bizi | 30.01.24
Se você já fez alguma entrevista de emprego na vida, possivelmente deve ter respondido à famosa pergunta “como você se enxerga daqui 5 anos?”.
Normalmente usada para testar a ambição, capacidade de projeção e planejamento dos candidatos, ela pode ter muitas respostas. Mas, para grande parte da geração Z, nenhuma delas inclui a liderança.
Efeito do estresse ou não, algumas pesquisas têm revelado que os profissionais não querem mais ser líderes.
Uma delas, feita pela CoderPad com profissionais do mercado tech, mostrou que 36% deles não querem assumir uma função gerencial.
Se você segue o Bizi, talvez esse dado nem traga tanta surpresa, já que Millennials e GenZ são conhecidos por aqui (e por toda a sociedade) por priorizarem justamente o equilíbrio entre vida pessoal e profissional. E talvez eles nem estejam tão errados.
Nos últimos 5 anos, líderes e gerentes tiveram de lidar com uma pandemia, vários modelos de trabalho, volta para o escritório, diversos movimentos disruptivos do mercado de trabalho, saúde mental em crise, mercado instável… Não é nada fácil equilibrar todos esses pratinhos.
“De acordo com a empresa líder em busca de executivos Korn Ferry, [os gerentes] assumem uma ‘parcela desproporcional de culpa’, o que, compreensivelmente, mancha o fascínio por ser gerente. Uma pesquisa de 2022 realizada pelo think tank Future Forum revelou que, no local de trabalho pós-Covid, os gerentes intermediários são os mais exaustos. De acordo com as descobertas, 45% relataram que estavam esgotados.”
— Forbes
A Revista Trip, por sua vez, destaca esse fenômeno como a tendência “quiet ambition” — ambição silenciosa em tradução literal. E, sim, não é coincidência ela ser parecida com o quiet quitting, outro movimento da GenZ que de silencioso mesmo, não tem quase nada.
De acordo com um levantamento da Visier, existe uma clara mudança de prioridades:
Aqui no Brasil não é muito diferente:
Ou seja, o quiet ambition pode estar bem mais perto do nosso mercado do que imaginamos. O que você acha disso? Já sente a pressão dos cargos de liderança por aí?
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