última news: Todas as alternativas anteriores
bizi | 15.08.23
Lembra quando nas provas de múltipla escolha a opção certa quase nunca era o “todas as alternativas anteriores”? O Bizi de hoje veio para provar que, tanto na vida quanto no mercado de trabalho, uma boa opção nunca anula a outra e que as dualidades só contribuem para o crescimento do nosso setor. Vamos lá?
FRAMEWORK: Treinando as novas gerações para o mercado de trabalho
Nem precisamos revelar a idade da redação para dizer que esse assunto importa para nós, afinal, importa para todos.
Na verdade, aqui no Bizi amamos falar sobre essa mistura gostosa que é ter várias gerações atuando juntas no mercado de trabalho. É uma das aventuras da vida adulta.
A dúvida que fica é: será que as empresas também estão falando sobre isso? Porque, se não estão, deveriam.
Quando trazemos esse tema, é quase que automático pensar em como as gerações mais novas mudaram a forma das empresas se posicionarem e comunicarem seus produtos e serviços, enquanto clientes.
Inclusive, a VP de Marketing da Coca-Cola para a América Latina, Claudia Navarro, falou sobre como a geração Z ajudou a acelerar o processo de transformação digital e a evolução dos canais de comunicação da empresa.
— Forbes
Entre as ações nesse sentido estão experiências virtuais em plataformas como Sprite Limelight ou Coke Studio, além da famosa co-criação de sabores com creators e marcas, que conversam especialmente com a genZ.
Mas esses jovens também estão ajudando as empresas a transformarem o mercado de trabalho, enquanto colaboradores.
Dá para dizer tranquilamente que se dependesse só dos baby boomers ou da geração X, talvez não teríamos evoluído tanto em termos como cultura organizacional, employer branding, benefícios flexíveis, ambiente de trabalho saudável e tantos outros.
Já falamos sobre algumas demandas da geração Z por aqui, mas sempre no sentido de aprender com eles, adaptar processos a eles e aproveitar o que eles têm de melhor.
O que chamou a nossa atenção, porém, foi o fato de ensiná-los, já que fazemos parte de gerações mais experientes nesse ambiente, os famosos “velhos de guerra”. Inclusive, um artigo da Forbes deixou claro que passar esse conhecimento é nossa tarefa.
Apesar de serem nativos digitais, naturalmente colaborativos e ter muita facilidade em aprender processos técnicos, uma das falhas dessa geração está nos relacionamentos.
Em uma análise bem superficial, podemos dizer que o digital prejudicou um pouco esse aprendizado.
Longe de nós criticar o meio, mas temos que concordar que os aparelhos eletrônicos inibem um tanto as nossas soft skills sociais.
Mas, além disso, o que pegou essa geração em cheio foi a pandemia da covid-19. Para quem está se formando agora, por exemplo, quase todos os semestres aconteceram na pandemia.
Também por conta do isolamento social, a geração Z não conseguiu desenvolver algumas habilidades interpessoais importantes que refletem diretamente em seu comportamento dentro do mercado de trabalho.
Assim, cabe a nós, os pré-pandêmicos, ajudar no desenvolvimento dessas finesses comportamentais. Segue a lista da Forbes com dicas preciosas para essa missão:
1. Identifique onde eles precisam de ajuda
Ou seja, antes de agir (ou julgar), observe. Pode ser que seus novos colaboradores estejam bem crus em alguns aspectos, mas um pouco mais preparados em outros.
“De acordo com o Departamento do Trabalho dos EUA, profissionalismo, ética de trabalho, comunicação corporativa, colaboração, pensamento crítico e resolução de problemas são algumas das habilidades interpessoais mais valiosas no ambiente profissional.”
— Forbes
Assim, dependendo da área de atuação da empresa, as prioridades dentro disso podem mudar. E é você quem vai escolher, depois de ponderar com atenção, quais soft skills aprimorar primeiro.
