previsão do mercado: 6 motores de transformação no mundo, segundo a WGSN

bizi | 19.01.24

Nesses últimos dias, já trouxemos alguns insights aqui sobre a NRF (National Retail Federation), um dos maiores eventos do varejo no mundo, que aconteceu entre os dias 14 e 16 de janeiro.

Um dos mais recentes a reverberar por aqui veio diretamente do Stepic Driver, o mais novo relatório de tendências da WGSN.

Se você segue o Bizi, sabe que somos fãs da consultoria. Aliás, o report mais recente a aparecer por aqui foi sobre a geração Alfa, já deu uma olhadinha?

Voltando à NRF, Andrea Bell, vice-presidente de consumer insights da WGSN, trouxe a visão da empresa sobre a importância de movimentos que estão acontecendo agora para o futuro. 🔮

Para ela, o ano de 2026 será um período para redimensionar o mundo.

Em sua apresentação para o Retail’s Big Show (palco de apresentações que antecipa novidades do mercado), a VP resumiu os 6 pilares do relatório de tendências, que mostram os pontos de transformação (e, portanto, atenção) para as marcas.

Depois de ver a matéria no Meio & Mensagem, fizemos mais um resuminho para você, que é muito Bizi.

The Age Spectrum = Diferenças de idade e necessidade

A executiva explicou que as pessoas ao redor do mundo vem envelhecendo de forma desigual:

  • Em 2026, a Ásia terá 1,2 bilhão de pessoas com mais de 60 anos;
  • Nos EUA e Europa Oriental, 48% dos jovens de 18 a 29 anos, ainda moram com os pais, uma taxa que não era tão alta desde o período pós-Segunda Guerra Mundial.

“Este é um mercado gigante, porém com necessidades completamente diferentes.”
— Andrea Bell, WGSN

Para Bell, isso significa que as marcas terão que se adaptar na forma como se comunicam com essas pessoas e também no que fazem para satisfazer suas necessidades — que mudaram bastante nos últimos anos.

Intentional Tech = Transparência e compromisso com a tecnologia

De acordo com estudos trazidos por Bell, o mercado global de avatares (chamados de “seres humanos virtuais” pelo relatório) deve alcançar US$ 440,3 bilhões até 2031.

É justamente nesse momento em que a tecnologia está evoluindo sem precedentes que as marcas precisam se posicionar, se apropriar da responsabilidade pela sua evolução e ser transparentes em seus processos. Isso vale inclusive para o uso de IA e o combate às fake news.

Eco-accountability = Responsabilidade para existir no futuro, literalmente

Vivemos uma emergência climática. Isso não é novidade e, infelizmente, também não vai mudar nos próximos anos. Mas isso também não é desculpa para praticar o greenwashing ou até mesmo se isentar da responsabilidade de proteger o (que resta do) planeta.

“É hora de adotar uma mentalidade mais esperançosa, pois teremos de passar por isso juntos.”
— Andrea Bell, WGSN

A VP lembrou que já existem diretrizes que mostram que empresas que não cumprem sua parte quanto ao ESG, não terão condições de existir no mundo.

Geopolitical tensions = Enquanto o mundo é desigual, empresas precisam promover a equidade

Vamos de mais dados impactantes? 54% de todos os valores produzidos no mundo todo pertencem a apenas 1% da população.

Bell explica que isso fomenta a polarização política e, claro, as desigualdades sociais. Assim, as marcas precisam considerar essas questões e trabalhar para promover exatamente o contrário: a equidade, igualdade e justiça.

Polarised Consumption = Marcas precisam ser inspiradas em seus consumidores

Seguindo o pilar anterior, os consumidores estão mais atentos ao posicionamento das marcas (mesmo que não declarado) e estão priorizando empresas que se alinham aos seus princípios pessoais.

Isso significa que a primeira coisa a ser avaliada pelas empresas na hora de criar suas soluções é o seu público.

World-Building = Vivendo em um mundo sem fronteiras

Graças à inteligência artificial (e, antes ainda, à globalização da internet), hoje vivemos em um mundo sem fronteiras. E seus produtos e serviços precisam representar isso também.

Bell cita o Spotify como exemplo desse pilar, que tem uma IA em desenvolvimento para traduzir podcasts para diversos idiomas. Hoje, mais do que nunca, os consumidores são globais e precisam de marcas que atendam esse perfil.

O que achou do report? Compartilhe com a redação!

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