bizi | 20.05.25
No Bizi de hoje, juntamos todos esses conceitos — provavelmente, não do jeito que você imagina — em mais uma curadoria especial. Confira notícias quentinhas sobre as campanhas de Samsung, WhatsApp, Honda, Drogaria São Paulo e O Boticário, dados do Google AI Overview, tutorial de como aumentar a produtividade sem ter um burnout e muito mais! Vem ver.
Para abrir a news de hoje, separamos uma seleção de campanhas que chamaram nossa atenção durante a curadoria — seja pela ideia, execução, alcance, ou tudo isso junto.
Vem alimentar sua veia publicitária com a gente:
Samsung e WhatsApp tem dois pontos em comum nessa seleção: recentemente, elas lançaram campanhas globais, com uma direção de arte do ponto de vista das telas, mas para objetivos bem diferentes.
A campanha da Samsung tem foco em apresentar a chegada do Vision AI, recurso de inteligência artificial da empresa, às TVs. Com um storytelling emocionante, a marca coloca o consumidor no centro da narrativa, empoderando suas escolhas e consumo do dispositivo, que sempre foi queridinho, com a ajuda da IA.
Entre os novos recursos, o Vision AI permite conferir informações e ver conteúdos com tradução para outros idiomas em tempo real, além de integração com outros gadgets da marca, como o Galaxy Watch como controle remoto.
Enquanto isso, o WhatsApp lançou a campanha “Not Even WhatsApp” (“Nem Mesmo o WhatsApp”), para mostrar aos mais de 3 bilhões de usuários do app que sua privacidade está garantida por lá.
Essa é a maior campanha global de marketing da marca, feita estrategicamente após a expansão de recursos da Meta AI no app e a desconfiança que isso trouxe. Com um tom leve e bem realista, o filme mostra que, do outro lado da tela, as mensagens estão todas criptografadas e protegidas. Aliás, o filme chegou quase junto do lançamento do “Advanced Chat Privacy” (“Privacidade Avançada de Chat”), que impede outros usuários de exportar conteúdos e conversas para seus telefones.
Uma das campanhas mensais mais famosas do calendário é o Maio Amarelo, de conscientização sobre a segurança no trânsito. Mas a Honda abrasileirou o mês e lançou o “Maio Caramelo”, sua campanha de conscientização que une dois personagens antagônicos: cachorros caramelo e motociclistas.
Nos posts da marca no Instagram, a campanha se desdobra colocando os caramelos como fiscais de trânsito (ou apenas reconhecendo essa função), relembrando da importância de respeitar leis como semáforos, velocidade e placas de sinalização.
É um jeito leve e, sinceramente, muito fofo, de fazer mais pessoas se engajarem no tema.
Continuando nos esforços pela conscientização, mas em outras áreas, a Drogaria São Paulo uniu expansão de marca e responsabilidade social em uma estratégia só para transformar unidades da farmácia em pontos de ônibus, ou a “Parada 24h”.
Em parceria com a agência LVL, a campanha cruzou dados dos pontos de ônibus mais perigosos da cidade e unidades da Drogaria São Paulo por perto, e estendeu o horário de funcionamento dessas unidades para 24h.
Nesta semana, O Boticário também se prepara para falar de conscientização ambiental de um jeito inusitado. Durante os dias 23 a 25 de maio, a BotiRecicla Store, uma loja-conceito localizada em Pinheiros, São Paulo, vai aceitar embalagens vazias como moeda de troca.
Além de aceitar embalagens de qualquer marca de cosméticos, a campanha também traz a novidade da gamificação. Uma balança vai pesar as embalagens e, a partir de 700 gramas, liberar créditos para serem usados em loja, além de calcular a economia de CO₂ de cada troca.
Os itens disponíveis para troca vão desde produtos de O Boticário, claro, e experiências exclusivas e até uma prancha de surf de Gabriel Medina — mas só se a pessoa conseguir juntar 80 kg de embalagens vazias.
E aí, o que achou dessas campanhas?
