bizi | 17.03.23
Pensando na sustentabilidade prática dos negócios, pessoas novas entram em uma empresa, são treinadas por seus líderes, se desenvolvem lá dentro, se tornam líderes e dão continuidade ao ciclo. Será?
Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) mostrou que esse fluxo não está correndo como deveria.
Se pensarmos em uma rotina de 8h diárias, são 3 dias dedicados à essa especialização que pode dar continuidade ao negócio… e só.
A média encontrada pelo panorama é 32% menor que a praticada nos EUA, por exemplo. Enquanto por aqui um colaborador demora em média 2 anos para ganhar uma promoção e evoluir no plano de carreira, lá isso acontece em cerca de metade do tempo.
O quadro todo é complicado, mas piora quando se trata — adivinha? — da geração Z. Sim, além de público em potencial, eles também são o futuro do mercado de trabalho do lado de dentro.
Esses jovens, que estão entrando agora nas empresas, disputando suas primeiras vagas e até já pensando em pular para a próxima, têm demandas muito especiais e não é diferente quando se trata do emprego que querem.
Empatados em 2º lugar nas prioridades da genZ, aparecem o salário (28%) e a chance de trabalhar em algo que tenha um propósito com o qual se identificam (28%).
A pesquisa The Global Talent Trends Report da Universum, feita com 190 mil jovens, também mostrou que 91% dos universitários acreditam que é importante as empresas investirem em programas de treinamento e desenvolvimento para estagiários.
Expectativas altas? Sim. Mas não é tão difícil de entender e implementar as mudanças, principalmente se as empresas começarem a pensar no retorno que tudo isso pode trazer.
Não é só pelo turnover. Segundo a pesquisa da ABTD, 86% das empresas têm seus orçamentos de T&D definidos; o que falta — e que a geração Z ajuda a expor — é a falta de clareza na hora de comunicar.
Foi esse motivo, inclusive, que levou o grupo VCRP Brasil a criar o cargo de ZEO, uma ação em conjunto com o time de RH para desenvolver a comunicação com a genZ.
Além da VCRP, muitas empresas já estão desenvolvendo seus próprios cases de sucesso em T&D, como é o caso da fintech Neon, que conseguiu efetivar 10% de seus estagiários em tempo recorde, graças ao treinamento e desenvolvimento contínuo.
Para os especialistas no assunto, o acompanhamento desses talentos, não somente com materiais, mas com a assessoria de especialistas ajudando a desenvolver habilidades técnicas específicas e as desejadas soft skills, pode ser a chave para conquistá-los de vez.
Confira nossos outros conteúdos