última news: Deu o que falar

bizi | 31.05.24

Tardamos, mas não falhamos. Depois de um feriado no meio da semana, voltamos com a programação Bizi e, claro, os insights mais quentinhos do mercado. Na news de hoje, você vai encontrar tudo o que deu o que falar essa semana: a taxação de compras e investimentos em ESG até as empresas que estão aproveitando muito bem a IA.

DEU RUIM: A taxação de compras internacionais

Desde quarta-feira, só se fala nisso: a taxação de compras em empresas internacionais foi votada e aprovada na Câmara dos Deputados, na terça-feira à noite. A partir de agora, compras de até US$ 50 em varejistas estrangeiros queridinhos, como a Shein, AliExpress e Shopee, serão taxadas com uma alíquota de 20%. Por enquanto.

Exemplificando para a Revista Exame, o country manager da Shein, Felipe Feistler, disse que uma compra de R$ 81,99 passará a custar R$ 98 na plataforma.

Na verdade, a taxação já existe, mas existe também uma isenção para algumas empresas — incluindo essas três que falamos aqui em cima — que compõem o programa Remessa Conforme, lançado em agosto de 2023. (Já falamos sobre ele aqui na news também.) A decisão da Câmara, então, foi acabar com essa isenção, sem exceção.

A decisão foi recebida com surpresa por todo mundo e um pouquinho de revolta por grande parte, não só de quem consome, mas das próprias empresas.

Membros do mercado contra ✋

Em entrevista para a Exame, o country manager da Shein disse que considera a decisão como um retrocesso por alguns motivos — sim, no plural. 

Para o executivo, a taxação vai contra o padrão de leis internacionais de importação, prejudicando relações comerciais, e também afeta diretamente as classes C, D e E, que são as que mais compram na plataforma e também as menos favorecidas.

A Shein, que já tem uma operação consolidada no Brasil, disse que a taxação não vai interferir nessa parte, mas ainda analisam seus impactos sobre as outras frentes da empresa.

Já o AliExpress disse em nota que se surpreendeu com a decisão. E não foi positivamente falando.

“A decisão desestimula o investimento internacional no país, deixando o Brasil como um dos países com a maior alíquota para compras de itens internacionais do mundo.”
— Alibaba

A empresa também disse que a decisão é contraditória se comparada com a política de isenção para viagens internacionais, que permite quem viaja comprar uma variedade de produtos isentos de qualquer imposto com um valor bem maior. 

A favor, o mesmo sinal ✋

Enquanto essas plataformas não gostaram da taxação, a Shopee concorda com a decisão da Câmara, para garantir isonomia tributária do varejo, ou seja, a igualdade na tributação para todas as empresas que operam no Brasil.

Vale lembrar que, segundo a varejista, 9 em cada 10 dos 3 milhões de vendedores da plataforma são locais e esse é o foco da empresa. Com a declaração, a Shopee também garantiu que não haverá impacto para seus consumidores.

Além da empresa, quem obviamente também concordou com a taxação de compras foram as entidades da indústria nacional.

Embora tenham comemorada a decisão da Câmara, a Confederação Nacional da Indústria (CNI), a Confederação Nacional do Comércio Bens, Serviços e Turismo (CNC) e a Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA) afirmaram que o valor da alíquota ainda é insuficiente para “evitar a concorrência desleal”.

Depois de muitas opiniões, a que mais interessa

Independentemente de tudo o que as empresas envolvidas pensam, quem tem a palavra mesmo é o Senado, que recebeu a proposta agora, e, posteriormente, o presidente Luis Inácio Lula da Silva, que tem um verdadeiro desafio pela frente.

Já estava por dentro da taxação? Qual é o impacto dessa aprovação para você?

DATA NOSSA DE CADA DIA: O investimento em ESG está conectado com a reputação 

Melhorar a sociedade? Salvar o planeta? Deixar um legado de transformação? Nada disso. A principal motivação para investir no ESG entre os CEOs e C-Levels é a reputação da empresa.

De uma forma ou de outra, fato é que as ações ESG já fazem parte da agenda da liderança e nem poderia ser diferente. As esferas abordadas são urgentes, principalmente quanto à sustentabilidade — é só ver os últimos acontecimentos do nosso país.

Falamos bastante sobre essas 3 letrinhas por aqui, mas nunca é demais relembrar que não é um tema relevante só no nosso país. Investir em ESG é um movimento global que mostra uma transformação do mercado de trabalho e da função das empresas na sociedade.

Para descobrir não só o que motiva, mas também as principais percepções do C-Level sobre o ESG, a Data-Makers se juntou à CDN e entrevistou 100 líderes de diversos segmentos. 

