bizi | 02.02.24
O seu amor em 3 dias, não sabemos. Mas os insights mais fresquinhos do mercado, nós trazemos em menos de 30 minutos, que é o tempo que você leva para ler o Bizi e se atualizar sobre tudo o que está acontecendo no universo de marketing, vendas, inovação, negócios e tech, com destaque especial, hoje, para este último. Vem conferir!
Não sabemos se para você também é assim, mas por aqui (e por todo o Brasil) fevereiro é sinônimo de carnaval.
Exceto quando o calendário lunar determina que a data caia em março, este é o mês mais carnavalesco do calendário brasileiro e isso vale — e muito — para as marcas.
De fato, o carnaval já começou: seja nos ensaios das escolas de samba que vão desfilar nas avenidas do Rio de Janeiro e São Paulo, nos bloquinhos pré-carnaval, que já têm programação para este fim de semana, ou para as milhares de marcas que já estão executando seus planos para o Carnaval 2024.
Segundo dados da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC), no ano passado, o feriadão movimentou mais de R$ 8 bilhões no país, e a expectativa é ainda maior para 2024, principalmente para os pequenos empreendimentos.
Mas, para entrar no mood glitter e cores, uma coisa é essencial: entender como a marca se encaixa no carnaval e quem são seus consumidores.
Pensando nisso, a Logan, empresa de backbone media e dados que conecta marcas, agências e consumidores, pesquisou as intenções dos foliões para este ano e chegou a 5 perfis bem específicos:
Ou seja, o carnaval não é feito só por quem vai à rua. Existem oportunidades em todas as áreas, porque, afinal, o que todos esses perfis têm em comum é que, durante o feriado, todos continuam consumindo.
Além dos pequenos negócios, as oportunidades também estão valendo para as grandes marcas, que não deixam de — nem deveriam — marcar sua presença no carnaval.
🍻 Para este carnaval, a Brahma sugere que as pessoas tirem suas máscaras. É uma brincadeira muito interessante com as fantasias, tão características da data, mas também uma análise mais profunda sobre quem os brasileiros realmente são.
A campanha foi criada pela agência Africa Creative, com produção da Alice.
👄 Já a Trident, apostou em sua própria trilha sonora de carnaval, com o hit “Destrave a boca”, interpretado por Ludmilla e Fernandinho Beat Box, com criação da Leo Burnett Tailor Made.
Além da campanha, a Trident também é patrocinadora do bloco da cantora, Fervo da Lud, que vai acontecer nas cidades de Salvador e no Rio de Janeiro, reunindo mais de 2 milhões de pessoas. Não dá para dispensar um público assim, não é mesmo?
Gostando do carnaval ou não, não dá para negar que o mercado espera ansiosamente por ele — mesmo que seja para aproveitar uma folguinha.
E você, o que espera do carnaval?
Depois de divulgar no comecinho da semana que o primeiro chip da Neuralink já estava em um cérebro humano, Elon Musk usou sua conta do X novamente para mais uma atualização de seus negócios: uma voltinha pela Tesla com o Optimus Gen 2, robô de propósito geral da empresa.
As coisas estão evoluindo rápido na empresa de Musk, que tem como premissa a “inteligência artificial antes de tudo”.
Há algumas semanas, o bilionário também compartilhou a versão anterior do robô, o Optimus Gen 1, dobrando roupas. Depois, Musk explicou que o robô não estava executando a tarefa sozinho; Mas, desta vez, o Optimus literalmente andou com as próprias pernas.
Por falar em inteligência artificial, a Meta decidiu que, daqui para frente, vai começar a implementar chips personalizados próprios em seus data centers.
De acordo com a Reuters, a medida é uma forma de reduzir sua dependência da Nvidia, atual maior fabricante do componente, que mantém diversas empresas nesse mesmo barco, e “controlar custos crescentes associados à execução de cargas de trabalho de IA” (Forbes).
Quem também está reduzindo custos pelo mesmo motivo — mas não necessariamente pelo mesmo propósito — é a Apple. A big tech prevê que a produção de iPhones deve cair 15% este ano.
A causa, segundo o analista Ming-Chi Kuo, é um “paradigma no design de celulares de alto padrão”. Em outras palavras, a chegada de celulares com recursos de IA ao mercado, como o Galaxy S24, que falamos nessa news.
