bizi | 02.04.24
Em mais um lançamento de deixar os desconfiados de cabelo em pé, a OpenAI anunciou nesta semana a Voice Engine, sua mais nova IA capaz de recriar a voz humana.
Mas muita calma nessa hora! O nome é provisório, os testes estão acontecendo com poucas e seletas empresas e talvez a tecnologia nem chegue ao público final. Portanto, por enquanto, não precisa ter medo de golpes clonando sua voz.
A própria OpenAI admitiu que sabe que esse é um território delicado e apresenta uma série de riscos. A big tech disse que conta com um sistema de feedbacks para prevenir qualquer problema.
“Estamos nos unindo a parceiros do governo dos EUA e internacionais, veículos de mídia, entretenimento, educação, sociedade civil e além, para garantir a inclusão de seus feedbacks conforme desenvolvemos [a Voice Engine]”.
— OpenAI, Canaltech
Mas, acima dos receios, está a motivação para criar a tecnologia. De acordo com a OpenAI, é “ajudar indivíduos não verbais a se expressarem mais plenamente”.
Além disso, outros benefícios listados pela empresa são:
Como todos os outros lançamentos de IA que vimos até agora, esse impressiona pelo grande potencial e assusta pelo mesmo motivo. Vale lembrar, inclusive, que a Voice Engine nem é a primeira IA que replica a voz humana.
O que precisamos mais urgentemente que qualquer atualização da tecnologia, é uma boa regulamentação de como podemos usá-la.
Enquanto a dona do ChatGPT não para, a Samsung anunciou nesta semana também que a Bixby, assistente virtual da empresa, vai receber recursos de IA em breve.
A assistente de voz lançada em 2017 está presente não só nos smartphones, mas também nas SmartTVs e outros dispositivos da Samsung.
Ela já conta com uma integração com a suíte Galaxy AI — é possível acionar funções do chatbot apenas por voz, sem tocar na tela. Mas a empresa não planeja parar por aí e, apesar de dizer que o objetivo não é transformá-la em um ChatGPT, ela será mais inteligente no futuro.
Ainda na temática “medo do que pode dar ruim”, o Google terá que destruir bilhões de dados de navegação de seus usuários depois de um processo que corre no tribunal federal de Oakland, na Califórnia.
Apesar da movimentação do caso nesta semana, a ação começou em 2020 por um bom motivo. Os autores afirmam que a big tech coletava dados mesmo na chamada navegação privada.
Além de apagar o que nem deveriam estar armazenando, o acordo sugerido pelos advogados pode chegar a custar US$ 7,8 bilhões para o Google. Dados salgados!
E não é à toa que ações assim tem se tornado cada vez mais comuns, mesmo entre os mais novos. De acordo com um levantamento da Kids Corp, 57% dos jovens na América Latina estão preocupados com a sua privacidade na internet.
Nesse caso, a questão não interfere somente na forma como as marcas usam os dados, mas também como comunicam esse processo ao público.
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