última news: É biscoito ou bolacha?

bizi | 11.08.23

Nada de rivalidade entre paulistas e cariocas, a pauta do Bizi de hoje são os cookies, não porque somos internacionais, mas porque eles podem estar chegando ao fim. Para voltar a se sentir a última unidade do pacote, vem conferir o que encontramos sobre o tema e muito mais na nossa news.

ESTA É NEW: O fim dos cookies se aproxima

Já faz um tempinho que ouvimos rumores sobre o fim da era dos cookies, não é?

Inclusive, temos trazido pequenas migalhas em uma news ou outra — fica de olho nos links dessa curadoria, hein? A gente prevê o futuro em muitos deles.

Com a chegada da LGPD e diversas polêmicas sobre o uso de dados, não tinha como dar em outra: no futuro próximo, ficaremos sem cookies.

Mas, afinal, por que é tão importante saber disso? 

  • Mesmo com outros navegadores existentes, o Google Chrome comanda 65-70% de todas as buscas globais feitas na web e a publicidade via cookies de terceiros é responsável por 90% dos ganhos;
  • Para o novo momento, o Google já está desenvolvendo sua solução sem cookies. A saber, o Protected Audience API;
  • A mudança para os usuários vai começar já no 1º quarter de 2024. 1% dos usuários serão transferidos para uma experiência de navegação sem cookies e assim sucessivamente até o 3º quarter, quando os cookies de terceiros acabam de vez.

Lá em 2020, quando o Google anunciou que o fim dos cookies de terceiros (third-party data) aconteceria, especialistas não tinham certeza se a medida seria eficaz em seu propósito.

Em uma entrevista para o Tilt, Bennett Cyphers, pesquisador da EFF (Electronic Frontier Foundation), organização sem fins lucrativos que atua em defesa dos direitos civis no mundo digital, não estava exatamente convencido. 

“Não acho que seja um passo adiante na luta por privacidade. Quando muito, só vai irritar ainda mais as pessoas. Eu diria que é um passo para o lado.”
— Bennett Cyphers

Nessa época, a previsão para o fim dos cookies era logo em 2022. A decisão foi adiada algumas vezes e a última previsão oficial é outubro de 2024. Porém, já vem impactando algumas ações e percepções nas empresas desde agora.

Aliás, você sabe porque se chamam “cookies”? Existem pelo menos 2 explicações mais conhecidas.

A primeira é de que o termo original era “cookies mágicos”, inventado pelo programador Lou Montulli, já que se refere a pacotes de informações que são enviados e recebidos sem alterações.

A outra versão, mais lúdica, diz que eles remetem à história de João e Maria, que marcaram a trilha de volta para casa com pedacinhos de biscoito (ou seria bolacha?). Fica aí o questionamento.

Assim como a origem do nome, as opiniões sobre o fim do recurso também estão divididas.

Uma pesquisa da Relay42, chamada Re-Thinking Digital Marketing in the Post-Cookie Era (Repensando o Marketing Digital na Era Pós-Cookies), trouxe alguns dados interessantes sobre o “cookiepocalypse”:

Segundo o report, empresas que contam com uma plataforma de dados de seus clientes (Customer Data Platform ou CDP) estão mais preparadas para a era sem cookies.

Empresas que contam com um CDP estão 7 vezes mais predispostas a ter um impacto positivo em seus negócios com a mudança.

Também é 3 vezes mais provável que elas se sintam confiantes com o tratamento e ativação desses dados, características essenciais para a alta performance no marketing digital.

E por falar em marketing digital, empresas que possuem um CDP estão mais maduras em todos os 5 indicadores da Matriz da Maturidade no Marketing Digital:

  • Insights de consumidores;
  • Planejamento de campanhas;
  • Ativação paga;
  • Ativação orgânica;
  • Mensuração e atribuição.

No geral, empresas com um CDP estão um passo à frente na maturidade digital em relação às que não contam com o recurso. 

O report da Relay42 foi realizado com base em entrevistas com 319 líderes de marketing que trabalham em companhias com mais de US$10mi de faturamento anual, entre março e abril deste ano.

A maioria dos respondentes são do Reino Unido (40%) e EUA (39%) e os setores mais representados foram varejo (33%) e serviços financeiros (19%).

E por aí, você já tem sentido os ventos do futuro sem cookies


WOW: O Shopify te convida para visitar a mansão do Drake

Essa editoria poderia até estar na seção NEWS DA ÚLTIMA NEWS, mas é tão WOW, que resolvemos trazer ela para cá. Lembra que falamos sobre as oportunidades do metaverso no último Bizi? Pois é, hoje trouxemos um exemplo na prática de como elas podem acontecer.

Em uma parceria incrível com Drake, a Shopify, uma das maiores plataformas de e-commerces do mundo, criou ativações dentro de uma versão digital da mansão do cantor em Toronto, chamada de The Embassy.

Polêmicas do rapper à parte, a ação é impressionante e cheia de insights para as marcas de como unir entretenimento, experiência, consumo e tecnologia.

O Drake Related é um hub já existente, com todos os projetos, colaborações, produtos licenciados e muito mais do cantor. Segundo o perfil do projeto no Instagram, é um lugar com “todas as coisas Drake”.

Super imersivo, no Drake Related dá para explorar ambientes exclusivos, baseados no local real, como estúdio, piscina, quarto e lounge.

