última news: Tudo o que vimos no RD Summit 2023, pt. 1

bizi | 14.11.23

Hoje, o Bizi está monotemático. É semana de evento, novamente, e, além dos stories no nosso perfil do Instagram, é claro que também traríamos aqui os principais insights — versão estendida — de tudo o que vimos no RD Summit 2023, parte 1.

INSIDE: RD SUMMIT 2023 — O MAIOR EVENTO DE MARKETING, VENDAS E INOVAÇÃO

Antes de tudo, uma breve contextualização: como um dos tantos projetos da Layer Up, o Bizi foi junto com a agência para o RD Summit 2023.

O evento é tradição no calendário da Layer há alguns anos, e é claro que a redação não ia ficar de fora. Afinal, esse é o maior evento de marketing, vendas e inovação da América Latina — e ainda tinha pontos de café espalhados pelo espaço todo — ou seja, é a nossa cara!

Todos os detalhes da participação da Layer Up no RD Summit, você encontra no perfil do Instagram, @layerupbr. Aqui no Bizi, você vai encontrar tudo o que vimos de mais interessante no evento. Então se prepare para uma news-nem-tão-rapidinha-assim da 1ª parte da nossa experiência e vamos aos insights.

Evolução constante

O RD Summit 2023 começou com o CEO da RD Station, Juliano Tubino, contando a história de como todos nós — inclusive a RD — chegamos até esse momento.

Entre os vários dados que o executivo trouxe, ele afirmou que, hoje, a tecnologia de marketing usada pelo Brasil coloca o país entre os 5 mais avançados na área. E se você foi ao RD Summit, ou a qualquer outro evento de marketing recentemente, deve saber que não é difícil visualizar essa afirmação.

Em paralelo com a 9ª edição do evento, o RD Station está completando 13 anos de operação. Tubino apresentou alguns comparativos muito interessantes de metas e perspectivas da empresa dos últimos 10 anos.

De acordo com o CEO, mais de 3.900 empresas abriram nesse período, mas mais de 900 fecharam.

A RD não somente sobreviveu a todo esse período, como também cresceu, diversificou seus produtos, fez aquisições importantes e, no RD Summit deste ano, apresentou seu mais novo recurso: o Mentor IA, uma inteligência artificial disponível para todos os produtos da plataforma.

O Mentor IA é um assistente exclusivo para uso dentro do RD Station. Ele pode sugerir títulos, pautas, ajudar em relatórios, montar um Pitch de vendas e muito mais. O assistente é treinável a partir de dados documentos, áudios e também conversas com clientes.

A premissa da novidade é “você mais produtivo e sua comunicação mais inteligente”. Por tudo o que vimos no RD Summit, achamos que tem muito — mas muito mesmo — potencial.

A estratégia perfeita

Seguindo para uma das palestras mais concorridas de todo o RD Summit, Guta Tolmasquim, especialista em branding, apresentou o segredo para a estratégia perfeita, com direito a reuniões ao vivo com o corpo diretivo de uma empresa fantasia criada especialmente para a apresentação.

A CEO do Purple Metrics, software de mensuração recorrente de branding, falou sobre distintividade e disponibilidade e como ambos são essenciais para uma estratégia de crescimento de marca.

De um jeito muito prático, ela explicou que a distintividade é como a silhueta da garrafa da Coca-Cola, ou o uso das cores vermelho e amarelo no McDonald’s. Para ela, essa é a capacidade de “alugar um triplex” na cabeça do consumidor.

Junto à distintividade, a disponibilidade é a chave para que as marcas sejam encontradas. Sabe o famoso “quem não é visto não é lembrado”? É bem por aí. 

A CEO ainda contou que a melhor estratégia de branding começa por definir o objetivo da empresa. E, na maioria das vezes, ela termina com uma conclusão ainda mais impactante: a melhor estratégia também é a estratégia possível no momento.

Para resumir tudo, a melhor estratégia, na visão (e nos dados) de Guta, é a união de branding e performance. Longe da falta de resultados a curto prazo, como muitos acreditam, é essa sinergia que traz resultados progressivos e a longo prazo.

Tudo o que tu faz contém tu

Saindo um pouco do ambiente corporativo, fomos para uma palestra sobre desenvolvimento pessoal com dois dos maiores nomes da área no Brasil: Murilo Gun e Dani de Maria Gun.

O casal fez a apresentação com o maior flow do evento — e nem é porque têm anos de casamentos, filhos e uma vida inteira compartilhada, mas porque acreditam nesse estado de energia que permeia todas as áreas da vida.

