bizi | 14.11.23
Depois de um final de semana de descanso, a redação está de volta para te contar a segunda e última parte dos insights de tudo o que vimos no RD Summit 2023. Além das nossas principais descobertas das palestras que assistimos, hoje, também trouxemos alguns dados sobre esse grande evento e nosso veredito sobre ele. Bora conferir?
Se você acompanha o Bizi, viu que, durante os dias 8, 9 e 10 de novembro, estivemos junto com a equipe da Layer Up no RD Summit 2023.
Inclusive, nossa news foi escrita diretamente do Expo Center Norte, onde aconteceu o evento — cobertura praticamente ao vivo, muita exclusividade!
Caso você não tenha visto esse conteúdo, ele já está disponível no blog do Bizi, nosso diretório de news, agora com os devidos links. É só clicar aqui.
Aproveitando o momento de disclaimers, tivemos um problema técnico com a internet durante o evento e não conseguimos concluir a nossa cobertura especial em tempo real. Mas reunimos tudo em um destaque especial no nosso perfil no Instagram. Clique aqui e confira!
Mas se você já conferiu tudo isso e já está pronto(a) para mais insights, então, vem com a gente!
Para começar os conteúdos de hoje, não tinha como ser outro assunto, senão a inteligência artificial. Sim, a IA ainda é uma das pautas principais dos eventos do setor e é sempre bom saber quais os avanços e expectativas para a tecnologia.
No RD Summit 2023 ouvimos sobre esses 2 aspectos diretamente da gringa, com Ross Simmonds, fundador e CEO da Foundation Marketing, uma agência global.
Ross é canadense, mas poderia muito bem ser brasileiro: super animado e empolgado, apresentou sua palestra de forma rápida, sem respiros, mas sem deixar pontas soltas.
Uma das primeiras perguntas que ele fez à plateia foi: vocês acham que a inteligência artificial vai substituir o seu trabalho?
Se alguém levantou a mão, não conseguimos ver. Ao que Ross rapidamente respondeu “isso vai ser divertido“. E realmente foi.
Com acesso às versões mais avançadas da IA do hemisfério norte, o CEO compartilhou diversos dados, ferramentas e previsões sobre a tecnologia a partir de uma premissa:
Fomos todos enganados em algum ponto da vida por lendas urbanas que as pessoas compartilham sem nem saber a veracidade ou não. Como a famosa crença de que, se você engolir uma goma de mascar, ela vai durar por anos no seu estômago.
De acordo com Simmonds, as pessoas podem dizer isso mas, no fim do dia, os dados não mentem — e eles apontam o contrário.
Empresas gigantes estão substituindo suas equipes pela IA e os motivos são vários: produtividade, economia, competitividade, experiência, habilidades…
Ele deu o exemplo de um blogpost, com conteúdo, imagens, títulos e ajustes de SEO. Uma tarefa que levaria de 2 – 3 horas para ser feita por humanos, levou 5 minutos para ser feita por ferramentas de IA.
E isso será cada vez mais motivado pela necessidade de produção de conteúdo rápido e de qualidade.
Ross apresentou uma estatística de que as empresas que mais geram tráfego publicam 100 conteúdos por ano. Já as empresas que publicam 500 ou mais estão muito mais avançadas. Para competir com qualquer uma delas, não dá para ficar com os mesmos 2 posts/mês.
Como, então, os marketeiros podem competir com um job description assim? A resposta é simples (na teoria): aprendendo a usar essas ferramentas.
Simmonds ainda acrescentou que “ninguém quer consumir conteúdo de um robô“. Então, os produtores de conteúdo têm que usar a IA, mas garantir que se pareça com um conteúdo feito por um humano, seja adaptando a linguagem ou treinando a ferramenta.
O CEO prevê que, em apenas 5 anos, a IA estará tão avançada que poderemos pedir ao ChatGPT para criar um filme, do jeitinho que queremos e ele fará isso em minutos.
Chegando ao fim da palestra, ele perguntou novamente se acreditávamos que nosso trabalho seria substituído pela IA. Dessa vez, confesso que minha mão coçou para levantar.
Se você, assim como a redação ao final dessa palestra, já está pensando em pegar seus dispositivos eletrônicos, baixar todos os apps e começar a usar todas as ferramentas de IA, vamos com calma.
De acordo com o CEO, primeiro é preciso entender a ferramenta e saber usá-la. E esse é o segredo para não ser substituído.
Assim como os medíocres estarão fora do mercado, os bons marketeiros vão produzir conteúdos ainda melhores com a IA e se destacar nesse futuro selvagem.
