bizi | 18.02.25
Depois de um pequeno imprevisto na última semana, nossa tradicional edição de sexta-feira não chegou por aqui. Mas voltamos para compensar esse hiato com atualizações quentinhas e insights sobre as principais notícias do mercado. Hoje, vamos falar sobre verdades difíceis para os CEOs, uso de IA no marketing, tendências e contra-tendências para 2025, além da competência mais comum entre lideranças brasileiras. Vem conferir!
Disclaimer: não, não foi devido ao velório do Duolingo, mas estamos monitorando essa situação de perto.
“A IA generativa é o seu sonho mais louco ou seu pior pesadelo? Depende de como a sua organização reage a ela hoje e se prepara para o amanhã.”
— IBM
Essa é uma das questões que abrem um estudo superinteressante da IBM sobre verdades que os CEOs precisam enfrentar para avançar na era da inteligência artificial generativa.
Que a IA generativa é uma realidade, não tem como negar. Segundo o estudo (e a maioria das previsões), ela vai abalar as estruturas de todas as organizações. O que ainda não é certo é o que vai sobrar depois dessa transformação:
De acordo com a IBM, definitivamente não dá para liderar os negócios do futuro com a mentalidade de hoje. Por isso, aqui estão as 6 verdades difíceis para os CEOs, de desafios humanos a limitações externas:
Não importa o quanto uma equipe seja boa, isso ainda não é suficiente para vencer o futuro. Os CEOs sabem que sua maior dificuldade na corrida da IA são profissionais realmente preparados. Mas, mesmo que parte deles já esteja contratando pessoas para funções que nem existiam no ano passado, isso não é necessariamente positivo.
“Mais da metade dos CEOs diz que já está lutando para preencher funções-chave de tecnologia — e é improvável que essa tarefa fique mais fácil tão cedo.”
— IBM
35% dos entrevistados já prevê que suas equipes precisarão de retreinamento e requalificação nos próximos 3 anos — em 2021, apenas 6% pensavam assim.
Chocante, não é? Mas, de acordo com o estudo, essa é uma verdade porque amanhã pode surgir uma novidade que mude tudo, inclusive o desejo e as decisões dos consumidores.
É por isso que a maioria dos CEOs estão investindo mais em IA para o desenvolvimento de produtos e serviços.
“A IA generativa pode ajudar as empresas a explorar vastos estoques de dados de clientes, desde pesquisas de mercado aprofundadas até métricas de dispositivos individuais, para criar ideias de produtos que quebram paradigmas. Ela pode até mesmo validar conceitos distantes em relação a critérios comerciais do mundo real, permitindo que os funcionários se concentrem no trabalho criativo necessário para dar vida às melhores ideias.”
— IBM
De fato, a inovação de produtos e serviços é prioridade para os CEOs atualmente. Em 2023, esse item ficou em 6º lugar.
As relações dos CEOs são pautadas em confiança. Porém, valorizar essas conexões em vez das competências pode ser como “kriptonita” para os negócios, segundo a IBM.
Para esse momento, os executivos estão trabalhando com a seletividade:
Por falar em parcerias no C-Level, a quarta verdade mostra que uma visão estratégica nunca é composta de uma visão só.
“Assim como o treino fortalece as habilidades de luta, a discussão enfática leva a melhores decisões, especialmente em tempos de incerteza.”
— IBM
O segredo é estabelecer regras claras para poder concordar em discordar e fazer dessas discussões, momentos produtivos para a organização.
Apesar de todas as promessas incríveis da IA generativa, um fator ainda segura seu avanço: a desconfiança das pessoas sobre seus rumos.
Sobre isso, o estudo traz uma frase muito interessante:
“Ir além dos ganhos de produtividade para a inovação do modelo de negócios exigirá adesão em todos os níveis da organização — e muitos funcionários veem a IA generativa como algo que está acontecendo COM eles, não uma ferramenta que trabalha PARA eles.”
— IBM
Para vencer essa barreira, muitos CEOs reconhecem que estão pressionando suas equipes além do que deveriam.
