bizi | 15.10.24
Dizem que Deus tem seus preferidos — e o Bizi também! Afinal, não são todas as notícias do mundo que entram na nossa curadoria, só as mais relevantes para você. Na seleção de hoje, confira insights sobre os millennials no mercado de trabalho, dados do Kantar Media Reactions 2024, o adeus a Washington Olivetto, funcionários substituídos por IA e muito mais.
Surpreendendo muita gente, um estudo da Talent Academy mostrou que quem fica mais tempo nos empregos não é a geração mais velha do mercado de trabalho, mas uma das mais jovens.
Os millennials, conhecidos por sua relação de amor e ódio com o trabalho, são os que permanecem mais tempo em uma empresa e, quando olhamos para os dados, isso faz todo o sentido.
Também chamados de geração Y, os millennials são os nascidos entre a metade dos anos 1980 e a metade dos anos 1990 e tem entre 30 e 40 anos hoje. Inclusive, parte deles está lendo essa news agora!
A Talent Academy usou pontos para medir a “probabilidade autodeclarada e anônima do funcionário permanecer na empresa” e esse foi o resultado:
A permanência em um emprego tem tudo a ver com a empresa e os objetivos profissionais de cada caso, mas também tem muito a ver com o momento de vida.
Em sintonia com isso, a própria trajetória profissional leva a um momento de maior permanência. Na evolução natural da carreira, é por volta dessa idade que os funcionários alcançam cargos de gerência, liderança e especialização.
O que tem tudo a ver com o que os millennials mais buscam em um emprego. Não só os millennials, mas também a GenZ busca por mais equilíbrio entre vida pessoal e trabalho (que só pode ser conquistado com estabilidade), além de oportunidades de desenvolvimento, como falamos nessa edição.
O que achou dessa descoberta?
Já parou para pensar quais são suas marcas preferidas do momento? E os canais e plataformas de consumo? Agora, e se perguntássemos quais são suas marcas e canais preferidos para ver anúncios?
O Kantar Media Reactions 2024 acabou de chegar com essas respostas e muitos insights, após analisar uma amostra da comunidade global de consumidores.
E a boa notícia é que a resistência aos anúncios tem diminuído.
“A receptividade a anúncios entre os consumidores vem crescendo na última década, à medida que os profissionais de marketing encontram o ponto ideal para formatos nascentes por meio de tentativa e erro. Já os consumidores estão acostumados a ver anúncios em mais canais.”
— Leonardo Pinheiro, Head de Mídia e Digital do Kantar Insights Brasil
Essa é a quinta edição do Kantar Media Reactions, que une diversos estudos sobre mercados e consumo para uma visão completa do cenário da mídia atual e, claro, instruções para navegá-lo.
Vamos conferir os destaques desse ano?
A Kantar relembra que a publicidade digital passou por um momento conturbado no início dos anos 2010, quando os anúncios inundaram canais onde o público não esperava encontrá-los.
“A mudança na receptividade dos anúncios pode ser devido à sensação de que os novos formatos são mais ‘normais’ e porque os profissionais de marketing estão aprendendo a executá-los de maneiras que não incomodam ou sobrecarregam os consumidores.”
— Kantar Media Reactions
A Netflix, por exemplo, não está entre as marcas preferidas por ter muitos atributos interessantes em seus anúncios, mas exatamente pela falta de negatividade neles.
“É por isso que é tão importante para os profissionais de marketing encontrarem o ponto ideal entre o canal certo, a marca de mídia certa e o formato certo. Isso significa encontrar oportunidades para se destacar significativamente, atender os consumidores em sua diversidade e se conectar com o público de maneiras mais autênticas e impactantes.”
— Leonardo Pinheiro, Head de Mídia e Digital do Kantar Insights Brasil 2024
O Media Reactions 2024 é baseado em 18 mil entrevistas com consumidores, em 27 mercados, e mais 1.000 entrevistas com profissionais de marketing, publicidade, agências e empresas de mídia no mundo todo.
Para conferir mais detalhes, é só fazer o download do conteúdo (em inglês) por esse link.
Recentemente, a Kantar também lançou o Inside Audio 2024, com descobertas importantes sobre a relevância desse formato na era digital. Spoiler: apesar de parecer coadjuvante, o áudio ainda é protagonista na relação entre marcas e seu público.