Já falamos sobre dados hoje? Então chegou a hora!
Rafael Kiso, fundador da mLabs e um dos principais nomes no mercado de marketing quando se trata de métricas para mídias sociais, levou um conteúdo muito interessante para o palco do RD Summit.
Com muitos dados e pesquisas atuais sobre esse universo, Kiso trouxe 5 pontos de atenção na hora de fazer seus conteúdos e, claro, monitorá-los depois.
É preciso saber quem é e qual o tamanho do público, para saber exatamente como atingi-lo. Isso todo mundo sabe.
Mas no que isso impacta na hora de escolher seus conteúdos? Kiso explicou que, nesse caso, conteúdos virais podem ser até ruins, pois atraem um monte de pessoas que não são o seu público.
O resultado é uma taxa de alcance muito boa, mas com leads desqualificados, no final. Para ele, “cada vez mais, as mídias sociais são mais sociais, mais conversa.
Hora da polêmica! O CMO da mLabs confessou que essa é uma das perguntas que mais ouve por aí. Afinal, existe uma fórmula mágica, um padrão ideal de frequência de postagem?
A resposta curta é: não.
O algoritmo funciona de formas diferentes para cada perfil, então o tal segredo é testar e testar e testar… até descobrir a sua fórmula ideal.
Por fim, Kiso ainda garantiu que, muito mais importante do que a frequência para postar, é o número de vezes que você aparece para a mesma pessoa. E como fazer isso? Sendo constante e consistente em sua estratégia.
Mudam as redes, muda o público, mas uma coisa não muda: existem os horários de pico e os horários de baixo engajamento.
A dedução óbvia é ver esses horários de pico e postar somente neles. Certo? Mais ou menos.
De acordo com Kiso, o algoritmo não consegue entregar todos os conteúdos no horário de pico, então você corre esse risco se optar por esse caminho.
Só para se ter ideia, 40% dos posts que vemos são de pessoas que não seguimos, mas que são recomendadas ao nosso perfil. Nos horários de pico, competimos com eles também.
O ideal, então, seria postar um pouquinho antes dos tais horários de pico. Assim, o algoritmo vai entregar para uma amostra do seu público e, se for bem, ele entrega para mais pessoas quando todos estiverem online.
Por último, Kiso deixou um ensinamento atemporal: o mais importante não é o horário de postagem, mas a interação com seu público. E esses horários de pico são exatamente para isso.
Sem muitas delongas, Kiso revelou o segredo da retenção: “quando eu crio conteúdo que ajuda a reter o usuário na rede, o algoritmo vai amar.“
Graças a alguns recursos do Instagram, como os stories, as notificações de live, de canais de transmissão entre outros, as pessoas voltam várias vezes para a rede ao longo do dia.
Por isso, o que leva à retenção é estar sempre presente, aproveitando os formatos que a rede disponibiliza e, uma vez encontrados pelo seu público, que eles sejam incentivados a continuar navegando.
Finalmente, chegamos aos indicadores, a principal característica que vem à mente quando pensamos em dados para mídias sociais.
Para começar esse assunto, Kiso já foi logo deixando claro que “métricas e indicadores chave de performance (KPIs) não são a mesma coisa“.
Ele deu o exemplo do painel do carro. Aquilo são indicadores: de combustível, de quilometragem, de temperatura; mas não métricas, pois não mostram onde você vai chegar.
Entender esse ponto é o primeiro passo para conseguir estabelecer métricas melhores, mais de acordo com o seu negócio e, claro, mais atingíveis.
Para Kiso, entender a lógica das redes é como aprender a fazer contas matemáticas. Uma vez que você aprende a fórmula, você consegue fazer com quaisquer outros números.
Assim também funciona com as redes. Quanto mais você entende o comportamento do público e a forma como os algoritmos funcionam, é só ir trocando os conteúdos.
Um último recado do CMO para anotar aí e não esquecer nunca:
Você se sente inundado pelo volume de posts, trends, hashtags e tudo mais quando entra nas redes sociais? Ou é exatamente isso o que está te impedindo de entrar mais vezes?
Se você é uma das centenas de milhares de pessoas que já fizeram um detox digital, te damos as boas-vindas à era da ansiedade algorítmica, tema de uma das palestras mais incríveis que ouvimos no RD Summit 2023.
De acordo com Bruna Ortega, Account Director & Trends Specialist da WGSN (que já apareceu algumas vezes aqui no Bizi), nosso uso de redes sociais aumentou 30% nos últimos anos.
Não é à toa que muitos de nós, usuários e profissionais que trabalham com isso, se sentem sobrecarregados.