Esse é um momento decisivo para os CEOs, de escolherem em quais tecnologias vão apostar suas fichas. De acordo com a IBM, “fazer os investimentos certos em tecnologia é um dos principais fatores que diferenciam os CEOs de alto desempenho”.
Apesar de ser um tiro no escuro, esse é o movimento que muitos estão percorrendo em suas companhias:
Por fim, o estudo mostra que é preciso pensar e priorizar agora o que trará valor no longo prazo. Não quer dizer que seja fácil, mas é o que vai funcionar.
“Para tornar realidade seus sonhos mais loucos de IA generativa, os CEOs precisam deixar de lado ‘o que sempre funcionou’ e começar a lidar com as duras verdades que os seguram. Para que a tecnologia transforme o negócio, primeiro o negócio precisa evoluir.”
— IBM
O que achou dessas verdades? Difíceis demais de engolir ou com um golinho de café e Bizi vai bem?
Os usos da tecnologia do momento vão desde o nível mais alto até o mais básico em uma operação. Capaz de otimizar tarefas, organizar informações e até criar, a IA está por todos os lugares, inclusive no marketing.
O estudo “Decodificando os desafios da IA no mercado de publicidade digital” foi feito em parceria com a Nielsen, com 106 respondentes associados ao IAB Brasil, entre profissionais de agências, plataformas de mídia, empresas de tecnologia de publicidade e consultorias.
Segundo o material, as principais colaborações da IA são:
Aliás, velocidade é a palavra. Apesar de ser super recente nas nossas vidas, o tempo de testes com a IA não limita seus resultados:
Vem conferir outros insights interessantes desse estudo:
Embora o cenário da IA seja promissor, ainda não dá para dizer que 100% desse uso é estratégico.
O restante ou ainda não conta com esse processo (37%) ou não souberam responder (33%), deixando claro que ainda precisamos de mais dados para decidir.
E por aí? Como anda o seu uso de IA?
De acordo com estudo da MindMiners, 6 em cada 10 pessoas escolhem produtos pelo sabor e preço.
Segundo o estudo da Webmotors, 68% dos brasileiros desejam comprar ou trocar de carro este ano. Mas qual? A pesquisa releva outros insights sobre o setor.
Já conforme o apontado pelo MELI Trends 2025, itens de casa & decoração e artigos fitness ocupam o topo das buscas brasileiras na plataforma do Mercado Livre.
Toda ação tem sua reação. Além de uma das principais leis da física, esse princípio vale também para a evolução das trends no mercado. É assim que nascem as contra-tendências.
Em um momento de verdadeira profusão de tecnologias e hiperconectividade, o mercado começa a dar indícios de que os consumidores querem algo mais offline.
Já até mostramos outros dois estudos interessantes sobre isso aqui no Bizi, o The Future 100, da VML, e as principais tendências para 2025, da WGSN.
Hoje, trouxemos um material especializado em contra-tendências: o Little Book of Trends 2025, da Momentum Worldwide — que de pequeno mesmo não tem nada.
Como todo material de tendências, o ponto de partida para esse é uma mudança de comportamento: em vez da mentalidade de reiniciar, 2025 apresenta um foco especial em reinventar, conectar e revitalizar as relações humanas.
“Em 2025, os consumidores estão buscando comunidades e conexão para ajudá-los a seguir em frente positivamente e as marcas estão buscando fazer o mesmo. Elas estão reinventando seus eventos, mensagens e experiências para construir conexões mais profundas com seus públicos e promover um senso de comunidade.”
— Little Book of Trends 2025, Momentum Worldwide
Ao todo, a consultoria listou 10 tendências que seguem esse padrão e se encaixam em outras 10 microtendências, que vão desde foco em bem-estar e aprimoramento a experiências de consumo, sempre colocando o humano no centro.
Para deixar esse resumo apropriado para quem tem uma rotina bizi, listamos 4 contra-tendências principais do material. Vem conferir:
Amamos as redes sociais, esse espaço onde é possível fazer conexões e estar conectado a tudo.