2. Crie um ambiente de aprendizado descontraído
Imagine chegar em uma empresa nova e se sentir tenso o tempo todo porque todas as pessoas e processos são muito formais. Se você for um profissional 50+, talvez isso não faça a menor diferença, mas para um jovem que está começando agora, muda tudo.
Estudos comprovam que criar um aprendizado descontraído é mais eficaz para a maioria das pessoas. Por isso, independentemente se é presencial, home office ou híbrido, torne o ambiente menos rígido e mais acolhedor na hora de ensinar.
Pedir a opinião e ideias dos colaboradores para desenvolver esse processo é uma ótima dica para deixar esse momento ainda mais informal e produtivo.
3. Dê oportunidades reais de crescimento
Não adianta só dizer que tem plano de carreira ou ensinar habilidades importantes se você não pretende dar continuidade ao crescimento profissional desses jovens no mercado de trabalho.
Mesmo que alguns tenham um longo caminho a percorrer para chegar aos cargos mais altos da liderança, dê oportunidades para que eles comecem aos poucos.
Workshops práticos, dinâmicas de grupo e simulação de conflitos que precisam de resolução são bons jeitos de desenvolver os mais jovens. Mas envolver os mais velhos para atuarem como guias, estimulando e orientando esse aprendizado, também é essencial.
4. Conecte os mais jovens com mentores
Essa dica é uma continuidade do que acabamos de falar. Não só em dinâmicas, mas em tempo integral, ter uma pessoa como consultor ou mentor dos seus novos colaboradores pode trazer inúmeros benefícios para ambos e para a empresa, é claro.
De acordo com a Forbes, 88% das organizações usam mentores para melhorar o desempenho dos funcionários.
Essas figuras podem ser gerentes ou supervisores da própria companhia ou consultores contratados fora da organização.
O que importa é a orientação específica sobre os desafios da empresa e também questões pessoais do colaborador.
5. Tenha uma comunicação aberta
Por fim, as empresas devem manter uma comunicação aberta, com processos transparentes — inclusive com feedbacks técnicos e comportamentais — e incentivo ao diálogo.
Só assim os colaboradores se sentirão seguros em perguntar quando tiverem dúvidas, manifestar suas dificuldades e sinalizar corretamente onde precisam de mais ajuda. E olha que isso não é só para os mais novos.
Segundo a Forbes, “um estilo de comunicação aberta é essencial para ajudar os funcionários a desenvolver suas habilidades interpessoais.”
Por isso, nunca abra mão de uma comunicação corporativa aberta, clara, pessoal e eficaz para cada um e todos os seus colaboradores.
Não é um processo fácil, a gente sabe. Existem muitas divergências na forma como gerações distintas pensam e agem, e não é diferente no mercado de trabalho.
Mas se existe uma solução que nunca envelhece é a empatia.
Incentivar a colaboração, a troca de experiências e a disponibilidade de aprender com a visão de mundo do outro será sempre mais produtivo.
E por aí, como anda essa união entre gerações?
DATA NOSSA DE CADA DIA: 48% de toda a verba de publicidade em 2022 foi destinada para a TV
Definitivamente, a TV não desligou.
Mesmo com a chegada do digital, com todos os dispositivos móveis que existem e com tanta flexibilidade em outros canais, a televisão continua sendo uma queridinha dos brasileiros.
No último dia 11, inclusive, foi comemorado o Dia da Televisão. Não por acaso, também o Dia de Santa Clara de Assis, padroeira deste meio. Para ver como o Brasil é fervoroso no fandom.
Dito isso, é claro que o meio ainda é destaque na estratégia de mídia das marcas. E os dados comprovam:
Segundo o Conselho Executivo das Normas-Padrão (Cenp), dos R$21 bilhões que foram investidos em publicidade no Brasil em 2022, mais de R$10 bilhões foram destinados para as TVs aberta (41,7%) e paga (6,3%).