Confira os principais insights do estudo “Data-Leaders: Líderes de negócios e ESG“:

A pesquisa ainda perguntou aos líderes sobre quem eles consideram referência no assunto. Tanto a Natura quanto a diretora global de sustentabilidade da companhia, Denise Hills, foram as que tiverem mais menções: 41% e 4%, respectivamente.

Outras referências na área também são O Boticário, com 24% das menções, e Itaú e Ambev, empatadas com 11%.

E, para você, qual é a maior motivação para investir no ESG? Conta para gente!

+ Pesquisas da semana:

Por falar em sustentabilidade urgente, 94% das cidades brasileiras não têm proteção a tragédias climáticas, segundo o Instituto Cidades Sustentáveis (ICS).

Uma pesquisa da RTB House mostra que os anunciantes podem ter vantagens mais expressivas no funil de vendas com uma abordagem full-funnel.

O que prende a atenção da geração Z atualmente? Um estudo da UOL em parceria com a MindMiners rastreou esses interesses.

Continue ajudando as vítimas no Rio Grande do Sul:

❤️ No site Para Quem Doar, você confere várias entidades atuando agora no RS;

❤️ As agências dos Correios e as bases da FAB continuam recebendo doações. Acesse os sites para conferir os pontos de coleta e os materiais mais necessários no momento;

❤️ No site SOS Rio Grande do Sul tem diversos links úteis e informações seguras como o Pix do estado para doações, iniciativas de voluntariado e esclarecimentos sobre a situação.

❤️ Também é possível contribuir com a sua declaração do Imposto de Renda (IR), mesmo que você já tenha concluído o processo. Hoje é o último dia!

❤️ Sem esquecer também do programa Reafirma, em que empresas e profissionais das áreas de comunicação, marketing e vendas podem ajudar empresas a se recuperarem.

Conforme as águas vão baixando, novas necessidades vão surgindo, mas a situação no estado ainda é muito grave e é muito importante que a corrente de solidariedade continue. Por isso, ajude como puder. ❤️

VIEW E REVIEW: Parceiras da inteligência artificial

É hora das atualizações sobre como as grandes empresas estão lidando com a inteligência artificial. POV: elas amaram a tecnologia.

PwC 🤝 OpenAI

Nesta semana, a PwC se tornou a nova parceria da OpenAI e, automaticamente, a maior cliente da dona do ChatGPT. 

O acordo é um ganha-ganha em nome de empresas de grande porte: a PwC será a primeira a revender o ChatGPT Enterprise, o primeiro produto corporativo da OpenAI nessa categoria, voltado para outras grandes empresas.

De acordo com o Wall Street Journal, a consultoria fornecerá a novidade para 75 mil funcionários nos EUA e 26 mil no Reino Unido.

Embora o valor dessa transação não tenha sido divulgado, a decisão segue o curso do plano da PwC de investir 1 bilhão em IA generativa. Será que teve troco?

“Estamos ativamente engajados na inteligência artificial generativa, com mais de 95% das contas de clientes de consultoria do Reino Unido e dos EUA, além de discutirmos o uso e as implicações da IA com muitos de nossos clientes de auditoria.”
— PwC, Forbes

Google 🤝 agências de publicidade

Após identificar que só 2% dos anunciantes utilizam todas as possibilidades e variações de peças publicitárias nas plataformas do Google, a companhia lançou uma nova ferramenta para potencializar esse uso: o Google AI Assessment.

A novidade é, na verdade, uma evolução do Google Digital Assessment. De acordo com o nível de adoção da IA, que vai classificar as agências entre Nascente, Emergente, Conectado e Multimomento.

“Com o Google AI Assessment, as agências podem analisar os pilares e usá-los como base para avaliar oportunidades de melhoria e otimização de processos, tempo e resultados. O Google está preparado para continuar ajudando a desenvolver o mercado publicitário para este a era da inteligência artificial, que oferece muitas possibilidades.”
— Aline Moda, diretora de agências do Google Brasil.

Cetaphil 🤝 IA 🤝 Público final

Por sua vez, a empresa de cosméticos Cetaphil, da Galderma, lançou um aplicativo de realidade aumentada que faz uma avaliação automatizada da pele com base em IA.

A partir de apenas uma foto, o app Conhecendo a Pele consulta mais de 70 mil imagens de peles diversas e cria um relatório bem apurado, indicando necessidades e, claro, produtos da marca para atendê-las. 

Para quem quiser conferir, a ferramenta da Cetaphil está disponível gratuitamente nesse link.

Como andam os usos da IA por aí?

💰 O bom do Bizi é que não tem taxação nenhuma, mesmo que a recompensa seja bem maior que uma blusinha. Tchau, até a próxima news!