bizi | 08.04.25
Qual é o limite dos testes de IA?
Depois de algumas semanas de discussões sobre até onde a inteligência artificial pode se basear, criar e até reproduzir a arte como algo inédito, ainda não mudamos a pauta.
Na semana passada, um novo episódio reacendeu essa conversa: o diretor comercial da Davinci Production, David Blagojević, divulgou o filme “KFC AI Food + Beverage Tests – Pt. II – ‘Ready 2 Roll’” em seu perfil no Instagram.
O teste é uma campanha fake (mas não foi esse o problema), feita com IA (foi esse aqui), para o KFC.
De acordo com Blagojević, esses testes têm cunho somente experimental para ver o que a IA pode fazer quando se trata de fotorrealismo no setor de comidas e bebidas.
Vale dizer que a especialidade da Davinci Production são os filmes e, aparentemente, o diretor quis descobrir como a tecnologia se sairia, fazendo seu próprio trabalho.
Só que o diretor responsável pelas reais campanhas do KFC, Joris Noordenbos, não gostou nada da experimentação. Após ver o vídeo comparativo entre o teste e a campanha produzida por ele, não dá para julgá-lo por isso.
O diretor continuou dizendo que “a IA traz excitação e desconforto para a indústria criativa”. Mas, para ele (e para a redação), as ferramentas devem ser usadas para potencializar a originalidade dos conteúdos — e não simplesmente replicá-los.
No início desta semana, o diretor da Davinci ainda publicou este vídeo, detalhando o processo criativo (apesar das controvérsias) do teste com a IA.
Entre os detalhes, ele conta que foram mais de 300 horas de planejamento, criação e edição, e mais de 20 mil imagens geradas pela IA — mais de 100 para cada shot do comercial.
Mas, pelo jeito, nada disso foi suficiente para se livrar das críticas. Desde o primeiro post (e agora também em vários outros), os usuários não estão poupando críticas ao teste com o KFC. Qual é a sua opinião sobre isso?
Assim como no caso dos prompts “imitando” o estilo das animações do Studio Ghibli, a reflexão não é apenas se a IA está certa ou errada, mas como nós, que a controlamos, escolhemos usar a tecnologia.
…Do outro, está o novo conceito da LG, “menos artificial, mais humano”, para divulgar seus assistentes de IA. Uma visão mais positiva de onde a tecnologia pode chegar.
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