Mas a percepção sobre o que fazemos por lá está mudando: 66% dos consumidores estão postando e comentando menos por lá, depois de grande quantidade de spam, conteúdos reciclados e, adivinha, feitos por IA.
Essa dificuldade de conexão real tem feito os consumidores procurarem por alternativas nesse segmento, como novos apps e plataformas que priorizam interações significativas e intencionais ao invés das escolhas do algoritmo.
“Ao entrarmos em 2025, é reconfortante ver que os consumidores estão estabelecendo novas expectativas e demandas sobre como seus mundos online e offline vão interagir.”
— Little Book of Trends 2025, Momentum Worldwide
A brincadeira com a palavra com certeza funciona melhor no idioma original, mas o importante é saber que, ao invés de substituir os educadores, a IA na verdade está potencializando esse setor.
Desde ferramentas para ajudar professores a criarem aulas interativas ou tutores de aprendizado personalizado, os ganhos são para todos.
“Professores serão capazes de focar mais no crescimento de cada um de seus alunos. E alunos podem aprender em um ritmo que se adequa a eles.”
— Little Book of Trends 2025, Momentum Worldwide
Customizar e aprimorar tem tudo a ver com expressão pessoal — que é a cara das gerações mais jovens.
A tendência aqui é o renascimento desse comportamento não no digital, mas com chaveiros, patches, pingentes e outras coisinhas que suas tias provavelmente chamavam de penduricalhos. Esse é o novo símbolo de luxo.
“A mudança faz com que mesmo pequenos itens colecionáveis se tornem experiências tangíveis, potencializadas pela nostalgia e pelo prazer tátil de possuir algo que as pessoas podem tocar, segurar e exibir.”
— Little Book of Trends 2025, Momentum Worldwide
Não tem como ser mais offline do que isso, não é mesmo?
E, por falar em redefinição do luxo, essa é mais uma contra-tendência surpreendente sobre o tema.
O estudo contextualiza que a definição de luxo é algo desejável e difícil de se obter. Mas quando esse item passa a ser mais acessível, ainda é luxo?
Com mais pessoas conseguindo ter acesso a itens desse mercado, o efeito dos produtos premium no imaginário dos consumidores não é mais o mesmo.
Para esse novo momento, as marcas estão se voltando para a característica que realmente torna suas promessas especiais: a exclusividade.
O que achou dessas contra-tendências?
No material gratuito da Momentum (em inglês) você pode conferir todas as outras, com insights e cases muito interessantes.
Depois de uma news super densa como a de hoje, trouxemos mais um pouquinho de conteúdo cabeça para finalizar.
Em um estudo com mais de 100 lideranças brasileiras de vários setores, a Bússola, editoria de conteúdo da Exame, descobriu que a habilidade mais comum nesse nível é o networking.
A pesquisa foi feita por meio de uma metodologia chamada DNA Inovador, que avalia cinco competências-chave para a inovação: questionar, observar, associar, experimentar e networking. O ranking ficou assim:
E existem pontos interessantes em cada competência. Dá uma olhada:
De acordo com a Bússola, é um desafio em todos os sentidos: enquanto uma cultura de experimentação exige desde investimento e tempo até disponibilidade de ferramentas, questionar processos pode ser visto até mesmo como desrespeito à hierarquia.
Mas uma coisa é fato: ambas são crenças limitantes do ambiente corporativo que precisam ser superadas.
“O aprimoramento de habilidades como associação, questionamento e experimentação pode ser determinante para que as empresas se mantenham competitivas em um cenário de transformações constantes.”
— Bússola, Exame
Por fim, a editoria relembra que o desenvolvimento de competências é uma constante, que envolve mais do que a atitude do profissional, mas uma cultura organizacional aberta a tudo isso.
Se fosse para falar qual é a sua principal habilidade, qual você escolheria?
💝 Depois de todos essas pesquisas e dados, só faltou mais um: você contar pra gente o que achou da news de hoje. É rapidinho, vai? Prometemos cuidar com carinho desse insight.
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