— Propmark
Para ir mais fundo no tema, a Tunad fez um levantamento com as 10 marcas que mais anunciaram na TV durante o segundo trimestre deste ano.
Já imaginava esse volume de inserções ou até mesmo de investimento?
Por mais que o meio não seja tão unânime quanto já foi um dia, a TV ainda tem muita relevância para o público e, consequentemente, para as marcas.
É sempre bom olhar para o futuro e para os novos meios, mas sem esquecer das oportunidades importantes esperando no agora.
WOW: De mãos dadas
Nada de falar sobre as facilidades do market place, dos cupons ou das vantagens do envio mais rápido do Brasil. O tema da nova campanha do Mercado Livre é o combate à polarização.
Usando um de seus símbolos mais poderosos, o aperto de mão, a marca falou sobre focarmos nos pontos em que concordamos, ao invés dos pontos em que divergimos. Achamos que tinha tudo a ver com a news de hoje!
Por isso, sem mais delongas, vamos deixar o comercial falar por si. Clique aqui e confira o clipe oficial. 🤝
PREVISÃO DO MERCADO: Tendências para o futuro do Trade Marketing
Ainda faz sentido falar de trade marketing em pleno 2023. É isso mesmo, essa não é uma pergunta, mas sim, uma afirmação.
A essa altura da news, você já deve ter percebido que somos muito mais favoráveis à união dos poderes (tipo o Capitão Planeta) do que à divergência ou à decisão obstinada de seguir uma só tendência, um só canal, um só modo de fazer as coisas.
Se nem uma só newsletter existe, quem somos nós para julgar a diversidade de opções, não é mesmo?
Mas voltando ao assunto do primeiro parágrafo, o trade marketing ainda não pode ser descartado das suas estratégias e talvez isso nunca aconteça.
Afinal, o foco dessa estratégia é gerar melhores pontos de venda, promoções e ativações que, apesar de você ter pensado automaticamente no offline, não dissemos aonde.
Mesmo com o e-commerce e outros meios digitais crescendo tanto, um estudo da Y’ALL, divulgado pelo Meio & Mensagem, mostrou quais são as expectativas para o futuro do meio e porque você deve investir nele.
No geral, as primeiras impressões da pesquisa trazem o foco em bem-estar, saúde mental, hábitos mais saudáveis como um todo e também o aumento da percepção sobre o que consomem.
- 38% dos consumidores disseram ter um melhor entendimento dos seus valores;
- 31% se tornaram mais conscientes do que estão comprando e dos seus motivos para a compra.
De acordo com o Meio & Mensagem, há ainda um aspecto voltado para a conveniência e a sustentabilidade.
Como exemplo, muitos jovens optam por lanches no lugar de refeições e 83% acreditam que o preparo de alimentos deve evitar o desperdício. 63% ainda disseram que é importante comprar alimentos de origem sustentável.
Mas um dos destaques da pesquisa é justamente a interação com a tecnologia, tanto dentro, como fora dos pontos de venda.
Graças ao uso da tecnologia, o trade marketing está se reinventando e evoluindo cada vez mais na oferta de experiências.
Segundo a pesquisa, houve um aumento de 40% nas promoções híbridas, caracterizadas por recompensas como cashback, por exemplo.
Além disso, outras tendências apontadas pelo estudo foram:
- PDV como canal de educação para campanhas e promoções;
- Exclusividade e personalização da experiência;
- “Premiunização” de itens, edições especiais, parcerias, etc.
- Co-marketing e cross-selling
Ou seja, ainda tem muito mais para ser visto e divulgado nesse meio. Já conhecia essas tendências do trade marketing? Compartilhe sua experiência com a gente!
♻ Novo e velho juntinhos. De tempos em tempos, vale a pena reciclar nossos gostos, nossos processos e até nossas crenças. Mas tão importante quanto dar espaço para o novo é saber manter o que ainda faz sentido e traz resultados. Até o próximo Bizi!
