bizi | 05.07.24
Para começar a news de hoje com atualizações, trouxemos um apanhado de tudo o que rolou no mundinho da inteligência artificial — que está cada vez maior — nesta semana.
Começando por um assunto que já está rolando há algumas semanas, a Meta recebeu um ultimato do governo brasileiro sobre um uso de dados suspeito.
Caso você tenha perdido os primeiros capítulos, no dia 16 de junho começou a valer uma atualização nos termos de uso da empresa que permitem o aperfeiçoamento e treinamento da IA da Meta por meio de posts de usuários nas redes sociais proprietárias (Instagram, Threads, Facebook e WhatsApp).
É claro que isso gerou muita polêmica e fez com que órgãos reguladores de todo o mundo se movimentassem para estabelecer limites mais rígidos que impeçam esse uso.
Assim, chegamos ao pedido feito pela Secretaria Nacional do Consumidor (Senacon), órgão ligado ao Ministério da Justiça e Segurança Pública do Brasil, emitido na última terça-feira.
O pedido (na verdade, exigência) inclui 3 objetivos principais:
“Caso isso não seja possível, a companhia pode ser enquadrada no Código de Defesa do Consumidor (CDC) e na Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD), o que significaria até a aplicação de multas.”
— Tecmundo
Ou seja, um pouco de avanço, um pouco de “li e aceito os termos de uso” e um pouco de polêmica. Nada de novo para a Meta.
Por falar em IA em solo brasileiro, o projeto de lei que regulamenta o uso da tecnologia por aqui avançou mais um pouco no Senado.
“O PL 2338/2023 define regras sobre direitos de pessoas ou grupos afetados por essa tecnologia, avaliação prévia e classificação de riscos desses sistemas, responsabilidade civil, comunicação de incidentes graves de segurança, supervisão, fiscalização e estímulo à inovação.”
— Rádio Senado
Algumas dos pontos principais do PL são:
A Comissão Temporária Interna escolhida para analisar e discutir o projeto vai votar sobre ele na próxima terça-feira (9).
Enquanto a IA avança em alguns sentidos, em outros, seu desenvolvimento apresenta um enorme desafio. É o caso do Google, que atualmente tem sua meta ambiental ameaçada pela manutenção e avanço da sua IA. Que dilema!
“Mas como que uma tecnologia pode impactar o meio ambiente assim?”
Te explicamos de um jeitinho bem Bizi: para manter uma ferramenta de IA, como o Gemini, funcionando, são necessários data centers gigantescos.
E se o seu PC já consome bastante energia durante um dia de trabalho, imagine quanto esses centros não consomem? Tudo isso gera emissões de carbono que não tem nada a ver com os objetivos mais sustentáveis do Google.
De acordo com a Agência Internacional de Energia, as previsões não são muito promissoras:
É claro que as empresas de IA podem sempre investir em energias renováveis e fontes limpas (aliás, elas deveriam, independentemente do avanço tecnológico). Ainda assim, administrar o uso de tanta energia é um desafio para a corrida da IA.
A partir de agora, quando falarmos em regulamentação da tecnologia, essa também é uma das preocupações inclusas.
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