bizi | 25.10.24
Para você, o que é melhor: seguir as tendências ou permanecer fiel aos seus propósitos? Será que dá para ter ambos? No Bizi de hoje tem muitas perguntas e ainda mais insights para te fazer pensar nessas respostas. Vem conferir notícias sobre IA em carros, marcas top of mind e à prova de futuro, Hallyu — a onda coreana — e muito mais.
Diretamente das telas de criativos e curiosos para o sistema do seu próximo carro. Tudo indica que a próxima empreitada do Google na área de inteligência artificial será no segmento automotivo.
A ação é uma parceria entre a dona do Gemini e a Qualcomm, fabricante de chips, que já colaboram em outros projetos há um tempo.
A ideia é desenvolver “soluções de IA refinadas” para os autos. Ou seja, soluções únicas, criadas especificamente para um carro e não para se integrar com ele. Inclusive, o plano é que essa solução seja como os assistentes de voz que já conhecemos, mas independente de outros dispositivos.
O projeto usará como base o sistema operacional Android Automative e as capacidades do Google Cloud. Promissor, não é?
E a tendência, você já sabe, é que mais soluções surjam nesse segmento.
Em uma contagem regressiva até onde estamos, essas são algumas previsões para essa novidade acontecer de verdade:
Enfim, a transformação está bem mais próxima do que imaginamos, não é?
Vale lembrar que carros com tecnologia avançada já existem e estão em uma crescente — Elon que o diga.
“O sistema automatizado que substitui o motorista é classificado por seis níveis de operação, que vão desde carros sem qualquer tipo de automação até aqueles que conseguem se mover completamente sozinhos, sem intervenção humana. No mercado atual, já é possível encontrar veículos nos níveis um, dois e três, com tecnologias como o piloto automático, assistentes de frenagem e de permanência em faixa.”
— Insurtalks
Para avançar aos outros níveis e chegar a um carro operado por inteligência artificial, então, será mais rápido do que fazer baliza com carro automático e câmera de ré.
Uma ferramenta de inteligência artificial para descobrir conteúdos feitos por inteligência artificial. Esse é a SynthID, nova função meio X9 do Gemini, capaz de identificar textos feitos pelo assistente.
A Apple divulgou uma prévia do que será o Apple Intelligence com a tão aguardada integração com o ChatGPT. O lançamento oficial da inteligência é na próxima semana.
Qual marca vem à sua cabeça quando falamos “tênis e artigos esportivos”? E uma marca de sabão em pó?
Se você for como a maioria dos brasileiros, Nike e Omo, respectivamente, foram as suas respostas. Não por coincidência, elas também foram as marcas vencedoras da categoria Top do Top, do Folha Top of Mind.
Nesta semana, a Folha de São Paulo divulgou os ganhadores desse ranking, revelando quais marcas ocupam mais espaço no imaginário do consumidor.
Com tantas distrações atualmente, figurar nessa lista é um sinal fortíssimo de que a marca está fazendo a coisa certa.
Vale lembrar que ser top of mind não é garantia de que os consumidores, de fato, consomem aquela marca, mas que o trabalho de branding feito foi tão bom que, ao pensar na categoria, mesmo que consumam outra marca, é uma específica que vem à cabeça.
Chegar ao primeiro lugar não é novidade nem para a Nike, nem para a Omo. As marcas vêm empatando em primeiro lugar por 5 anos consecutivos. Inclusive, no ano passado, conseguiram as mesmas porcentagens: 8% e 5%.
“Ambas são sólidas e têm estratégias claras para se conectar com seus consumidores, embora suas abordagens sejam diferentes.”
— Regina Augusto, Diretora Executiva do Cenp (Fórum de Autorregulação do Mercado Publicitário)
A novidade é que, pela primeira vez, só 2 marcas foram consideradas Top do Top. A Coca-Cola também costumava aparecer aqui, mas, neste ano, ficou de fora da lista.
Essa foi a 34ª edição do Folha Top of Mind, criado em 1991.
A pesquisa, como sempre realizada pelo Datafolha, ouviu mais de 7,5 mil pessoas a partir dos 16 anos, em 171 municípios de todos os estados e do Distrito Federal, sobre 82 categorias de produtos e serviços.
Você pode conferir a maioria delas nesse artigo do Meio & Mensagem.
Talvez você já tenha percebido pelo catálogo da Netflix, pela agenda de show no Brasil, pela moda nas vitrines ou pelo comportamento curioso dos mais jovens: a onda coreada inundou o nosso país.
E não somos os únicos. Já faz alguns anos que a Coreia do Sul exporta para o mundo um produto mais rico e impactante que qualquer outro: sua cultura.
Seja na música com o k-pop, nas séries, com o k-dramas (também chamados de doramas), nas tendências de skincare com o k-beauty e muitos outros setores, a Coreia do Sul agora está por todos os lugares.
E esse fenômeno tem um nome: Hallyu, que literalmente significa “onda coreana”.
Como dissemos, a onda coreana não é exatamente uma novidade, até porque, a cultura coreana sempre existiu. Mas a globalização, com a internet e as redes sociais, deram um grande impulso a esse movimento.
Um ponto interessante é que, contrariando o padrão, essa onda não precisou “falar inglês” para se tornar internacional. Entender e até falar a língua se tornou comum entre os fãs.