Murilo abriu sua fala com uma frase da parte de fora da Sala Fantasia, que fala sobre como as tecnologias mais avançadas não diferem da magia. Para ele, essa magia somos nós.

Com um título que chamou a atenção da redação no meio da agenda agitada do RD Summit, Murilo e Dani falaram sobre como nós somos uma variável importante a ser considerada, na verdade, o indicador de desempenho mais crucial para a saúde do negócio. E portanto, deve estar em equilíbrio.

Não temos todos os anos de presença do casal (quem acompanha, sabe o que significa). Mas nos apropriamos dos insights que ouvimos nessa palestra para compartilhar com nossos leitores, porque o Bizi também contém amor. <3

Assim, eis aqui 4 tecnologias sutis para desenvolvimento humano:

  • Auto observação: não somos nossos pensamentos, mas os observamos;
  • Respiração: a unidade mínima de meditação, que permite abrir um espaço entre eu e o que eu observo;
  • Aceitação: ao contrário do que muitos pensam, não é passividade, é a proatividade de aceitar as coisas como elas são. E isso é bom pois esse é o primeiro passo para mudá-las, se necessário;
  • Intuição: nossa capacidade de combinar coisas como ninguém combinou ainda, de criar coisas “do nada”. De acordo com Murilo, tudo o que o ChatGPT queria é poder criar as coisas do nada, sem precisar de dados prévios. E nós temos esse privilégio exclusivo.

Bom proveito e bom flow.

É hora de fazer marketing que não parece marketing

Se você está no universo de marketing, com certeza já ouviu falar dele. João Branco foi apontado como o profissional de marketing mais admirado do Brasil pela Scopen, está entre os 10 melhores CMOs do Brasil pela Forbes e é, irrevogavelmente, um grande fã do McDonald’s. Quem pode julgá-lo, não é?

Em sua palestra no RD Summit, o C-Level — que saiu do McDonald’s em abril, depois de 9 anos na empresa — falou um pouco sobre a mensagem de seu último livro lançado, Desmarketize-se, e como o novo marketing não se parece com marketing.

João começou dizendo que o Méqui (agora podemos chamá-lo assim) foi líder por muito tempo em seu segmento aqui no Brasil, até porque, a concorrência era pouca. Até que, em dado momento, perdeu seu posto para marcas que conseguiram se comunicar com as gerações mais novas.

Isso aconteceu porque o marketing continuou sendo marketing, um erro que poucos já enxergaram. E isso estraga a visão que o público tem das marcas.

Hoje, é preciso parar de fazer aquele marketing posado, fake, completamente anti natural, de banco de imagens e copys batidas. O profissional falou que quer ver um marketing que as pessoas paguem para ver e não o que as pessoas pagam para evitar. E ainda fez uma metáfora muito interessante:

Na apresentação da solução, João mostrou a primeira campanha criada no sentido contrário desse marketing antigo: Fome de Méqui. Foi ousada, criativa, totalmente inesperada… e gerou 0 resultados. O que o executivo aprendeu dessa situação e compartilhou com quem estava no RD Summit é que uma ação sozinha não muda nada. 

É preciso consistência, ser repetitivo e frequente de novo e de novo e de novo e de novo. Não só no discurso, mas também nas ações.

A recomendação máxima de João é que as marcas sejam autênticas e verdadeiras, principalmente no marketing que não parece marketing. Isso mostra consideração pelas pessoas, mostra que o público pode confiar na marca.

Para o profissional, não existe melhor estratégia de marketing do que se importar pelas pessoas que uma marca chama de cliente.

E isso se transforma em um ciclo: demonstrar consideração gera relacionamento, que gera confiança, que gera indicações, aumentar a fidelidade e o engajamento até chegar, de fato, no aumento das vendas.

Mas, quase tão importante quanto, isso também gera sensação de propósito em quem faz, de que, enquanto profissional, você fez o que deveria fazer.

Os maiores erros dos CMOs

E já que estamos na temática Chief Marketing Officer, vamos esquentar um pouco mais esse assunto com uma das palestras mais lindas de todo o evento. Tudo bem, somos suspeitos para falar, pois ela foi apresentada por Samira Cardoso, CEO da Layer Up e também nossa big boss.

Em sua palestra no RD Summit, a CEO, que subiu ao palco da plenária com um barrigão de 8 meses de gestação, falou sobre as maiores falhas da área de marketing nas empresas atuais. Vem conferir um pouquinho sobre cada uma delas:

1. Não ter ações de acordo com o objetivo do negócio;

Esse é um erro muito comum dos setores de marketing. Samira conta que, em conversas com diretores e gestores da área, eles contam que fazem muitas ações, criam campanhas e ideias, mas, muitas vezes, as coisas nem passam da porta do setor.