Há algumas edições, trouxemos para o Bizi um resumo do que as principais ferramentas de IA preferem e referenciam quando se trata do novo SEO. Se você perdeu, vale muito a pena conferir aqui.
Puxando esse gancho, trouxemos hoje alguns dados do Google AI Overview, ou como chamamos por aqui, a Visão Geral criada por IA.
Um report da BrightEdge reuniu dados sobre a evolução do recurso, um ano após seu lançamento. E uma descoberta pode resumir tudo: ao contrário do que as piores previsões diziam, as buscas não estão diminuindo, mas expandindo.
No entanto, agora elas são mais complexas e com taxas que parecem até contraditórias:
Isso indica que as pessoas estão buscando com mais frequência e engajamento, especialmente com consultas que geram resumos ricos e baseados em IA.
Confira as 8 descobertas-chave do report:
A Visão geral criada pela IA impulsionou um crescimento de 49% nas impressões e uma queda de quase 30% nos cliques, indicando que os hábitos de buscar online mudaram.
Juntos, eles estão próximos de 90% de cobertura de consultas. Isso acontece porque esses setores se baseiam fortemente em conteúdo estruturado e baseado em dados verificáveis — o tipo de insumos perfeitos para os resumos da IA.
Buscas com mais de 8 palavras aumentaram 7x no último ano. Isso indica uma mudança não só do comportamento de busca, mas do entendimento da ferramenta. Agora, o AI Overview consegue atender buscas mais complexas e conversacionais, oferecendo respostas coerentes e completas que antes teriam pouco ou nenhum resultado.
Por exemplo: se antes as pessoas buscavam por “painéis solares”, hoje a busca está mais parecida com “como otimizar a eficiência dos painéis solares em climas nublados”.
Parecida com a descoberta anterior, os dados mostram que buscas com termos mais técnicos e específicos cresceram 48%. Ou seja, os usuários estão direcionando para a IA o que normalmente perguntariam em um fórum ou para um especialista.
Segundo o report, a IA é especialista em lidar com facilidade com os tópicos especializados.
De acordo com o report, perguntas que já estiverem em alta como “os melhores 10 modelos de celular de 2025” ou “qual modelo é melhor entre x e y?” diminuíram mais de 60%; o que mudou é que, agora, as pessoas esperam que a IA já entrega essa curadoria, sem que eles peçam.
Foi-se o tempo em que só a página 1 ganhava atenção. Desde a chegada do AI Overview, houve um aumento de 400% na sobreposição de citações das posições 21 a 30, e de 200% nas posições 31 – 100. De fato, 89% das citações no recurso vem de URLs fora do top 100 orgânico da busca Google.
Basicamente, isso mostra que a Visão geral criada pela IA não só domina, como ocupa todo o espaço de tela disponível, especialmente para consultas médicas, financeiras e tutoriais, em que as imagens frequentemente passam de 1.000 pixels. Só para se ter uma ideia, 600 pixels é o tamanho da chamada “dobra da tela”, ou seja, o tanto que aparece para o usuário sem rolar a página.
Isso implica que, mesmo que seu trabalho de SEO seja perfeito, talvez você não apareça entre os resultados, pois essa visualização “empurra” os conteúdos orgânicos para baixo.
Enquanto as respostas de IA crescem de um lado, as buscas relacionadas aos e-commerces permanecem mais informativas e tradicionais.
Isso indica duas coisas: 1) que os recursos tradicionais de busca ainda oferecem mais confiança e a melhor experiência de compra para os usuários e 2) que, portanto, os profissionais não podem descartar as estratégias nesse sentido.
Por fim, o report da BrightEdge ainda apresenta algumas conclusões:
Já sabia desses direcionamentos? Esperamos ter ajudado mais um pouco na sua trajetória de ser notado pela IA.
Para conferir o report completo, em inglês, o link é esse aqui.
Mais do que uma “palavra em alta” o burnout é um problema sério e, infelizmente, cada vez mais frequente (até por isso, já apareceu aqui no Bizi algumas vezes).
