put@ case, meo: Centro de Pesquisa da Mulher: O corpo mais buscado é o menos estudado
bizi | 11.03.25
Para comemorar o Dia da Mulher, O Boticário não fez (só) uma campanha bonita com uma mensagem emocionante; eles criaram o Centro de Pesquisa da Mulher. É por iniciativas assim que criamos essa editoria, sabe?
A ideia surgiu de uma premissa irônica: o corpo feminino é o mais buscado na mídia e na internet. As atrizes Deborah Secco, Isabelle Drummond e Zezé Motta contam no vídeo sobre algumas das perguntas recorrentes: idade, gravidez, medidas, envelhecimento e até partes do corpo. Mas quando chega na hora das pesquisas científicas, o corpo masculino é o que predomina.
Fato é que, por anos, a ciência negligenciou o corpo feminino — e resquícios desse comportamento permanecem até hoje.
“Durante décadas, a ciência priorizou o corpo masculino como padrão em termos de investigação e pesquisas, tratando como exceções as particularidades da fisiologia feminina. Por outro lado, historicamente os corpos das mulheres têm recebido grande atenção por parte da mídia, sendo alvo de críticas e julgamento por sua aparência: essa é a dicotomia que motiva o Grupo Boticário a convidar a sociedade a uma reflexão, incentivando a pesquisa científica de corpos femininos.” — Grupo Boticário
O objetivo da marca é aprimorar seus produtos para estarem mais alinhados às necessidades das mulheres em todas as suas fases. Mas criar um centro de pesquisas dedicado ao tema é muito mais profundo que isso, é unir ciência e igualdade.
Os pilares do Centro de Pesquisa da Mulher são:
Incentivo e financiamento a pesquisas científicas sobre o corpo feminino;
Desenvolvimento de produtos a partir do entendimento de necessidades específicas de cada fase;
Educação e empoderamento para capacitar profissionais e pesquisadores sobre a beleza e bem-estar das mulheres.
A campanha #PesquiseMeuCorpo, que lança o novo centro de pesquisas, é da agência GUT e contará com ativações no SXSW. Aliás, o lançamento do projeto foi no evento, durante a palestra “Beleza 2030: as 4 tendências que redefinem o futuro da longevidade”, por Renata Gomide, CMO do grupo.
A palestra teve como foco a população madura, que segundo estimativas da Organização Mundial de Saúde (OMS), corresponderá a 2 bilhões de pessoas até 2050. O propósito do Boticário nesse cenário é expandir a qualidade de vida, conforme a longevidade aumenta.
Junto da WGSN, a empresa mapeou 4 tendências que vão impactar a indústria da beleza e do bem-estar até 2030. Confira os insights compartilhados pela Promoview:
Personalização por necessidade e não por idade: os produtos devem passar a atender necessidades específicas da pele e do corpo, e não generalizadas pela faixa etária;
Impacto das mudanças climáticas: o aumento da temperatura global impacta diretamente na beleza e o setor precisa inovar para se adaptar;
Acessibilidade e inclusão: além de todas as idades, os produtos também devem atender diferentes níveis de habilidades. O mercado precisa ser mais acolhedor às diferenças, inclusive à maturidade;
Beleza para todos os ciclos da vida: por fim, a demanda por produtos específicos para o climatério e a menopausa irão crescer, reforçando a necessidade de mais personalização ao longo da jornada — não somente de consumo, mas de vida.
“Queremos incentivar a valorização da essência e da individualidade da mulher, respeitando seus ciclos e fases. Por que monitorar e julgar quando podemos compreender e cuidar? Equidade não é apenas garantir oportunidades iguais, mas também reconhecer e atender as necessidades reais da mulher, que muitas vezes são ignoradas. Queremos que as mulheres sejam protagonistas das próprias histórias e tenham acesso ao conhecimento sobre seus corpos.” — Renata Gomide, CMO do Grupo Boticário
O Centro de Pesquisa da Mulher vai integrar o Centro Excelência em Pesquisas Avançadas do Grupo Boticário, iniciativa de colaboração multidisciplinar da marca para estudar o cuidado e bem-estar.
E a primeira parceria de peso já veio aí: o Hospital Israelita Albert Einstein, que irá apoiar no desenvolvimento de pesquisas e inovação (Grupo Boticário).
Também no Dia da Mulher, a Inconvencional, consultoria de análise de dados e conhecimento cultural para marcas, agências e criadores de conteúdo, lançou o Hub.Inc Hilda, uma central de conversas, materiais e insights sobre a vida das mulheres na sociedade atual. Coincidentemente, uma das iniciativas é justamente trazer mais visibilidade das mulheres acima de 50 anos.