Quando o time do Drake Related procurou a Shopify, eles queriam que os usuários pudessem interagir com produtos selecionados e personalizados. E, por interagir, entenda comprar.

E isso foi possível graças ao Shopify Collective, novo app nativo do Shopify, que permite descobrir, adquirir e vender produtos de milhões de marcas que também estão no Shopify, sem custos de compra, estoque ou envio.

Funciona assim: quando o usuário coloca produtos no carrinho dentro do drakerelated.com, o app envia direto para a loja responsável, que fica a cargo de todos os passos depois da compra.

E para uma ação tão incrível, os produtos não poderiam ser menos exclusivos.

Para o verão norte-americano, a marca conseguiu fechar parcerias com 5 marcas em tempo recorde e sem custos indiretos. Assim, atualmente o hub conta com 5 “lançamentos cápsula” feitos em parceria com artistas e pequenos empreendimentos.

De acordo com o UOL, a parceria deu um salto no que entendemos hoje como e-commerce ao misturá-lo à cultura pop.

Sem dúvidas, é um projeto que abre precedentes para diversas outras ações interessantes, tanto para as marcas quanto para os consumidores.

Viva o digital!


DEU RUIM: Disney menos 

Lembra quando a Netflix anunciou que ia impedir o compartilhamento de senhas de um jeitinho nada gentil e todos ficaram chocados? Bom, o mesmo pode acontecer em breve com o Disney+.

O serviço premium de conteúdos da Disney, fechou o segundo trimestre de 2023 com um recuo de 7,4% no número de assinaturas. 

Segundo o Meio & Mensagem, a empresa também passou pelos temidos layoffs no ano passado e até na área de TV tradicional a coisa não está um parque de diversões.

“A Disney registrou uma queda de 23% em seu lucro, que ficou em US$1,89 bilhão no trimestre, ressaltando os problemas enfrentados por essa divisão. O negócio, que inclui canais como ABC e ESPN, foi prejudicado pela queda de assinantes de TV paga, menos negociações de espaços publicitários e altos custos de direitos de transmissão.”

Seria a falta de conteúdos novos? A péssima fase 4 do MCU? Segundo o streaming, nem um nem outro.

A maior parte da queda vem da perda dos direitos de transmissão da Indian Premier League, competição de críquete. Bem aleatório, sim.

Assim, a empresa precisou rever suas políticas e o compartilhamento de senhas foi a primeira delas.

Em uma reunião com acionistas, Bob Iger, CEO da Disney, disse que eles estão explorando novas maneiras de lidar com o compartilhamento de senhas e que, ainda neste ano, os contratos de assinatura serão atualizados.

“Já temos capacidade técnica para monitorar boa parte disso. (…) Embora seja provável que vocês vejam algum impacto já no próximo ano, é possível que isso acabe não sendo concretizado até o fim de 2024, mas certamente estabelecemos isso como uma prioridade real, e realmente achamos que há uma oportunidade aqui para nos ajudar a expandir nosso negócio.”
— Bob Iger

Mas, além do impacto da perda das assinaturas indianas, a verdade é que o setor como um todo passa por um momento delicado. 

Bem diferente do que aconteceu com a bilheteria de Barbie, o setor cinematográfico vive uma crise — ultimamente, literalmente, graças às greves de roteiristas e atores de Hollywood.

E as consequências vieram por demanda — literalmente, de novo.

Também não é de hoje que as produções vêm sendo criticadas. Mesmo orçamentos enormes não conseguem entregar algo à altura das expectativas dos fãs e isso gera um atrito.

Mas será que esses números apontam para o fim dos streamings?

Além da Disney, outras empresas também já estão alterando o formato:

  • A Netflix, claro, é o exemplo mais recente (e drástico) dessa decisão. Em maio deste ano, a gigante dos streamings removeu o compartilhamento de senhas a nível global;
  • O HBO Max anunciou sua fusão com o Discovery+, que passará a se chamar Max e chegará ainda em 2023 para os principais mercados;
  • Por sua vez, antes de anunciar a revisão do compartilhamento de senhas, a Disney anunciou que iria remover conteúdos com baixo índice de audiência, diminuir a quantidade de produções e até incluir a IA em suas estratégias.

De acordo com a Reuters, a Disney cogita também o uso de IA para controlar custos de produção na TV e filmes, algo que já está se tornando comum, e até otimizar interações e experiências nos parques da empresa.

É fato que, assim como tudo que é digital, o boom dos streamings veio em 2020, junto com a pandemia. Alguns souberam se estruturar bem desde então, com produções exclusivas, preços mais competitivos e estratégias de marketing mais agressivas. Outros, nem tanto.

E, assim como a maioria das coisas que cresceram durante esse período, agora é o momento de reavaliação e estabilização, mesmo que isso signifique uma queda.

Por enquanto, é muito cedo para afirmar que um formato com tanto potencial e tantos adeptos — em 2022, a Hibou apontou que 7 em cada 10 brasileiros assinam pelo menos um streaming — vai acabar.

Até porque, depois de um forte cancelamento, a Netflix viu seu número de assinantes crescer depois da decisão controversa e até as ações da empresa valorizaram.

Ou seja, ainda tem muito para ser visto no universo dos streamings, com o perdão do trocadilho. 🙂

O que você achou da decisão da Disney? Conta pra gente!


🍪 Cheirinho de fim de semana, eventos bons chegando e até cookies fresquinhos saindo do forno, desde que você não terceirize a receita. Até o próximo Bizi! 

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