Fortemente ligado à cultura de produtividade que estamos vivemos nos últimos anos, não é exagero afirmar que todos estamos suscetíveis a passar por isso, inclusive líderes.
Por isso, o tutorial bizi de hoje vem do artigo de Bernard Coleman, Vice-Presidente Sênior de Pessoas na Swing Education, para a Revista Inc., de como aumentar a produtividade, sem levar todos ao esgotamento.
Coleman começa contando que, ao longo de 25 anos de carreira como líder de pessoas e equipes, ele viu a ascensão das reuniões e da extrema cobrança por conectividade praticamente apagar a linha entre casa e trabalho.
E ele não está errado: estamos conectados o tempo todo! Em muitos casos, mesmo quando desligamos o computador ou vamos embora do escritório, o trabalho continua nos acompanhando.
Por isso, ele deixou 7 soluções a considerar — e fizemos um resuminho para facilitar:
Segundo Coleman, essas reuniões causam interrupções no fluxo de concentração, essencial para a produtividade. De acordo com um estudo da Universidade da Califórnia, em Irvine, leva cerca de 23 minutos para retomar o foco depois de uma interrupção.
Por isso, a primeira dica é reservar alguns períodos exclusivamente para trabalho profundo — e não abrir mão desse tempo.
Assim como é preciso separar tempo para o trabalho profundo, o executivo também indica separar alguns dias para reuniões. Algumas empresas já estabelecem isso, como as “segundas sem reuniões” ou “sextas de foco” e têm bons resultados.
Será que você realmente precisa participar de tudo o que está na sua agenda? Coleman esclarece que existe autonomia para recusar convites sem pauta clara ou onde sua presença não seja essencial.
Aqui também vale a máxima “essa reunião poderia ser um e-mail?”, se sim, você pode ler depois, ao invés de participar na hora agendada.
O VP dá duas dicas importantes aqui: reduza o tempo de reuniões (nem que seja 5 ou 10 minutos) e crie intervalos intencionais para refletir sobre as pautas, “fazer transições mais eficazes entre conversas” ou simplesmente respirar.
Se você está no presencial, isso pode acontecer dentro do escritório; se você está no remoto, será pela vizinhança, o importante é variar o ambiente do restante do dia.
Uma caminha rápida, de 30 minutos, traz os benefícios do exercício físico, mas também é capaz de aumentar o foco, a energia, o humor e a criatividade. Muito melhor e mais produtivo que rolar o feed na pausa do método pomodoro, não é mesmo?
Após implementar essas mudanças na sua rotina, por que não estender para todos?
Bernard indica que você use sua influência na organização para atualizar políticas e expectativas sobre reuniões — inclusive a parte de recusar convites. Aqui também se encaixa o entendimento sobre reuniões realmente necessárias ou encontros que poderiam ser e-mails.
Para o executivo — e para todo mundo que entende de liderança —, quando os líderes demonstram a importância de estabelecer limites, isso permite que todos também estabelecem seus limites.
Ele conta que, atualmente, confundimos produtividade com frequência de reuniões, valorizamos mais estar ocupados (ou apenas parecer estar ocupados) do que causar impacto real ou entregas de qualidade.
Ao invés de pensar “no que estivemos envolvidos”, temos que começar a pensar “o que alcançamos” — e as pausas e momentos de fluxo são essenciais para que isso realmente aconteça.
E você, está mais próximo da produtividade positiva ou do esgotamento? Está na hora de rever nossas prioridades e focar no que realmente pode nos tornar profissionais (e pessoas) melhores.
Por esse artigo, já deu para entender que uma das características de chefes ruins é fazer justamente tudo ao contrário do que Coleman indica. Mas a Fast Company Brasil elencou mais 4 sinais de alerta para identificar chefes ruins para te proteger dos males corporativos.
✨ Depois desse resumo de notícias e dicas, esperamos que você esteja com mais insights e menos pressão para continuar a semana. Lembre-se: parar e relaxar é tão importante quando estar online. Até a próxima!
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