A partir dessa previsão, as especulações são de que a inteligência artificial pode chegar à Siri, assistente do sistema iOS, ainda neste ano e que, mesmo sem IA, a Apple ainda deve produzir 200 milhões de unidades em 2024.
Por último, mas não menos importante, voltamos à Meta para falar da audiência no Senado dos Estados Unidos, que o CEO Mark Zuckerberg participou na quarta-feira (31 de janeiro).
A sessão também contou com a participação do CEO do TikTok, Shou Zi Chew, e faz parte de uma tramitação no congresso norte-americano para criar uma legislação sobre empresas de mídia social e a responsabilidade sobre o conteúdo gerado por elas.
Zuckerberg aproveitou o momento para dizer que empresas como Apple e Android também deveriam controlar o acesso de crianças e adolescentes às redes sociais, como a Meta faz.
Mas o destaque da sessão foi para o momento em que Zuckerberg pediu desculpas às famílias que estavam presentes, cujos filhos crianças e adolescentes se machucaram ou se suicidaram depois do contato com conteúdos nocivos nas plataformas da empresa. Será que o pedido basta?
+ News in tech:
Uma análise do Rabbit, dispositivo apresentado na CES 2024, que segundo o Meio & Mensagem “é um tech anti-tech”.
6 tendências de inovação e tecnologia para 2024, de acordo com a Gartner. Tem conteúdo desde promessas na IA, é claro, até tecnologias verdes.
Se você sempre se perguntou como uma trend vira uma trend no TikTok, essa editoria é para você!
No TikTok Awards Reverse, um evento da plataforma que aconteceu ontem, Beatriz Ramires, Marketing Insights & Strategy Manager do TikTok, explicou tudo sobre essas correntes que movem a rede vizinha.
O Bizi não estava lá, mas a Propmark estava, por isso conseguimos trazer todos os insights que vimos na revista, resumidos aqui para você. Confira.
A pauta do evento foi baseada nos ganhadores do TikTok Awards 2023 (a primeira edição do evento apareceu aqui na news, inclusive) e como eles conseguiram chegar lá. Mas, sem mais delongas, vamos às revelações.
De acordo com Beatriz, existem 3 pontos cruciais sobre as tendências:
Fonte: Propmark
Enquanto as duas primeiras duram um longo prazo, os momentos têm curta duração e são o que conhecemos como “em alta” na plataforma.
Ainda sobre as tendências, a executiva destacou que os usuários vivem hoje uma dualidade de interesses e conteúdos. Ao mesmo tempo em que há mais consumo de conteúdo e cotidiano acelerado, as pessoas também estão demonstrando a vontade de desacelerar a rotina e estabelecer conexões verdadeiras.
“Outro ponto destacado foi que, junto com os avanços tecnológicos acelerados, as pessoas também estão vivendo uma insegurança quanto ao papel dessas tecnologias na sociedade.”
— Propmark
Junto a Brand Strategist, Marina Dias, e a Creative Leader, Marina Landherr, Beatriz também apontou os 3 tipos de conteúdos encontrados hoje no TikTok:
O consumo desses conteúdos é específico, com objetivos de aprendizado, inspiração ou conexão com outras pessoas.
As principais hashtags de intencionalismo são:
Literalmente, são conteúdos que criam essa fuga da realidade e alienação, o que muitos usuários desejam.
As principais hashtags de escapismo são:
Os vídeos de comunidade são aqueles em que os usuários buscam conexões com outras pessoas para potencializar suas individualidades.
As principais hashtags de comunidade são:
Para as executivas, as principais dicas para usar a plataforma compartilham uma premissa bem simples: estimular os aspectos exclusivos de cada cliente, independentemente do tipo de conteúdo ou trend. Quanto mais uma marca conhece seus clientes, mais sentimentos de confiança e pertencimento ela consegue gerar.
“As executivas também ressaltaram a importância das empresas prestarem mais atenção nas linguagens e permitirem que as marcas caminhem para um lado que fuja um pouco da realidade do cotidiano e brinquem mais com o lúdico.”
— Propmark
Mas para além do sucesso que as marcas estão fazendo no TikTok, a rede passa por um momento de instabilidade gigantesco que começou, na verdade, com o fim de um contrato importante com a Universal Music.
Se você conhece pelo menos um pouquinho do TikTok, sabe que as músicas são parte fundamental do conteúdo, muitas trends só acontecem por causa delas. Mas depois de uma falta de acordo entre as empresas, o contrato, que existia desde 2021, não foi renovado no dia 31 de janeiro deste ano.