Tudo isso aconteceu em um momento de ascensão da geração Z — e quem lê o Bizi sabe que, se essa geração tem um ponto forte, é fazer tendências vingarem.
Mas ainda tem outros fatores importantes nessa história.
“Uma das forças matrizes por trás do surgimento e crescimento da Hallyu é seu ecossistema integrado. Os principais conglomerados gerenciam todos os aspectos do entretenimento — música, vídeo, filme, distribuição e relações-públicas — facilitando o lançamento de conteúdo simultaneamente.”
— Corina Chan, especialista em tendências na WGSN Asia-Pacific
Ainda de acordo com Chan, a Coreia do Sul se especializou tanto em suas indústrias criativas que se tornou um importante criador de tendências.
E esse impacto vai muito além do entretenimento, impulsionando também a gastronomia e turismo do país.
Não são só rostinhos bonitos; a cultura coreana é cercada por uma trinca altamente desejável: criatividade, inovação e qualidade.
“O K-pop, por exemplo, é sinônimo de qualidade de produção excepcional, com videoclipes visualmente impressionantes, coreografias intrincadas e cenografias deslumbrantes. O espírito de constante inovação e experimentação também mantém o gênero sempre novo e cativante, apresentando consistentemente novos formatos, conceitos musicais e tecnologias de ponta”.
— Corina Chan, especialista em tendências na WGSN Asia-Pacific
Está bom para você?
Se não, a Hallyu ainda conta com milhares de fãs — e não é qualquer tipo de fã. São engajados, apaixonados e muito organizados em seu fandom. A Harper’s Bazaar chegou a comparar os fãs de k-pop à Beatlemania, nos anos 1960. Não vivemos essa última, mas podemos concordar com a intensidade.
Ao perceber essa oportunidade, O Boticário abraçou a cultura coreana. Um dos símbolos mais recentes dessa união é a nova fachada da loja conceito da marca, no bairro de Pinheiros, na cidade de São Paulo.
Em um projeto temporário, especialmente para a comunidade dorameira, O Boticário já tinha criado seu próprio dorama no TikTok e agora reforça essa conexão com um novo projeto.
Além de personalizar a fachada, a marca também criou algumas ativações especiais para a parte de dentro da loja. Uma delas é um drink com café inspirado nos doramas (e inclusive acompanha uma balinha famosa nos k-dramas). Outras duas novidades são o “gift station”, com adesivos, bottons, enfeites e fitas para personalizar embalagens, e um encontro especial com os atores do Dorama do Boti.
Como você pode ver, a Hallyu não parece passageira, muito menos irrelevante. Se o seu público se conecta com essa cultura, está na hora de incluir mais k-componentes em suas estratégias.
Sua marca pode até ser importante agora, mas será que ela é à prova do futuro?
Desse questionamento importante, nasceu o Future Proof Score, um ranking da empresa Timelens (parte do ecossistema da Futurebrand), para destacar as marcas que estão mais preparadas para encarar o incerto e as constantes mudanças do amanhã.
Em 2024, o levantamento inclui 30 empresas de todo o mundo, inclusive brasileiras. De acordo com a Fast Company, essas companhias são “capazes de adaptar, inovar e atuar de maneira consistente mesmo nos cenários mais incertos”.
A partir de pesquisas qualitativas e quantitativas, o estudo analisa principalmente dois fatores:
A pontuação vai de 0 a mil e, neste ano, elencaram essas marcas como à prova de futuro:
Para Isabel Mossato, líder de estratégia da Timelens, o diferencial dessas marcas está na forma como conseguem comunicar o seu propósito ao público.
Esse ponto foi muito mais forte do que a experiência que proporcionam, contrariando um dos fundamentos do mercado atual.
E mais: as marcas que conseguem manter sua relevância são as que têm consciência sobre seu impacto na sociedade.
E a primeira posição do ranking deste ano exemplifica bem:
“O posicionamento do Nubank como empresa que desafia o setor deu lugar a uma marca que equilibra resultados financeiros positivos, expande para o exterior e ainda se comunica diretamente com seu cliente.”
— Fast Company Brasil
Vale lembrar que essa inovação e olhar para o futuro não é exclusiva de marcas jovens. Várias marcas tradicionais se destacaram no ranking justamente por conseguirem se reinventar: para novos públicos, novas necessidades e novos tempos.
Para chegar em 30 nomes, o estudo demandou mais de 800 horas de trabalho. A Timelens começou com 400 marcas de relevância, analisou 22 bilhões de buscas no Google, 285 menções de marcas e notícias, além de análises em profundidade sobre 127 marcas.
Você pode conferir mais detalhes sobre o Future Proof Score 2024 e, inclusive, saber mais sobre a metodologia de pesquisa na matéria da Fast Company.
O relatório The Year of Impact, da Dentsu, definiu 2025 como o ano que marcará a mudança para a “Era Algorítmica da Mídia”, totalmente endereçável, comercializável e responsável. Confira 5 temas que vão impulsionar esse mercado.
🤔 O Bizi de hoje te deixou com mais conclusões ou incertezas? Às vezes um pouquinho de dúvida faz bem para analisar o rumo das coisas. Nos vemos na próxima edição!
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