Para resolver, Samira deixou claro que o CMO precisa participar da definição da estratégia global da empresa – e esse recado é para todo o corpo diretivo, viu? Também é preciso estabelecer metas e, por sua vez, essas precisam ser SMART: específicas, mensuráveis, atingíveis, realistas e temporais.

2. Analisar as ações e resultados de forma incorreta ou pontual;

Para ajudar nesse processo, Samira deixou um caminho de business intelligence e business analytics a ser seguido: comece com monitoramento de indicadores para acompanhar e entender o que está acontecendo. Depois siga para a fase dos KPIs, com os reports semanais e integração de fontes de dados para ver o que aconteceu no passado. Então, entenda a importância do contexto para os dados, com relatórios mensais e data storytelling. Finalmente, você chegará no estágio de previsibilidade, onde poderá determinar, com base na modelagem preditiva, o que provavelmente vai acontecer em seguida.

3. Falta de  alinhamento com outras áreas da empresa;

Um erro que é consequência quase direta do 1º erro listado aqui. Não tem como fazer comunicação se não existe consenso. Imagine a confusão onde o marketing fala uma coisa sobre a empresa, o departamento de vendas fala outra, o financeiro fala uma terceira e ninguém concorda.

Para não cometer esse erro, é teoricamente simples: invista em comunicação clara e frequente com as outras áreas. Na prática, isso significa alinhamentos diários, mensais e etc., com equipes e gestores, além do clássico SLA entre cliente interno.

4. Não construir a equipe certa;

Samira deixou bem claro nessa parte que, de nada adiante ter o melhor software do mercado, se você contratar um profissional médio para utilizá-lo. Construir a equipe certa vai além de buscar bons profissionais, mas buscar profissionais que tenham o match perfeito com o momento da empresa e suas reais necessidades.

5. Demorar para começar a investir em branding;

Nessa parte, Samira falou sobre uma frase muito famosa por aí: feito é melhor que perfeito. Apesar dela mesma já ter repetido essa frase, ela diz que não é algo que concorda mais. Fazer as coisas de qualquer jeito é quase tão prejudicial para os negócios quanto demorar para tomar decisões que tem impacto profundo e a longo prazo no negócio. Construir um branding forte, com mensagens fortes que gerem valor e conversem com performance pode até ser mais difícil e demorado. Mas é aquele premissa para tudo na vida, quanto antes você começar, antes você vai colher os resultados.

6. Investir mal nos recursos financeiros disponíveis;

Basicamente, gastar tempo e energia em coisas que não vão trazer retorno para o negócio. Na maioria dos casos, essas coisas são ideias sem embasamento, ações que não estão no planejamento, má interpretação do mercado, ou do público, ou até mesmo de ambos. Aqui, mais uma vez, olhar com atenção para os dados é a solução. 

7. Não se adaptar às demandas do mercado e às novas tecnologias.

Por fim, esse é um dos erros mais comuns e, de alguma forma, mais aceitos pelas empresas com a desculpa de que elas estão preservando seus valores e tradição. De fato, é imprescindível se manter fiel às suas crenças e identidade de marca. Mas isso não significa que sua empresa tem que ficar estacionada no tempo e deixar de evoluir. Samira garantiu que para lidar com a velocidade com que as coisas estão mudando, é preciso testar e testar e testar. A recomendação exata foi “não se recuse, use, valide” a inovação e as novas tecnologias.

É importante dizer que esses erros não vieram das vozes da cabeça da CEO. Para fazer essa investigação, Samira conversou com diversos CMOs, de vários segmentos, para captar dores reais do dia a dia desses profissionais, assim como a forma de resolvê-los.

E, se você achou que foi muita informação, saiba que essa apresentação ainda contou com tendências de canais, formatos, comportamento do consumidor, previsões para o futuro do engajamento e muito mais.

Você pode conferir isso tudo clicando aqui, faça o download da mesma apresentação cheia de dados usada na palestra.

Sami, a redação sabe que você é leitora assídua do Bizi e gostaria de dizer: não são só as grávidas que se emocionam com um momento tão poderoso quanto o que presenciamos ontem. Obrigada por isso também! <3


👩‍💻 O Bizi de hoje foi um pouquinho diferente e talvez você precise estar menos bizi para absorver tudo o que compartilhamos por aqui. Mas a gente promete que vai valer a pena — pelo menos, a nossa maratona de 3 dias intensos de conteúdos valeu 🙂

A parte 2 dos insights do RD Summit 2023 já está disponível! Confira tudo o que também vimos por lá clicando aqui.

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