Mas, ao mesmo tempo, dados da IPSOS mostram que 71% das pessoas não conseguem imaginar sua vida sem internet. É um paradoxo moderno.
Mesmo nesse turbilhão de informações, mais dados comprovam que, na verdade, vivemos a era da desinformação, em que sabemos pouquíssimo sobre muitas coisas.
Um exemplo disso é que, mesmo com tantas conversas sobre inteligência artificial acontecendo agora, só 29% das pessoas sabem o que é um deep fake e, portanto, saberiam identificá-lo. E esse é um alerta importantíssimo!
Diante disso, principalmente quando se trata da presença das marcas na internet, temos que tomar muito cuidado com quem nos aliamos e que tipo de informações estamos reverberando. E o algoritmo é o fio condutor de tudo isso, a gente queira ou não.
Como usuários, temos que aprender a lidar com ele. Já, enquanto marcas, temos que aprender a responder a toda a ansiedade que ele gera.
Para a alegria da redação, Bruna deixou claro que não vamos debandar das redes sociais, mas sim, mudar a forma como as utilizamos. Tanto pessoas quanto profissionais e, claro, as marcas também.
Como uma verdadeira especialista em tendências, Bruna trouxe uma que, particularmente, foi a que mais chamou a nossa atenção: o critical ignoring.
De acordo com ela, vamos começar a ignorar de forma crítica os conteúdos que chegam até nós através do algoritmo.
Com o discernimento adquirido dos nossos altos e baixos com a internet ao longo dos anos, nós vamos definir o que faz sentido e o que não faz, aproveitar o que é bom e simplesmente descartar o que não é, sem ser prejudicados por isso.
Também veremos mais autenticidade, mais verdade nas marcas e influenciadores.
Outra grande tendência dessa nova fase, serão as comunidades descentralizadas. Segundo Bruna, cada vez mais as pessoas estão migrando de espaços grandes, que não dizem nada, para espaços menores, que conversam com elas.
É o que aconteceu quando o Twitter, uma das principais redes sociais da história, foi comprada por Elon Musk — e quem segue o Bizi sabe que falamos bastante sobre essa aquisição por aqui.
Os usuários começaram a sair da rede porque não concordaram ou não gostaram das diversas atualizações, e nesse momento, redes como BlueSky, Koo e o próprio Threads, começaram a ganhar mais notoriedade.
E o que isso significa para as marcas? Oportunidades de estar presente, de verdade, ajudando, de verdade, seu público.
Um momento inédito e, com certeza, muito especial.
Outros aprendizados que não couberam na news, mas ganharam seu espaço no bloco de notas da redação.
Monja Coen lotou a sala 1 com sua palestra sobre saúde mental e espiritualidade, um assunto que vimos em muitos outros conteúdos também. A líder budista começou ensinando a respirar e terminou dizendo que precisamos compreender que somos uma mistura enorme: de emoções, de altos e baixos, de mudanças e muito mais.
Uma das mentes por trás do Semrush, plataforma de gerenciamento de visibilidade online, Erich Casagrande, deu uma palestra muito interessante sobre criação de conteúdo relevante. E já deixou bem claro por onde você deve começar a se preparar para os clientes do futuro.
Em sua palestra sobre os “momentos UAU”, Lucied Manduca juntou toda a sua experiência, que não é pouca coisa, para falar sobre a experiência do cliente e como medir os resultados de tudo o que as empresas investem nessa frente cada vez mais importante.
O especialista em Account-Based Marketing, Felipe Spina, falou sobre o poder das experiências personalizadas para aumentar o sucesso das vendas complexas e ainda deu 22 exemplos.
E se você se interessar por esse assunto, temos ainda outra indicação, diretamente do RD Summit 2023, que é a apresentação usada por Samira Cardoso, CEO da Layer Up, sobre como desenhar uma estratégia de ABM, disponível gratuitamente aqui.
Para compartilhar, printar ou salvar na pastinha de insights, confira todos eles no nosso destaque especial de citações, recém-inaugurado no perfil do @bizi_today.
👀 Depois de tudo isso, podemos dar nosso veredito final: da próxima vez que o RD Summit bater em sua porta, abra!
Vimos de tudo um pouco e voltamos com nossas reservas de marketing, vendas, inovação e todos os outros assuntos que você viu por aqui, renovadas. E foi ótimo! Se estiver por lá no ano que vem, mande um salve para a redação e vamos nos encontrar para trocar bloquinhos de notas.
Mas, enquanto esse momento não chega, até a próxima news!
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