De acordo com a Universal Music, a empresa teria apresentado 3 propostas de renovação ao TikTok, com algumas taxas a mais para compensar artistas e compositores e protegê-los dos possíveis efeitos nocivos da IA.
Já, de acordo com o TikTok, a prioridade da Universal nas propostas era a própria ganância e não os artistas. Que climão!
Segundo o Gizmodo, músicas de perfis como o de Olivia Rodrigo e a queridinha do pop (e da nossa news), Taylor Swift, já não estão mais disponíveis na rede.
Nessa briga de gente grande, quem já está sentindo os efeitos são os usuários, que tiveram muitos vídeos silenciados.
E não são poucos, viu? Vale lembrar que os direitos da Universal Music incluem nomes como Adele, Justin Bieber, Beatles, Coldplay e muitos mais.
Vamos esperar pelos próximos áudios desta orquestra.
Sabemos que não é fácil manter o foco nos negócios. O mercado muda constantemente e, como vimos aqui, novas trends e tecnologias surgem todos os dias…
A única coisa que sabemos é que, como C-levels, é crucial estar atento a tudo isso.
Como então manter o foco no quadro geral e nos problemas que, de fato, a empresa tem — e pode — resolver?
De acordo com Marty Zwilling, founder e CEO da Startup Professionals, existem 6 passos para direcionar suas energias para o big picture, como apresenta em seu artigo na revista Inc.
Para o CEO, os líderes mais bem-sucedidos que ele conhece são pessoas experientes primeiro e experts em suas áreas depois. Ou seja, existem princípios mais importantes do que só ficar de olho nas tendências. Vem entender melhor:
Zwilling afirma que aprender é um requisito constante para todo líder.
Não é porque saímos da escola que deixamos de aprender; na verdade, é exatamente o oposto! Especialistas acreditam que, com tantas mudanças, o que os universitários aprendem no segundo ano de formação já é obsoleto quando se formam.
Por isso, não deixe de pesquisar todos os dias um pouquinho. O adendo da redação aqui é que, às terças e às sextas-feiras, podemos te ajudar especialmente nessa missão.
É importante buscar conhecimento de quem já passou pelo que você está passando agora.
A dica do CEO é que você faça perguntas, escute e mantenha a mente aberta para ouvir pontos de vista diferentes de tudo o que você já viu. Aliás, é exatamente esse o objetivo.
Falar não custa nada, não é? Principalmente quando se trata de ideias inovadoras para o seu negócio.
Zwilling insiste para que você não espere alguém te pedir uma ideia ou até mesmo esperar para que essa ideia esteja “pronta” antes de contribuir com ela.
Para o CEO, os melhores profissionais de negócios são os que possuem o melhor “livrinho preto” de contatos.
“Seja por contato pessoal ou através da empresa, eles estão constantemente em busca de pessoas mais inteligentes e experientes em suas áreas. Networking requer compartilhamento e também aceitação.”
— Marty Zwilling, Inc
Ao contrário de amigos que dirão o que você quer ouvir, um mentor vai dizer o que você precisa ouvir.
Zwilling deixa claro que os dois são importantes em momentos distintos, mas é bom não confundi-los. E, mais importante que ambos, é também a autogestão e orientação para o panorama geral da empresa.
Por fim, quanto mais conhecimento sobre o próprio negócio, mais “perspicácia empresarial” você terá e, consequentemente, mais foco para trazer a inovação real e vencer os desafios.
O executivo finaliza dizendo que toda decisão de negócios é uma busca pelo máximo retorno do investimento (ROI), independentemente de sua natureza.
No fim das contas, toda empresa é movida por 5 motores: dinheiro, lucro, ativos, crescimento e pessoas. Qualquer outra coisa que não faz parte diretamente disso, como a tecnologia e tendências, pode ter um papel secundário.
“O panorama geral começa com um esforço contínuo para compreender melhor os elementos básicos do negócio, bem como os elementos tecnológicos e humanos. O próximo passo é utilizar todos os elementos de business intelligence disponíveis hoje para classificar e priorizar a enxurrada de informações e evidências de mudanças contínuas no mercado que nos rodeia.”
— Marty Zwilling, Inc
E aí, essas dicas fazem sentido para você? Já coloca alguma delas em prática no seu dia a dia profissional?
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