expectativa de ter mais uma rede social de dimensões globais controlada por empresários dos EUA. Será que terão menos polêmicas dessa vez?
⭐ Se existisse uma planilha de newsletters, a gente receberia nota 10? Enquanto não preparamos esse momento Excel, deixe sua avaliação aqui embaixo pra gente e até a próxima!
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