bizi | 31.03.23
Parece até engraçado pensar que há apenas 3 anos quase ninguém se preocupava com a discussão de presencial ou não.
Mas, desde que a pandemia chegou, não sabemos mais falar de trabalho de outro jeito. Afinal, você prefere presencial ou remoto? Ou ainda, nenhum dos dois?
Realmente, a volta para o presencial era um desejo da maioria das empresas que tiveram que flexibilizar. Mas, para muitos profissionais, o modelo híbrido não era só uma fase.
De acordo com Tiziana Weber, sócia e coordenadora de Projetos Especiais da Brain, “pesquisas mostraram que o trabalho híbrido contribui para o bem-estar dos profissionais, por isso a esmagadora maioria prefere trabalhar no modelo TQQ: terças, quartas e quintas no escritório e o restante da semana em casa”.
Mesmo assim, as empresas também têm dificuldades de manter a conexão, a produtividade e até a cultura da empresa, nos modelos híbrido e home office.
Mas, surpreendendo a maioria das pessoas, quando se trata da geração Z, o quadro parece mudar. Outra pesquisa, realizada pela Axios, mostrou que esses jovens tendem a preferir o trabalho presencial e têm seus motivos para isso.
Seja pela comunidade que só o escritório permite (74%), pelo medo de ser atrapalhado pelas distrações em casa (45%) ou pela oportunidade de conviver com um mentor (41%), a genZ quer a volta do presencial.
Vale lembrar que muitos desses jovens nem chegaram a trabalhar no modelo presencial. As pessoas mais velhas da geração tinham apenas 24 anos quando a pandemia começou e muitos ainda não tinham tido o primeiro emprego.
Citando os modelos encontrados por empresas como 3M, Spotify e Hubspot, que mescla trabalho híbrido, remoto e presencial e dá aos colaboradores o poder de optar, a revista afirma que “a palavra-chave da estratégia dessas empresas é liberdade de escolha“.
A Fast Company também relembra a importância de ouvir o time, testar modelos, projetar opções e dar suporte para a conectividade da equipe, além, é claro, de ser transparente durante todo esse processo.
E você, já tem seu preferido?
O Spotify anunciou nesta terça-feira (28) uma novidade para o mercado brasileiro de anúncios: o Spotify Ad Studio.
A ideia dos anúncios self-service é que empreendedores de pequeno e médio porte criem suas propagandas de um jeito prático e fácil e anunciem seus negócios para os mais de 500 milhões de usuários do Spotify no mundo todo. Funciona assim:
O modelo de pagamento da plataforma é o CPM (custo por mil impressões) e o Spotify já adianta que os valores podem alterar conforme a demanda ou público selecionado.
Se vai funcionar, de fato, ainda não sabemos, mas as expectativas são muito promissoras.
Apesar do Spotify não divulgar o número exato de ouvintes da plataforma em cada país, um relatório da Comscore diz que há mais de 38 milhões de usuários ativos por aqui, tornando o Brasil um dos principais mercados da plataforma na América Latina.
E aí, o que achou da novidade?
Para quem é observador do mercado, um rebranding nunca passa despercebido. Ainda mais um que vai muito além da nova identidade visual.
A nova ID mistura a nostalgia da marca com elementos novos.
Segundo o comunicado oficial da Pepsi, “o novo logo é uma homenagem à rica herança da marca, incorporando elementos modernos, como a tipografia personalizada e cores vibrantes, como o azul elétrico e o preto, representando o futuro ousado da marca“.
Essa evolução acompanha não só o crescimento da marca, mas também as transformações do mercado.
Entre os atributos da Pepsi como marca, capturar o zeitgeist (o espírito ou essência de uma época) sempre foi um deles.
Uma análise da Fast Company relembra que, em 1998, a Pepsi criou uma versão super otimista da tendência Y2K (Year 2 Thousand ou anos 2000).
Já em 2008, última atualização até esta, vimos as cores suaves e planas de uma época bem minimalista e millennial.
Sobre o futuro ousado, a Pepsi garante que não é da boca para fora. O preto foi escolhido por causar impacto pelo contraste, como afirmou o vice-presidente sênior e diretor de design da Pepsi, Mauro Porcini.
Mas também pelo seu significado mais profundo, agradando todos aqueles que amam um papo de semiótica.
Antes que você pense que uma marca de refrigerantes está louca por levantar essa bandeira, os consumidores estão cada vez mais atentos aos riscos do açúcar e, por isso, estão buscando novas alternativas.
Inclusive, 30% dos jovens da geração Z já declararam que preferem evitar sempre esse tipo de bebida.
E a Pepsi tanto sabe disso que tem feito investimentos nessa direção já há algum tempo, colocando a Pepsi Zero Sugar como centro de suas campanhas de marketing nos últimos anos.
O logo é claro e o objetivo também. A Pepsi não vê a hora de conquistar as novas gerações, mas também quer relembrar as outras de como seu produto pode ser bom. Como primeira impressão, parece que a estratégia está funcionando muito bem!
O novo logo será lançado no outono do hemisfério norte para a América do Norte e no ano que vem para o mundo todo, comemorando os 125 anos da Pepsi.
Às vezes pensamos seriamente em criar uma editoria no Bizi chamada “Elon Musk”, pois o bilionário simplesmente não sai dos holofotes do mercado.
Porém, em sua última (polêmica) declaração, ele não estava sozinho.
A solicitação foi feita por meio de uma carta aberta, enviada pelo Future of Life Institute e contou com a participação de profissionais de Oxford, Cambridge, Stanford e Columbia, além de empresas como Google, Microsoft e Amazon.
Para eles, a IA e seus avanços representam uma mudança profunda da vida no planeta e isso não pode ser feito de qualquer jeito; é preciso planejar e gerenciar com cuidado. Errados, eles não estão, afinal.
Um dos principais motivos para o pedido também é a precipitação da corrida pelo desenvolvimento da IA, sem medidas para comprovar ou até mesmo controlar seus impactos.
A carta ainda deixa claro que essa pausa tem que ser pública, verificável e incluir todos os profissionais envolvidos e que, se isso não acontecer, passa a ser dever dos governos intervir.
As intenções parecem excelentes, mas será que é isso mesmo?
Apesar de ter feito críticas à IA, o portal Information afirmou que Musk procurou especialistas em IA para concorrer com o ChatGPT há algumas semanas.
Vale lembrar também que a OpenAI, criadora da ferramenta, foi co-fundada por Elon Musk em 2015, mas suas opiniões começaram a divergir em 2018 e Musk saiu da empresa.
A própria carta inclui uma declaração recente da OpenAI de que “pode ser importante obter uma revisão independente antes de começar a treinar sistemas futuros e, para os esforços mais avançados, concordar em limitar a taxa de crescimento da computação usada para criar novos modelos”.
Mas, além dos questionamentos, a carta também traz algumas sugestões. Segundo alguns trechos destacados pela Forbes, a intenção não é parar o desenvolvimento da IA em geral, mas reorientar.
Aproveitando o momento, a Unesco também se pronunciou e reforçou seu pedido aos países que revisem suas recomendações sobre a ética na inteligência artificial, no primeiro movimento global de conscientização sobre o uso da tecnologia.
Por aqui, vamos ficar de olho para saber se a carta vai ter efeito paliativo ou de lenha na fogueira nos rumos da IA.
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