Aqui no Bizi, temos uma editoria chamada WOW, onde trazemos propagandas e ações que marcaram a semana. Porém, hoje, escolhemos trazer propagandas que marcaram a história da publicidade brasileira.
Essa é nossa forma de homenagear o autor dessas peças: Washington Olivetto, um dos maiores publicitários do país que, podemos falar tranquilamente, moldou os rumos da área no Brasil.
Olivetto já começou na publicidade como um criativo. Ao longo de sua trajetória, ele conquistou mais de 50 Leões no Festival de Publicidade de Cannes e foi até presidente do Clube de Criação, entre 1989 e 1991. Nessa matéria do Clube, você confere todos os passos da carreira do profissional.
Como um bom corinthiano, Washington Olivetto teve participação ativa no clube e foi vice-presidente de marketing do Corinthians — sem nunca receber um salário por isso. Nessa época, ele foi um dos criadores do movimento Democracia Corinthiana, que usava o futebol como meio de resistência à ditadura militar. Essa foi a única “propaganda política” da carreira do publicitário.
Também destacamos essa entrevista à BBC, em 2017, com uma das declarações mais polêmicas da história do profissional, mas um contexto que explica sua visão sobre o papel da publicidade na sociedade.
É impossível falar de Washington Olivetto sem falar de filmes como “Meu Primeiro Sutiã”, “Passeata”, “A semana”, ou a coleção do Garoto Bombril. Nesse artigo, o Adnews separou as 10 maiores propagandas do publicitário, incluindo esses que mencionamos aqui em cima. Vale a pena conferir os clássicos e a nostalgia.
Por fim, gostaríamos de deixar uma das frases mais famosas do publicitário, que resume muito sua trajetória:
“Eu, como publicidade, sou intromissão. Você não comprou jornal para ver meu anúncio, você quer a notícia. O mínimo que o intrometido tem que fazer é ser bem-educado.”
— Washington Olivetto, BBC
Se você é do time que tem medo da IA roubar o seu emprego, talvez essa notícia piore esse quadro.
Na última sexta-feira (11), o TikTok anunciou que está em um processo de reestruturação que envolve dois movimentos principais: a demissão de funcionários e o aumento do investimento em inteligência artificial.
De acordo com a Reuters, a plataforma da ByteDance já demitiu cerca de 500 funcionários na Malásia. A maior parte deles trabalhava em operações de moderação de conteúdo.
Essa função, responsável por verificar os conteúdos publicados e garantir o cumprimento das diretrizes do TikTok, era executada em duas etapas:
Ao que tudo indica, essa segunda será cada vez menos necessária daqui para frente.
Ainda em 2024, a previsão da rede é investir cerca de US$ 2 bilhões em segurança e confiança nessas ferramentas.
“O TikTok confirmou os layoffs e disse que centenas de funcionários deveriam ser impactados globalmente como parte de um plano mais amplo para melhorar suas operações de moderação.”
— Reuters
Em complemento à notícia, achamos que seria interessante você saber que, contrariando algumas previsões, a inteligência artificial também poderá substituir profissionais especialistas no setor. Mas, calma, sem terrorismo tecnológico — por enquanto.
Segundo um estudo do centro de pesquisas Burning Glass Institute, em parceria com a associação de recursos humanos, SHRM, os mais impactados pela IA devem ser os empregos bem remunerados e em setores como finanças e tecnologia.
O estudo foi publicado no The New York Times e mostra que nem o diploma salvaria esses profissionais de uma substituição. Mas tudo tem um porém.
Ou seja, a régua subiu.
“Os trabalhadores precisam se preparar para um futuro em que a inteligência artificial deverá desempenhar um papel significativo em muitas posições de trabalho que, até agora, têm permanecido praticamente intocadas pela disrupção tecnológica.”
— The New York Times
Ainda segundo Johnny Taylor Jr., executivo da SHRM, a forma de se adiantar e prevenir essa “extinção”, não é correr da tecnologia, mas investir seriamente nela.
E você, já está colocando esse plano em prática por aí?
⭐ Ao longo da vida, nossas preferências vão mudando, isso é perfeitamente normal. Mas esperamos que, nessa fase, o Bizi esteja entre os seus favoritos da caixa de entrada. Até a próxima news!
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