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bizi | 24.03.23

DATA NOSSA DE CADA DIA: 61% das mulheres estão muito engajadas com o ESG

Qual é o seu nível de comprometimento com a agenda ESG na sua empresa? Bom, se você for mulher, a probabilidade dessa resposta ser bem positiva é grande.

Um estudo da MindMiners, em parceria com o Google, apontou que 61% das mulheres estão “muito engajadas” com as pautas ESG, em comparação com 39% dos homens.

Quem mais aparece nesse quadro são mulheres com mais de 45 anos, das classes A e B, da região Sudeste — mais um indício de que a conscientização sobre o tema ainda é nichada no nosso país.

Em complemento ao relatório da MindMiners, um estudo da FGV comprovou que as empresas com melhor avaliação para riscos socioambientais contam com diretoras e conselheiras, quando não ambas.

Conduzido por Monique Cardoso, Mestre em Gestão de Competitividade – Linha Sustentabilidade FGV EAESP, mostrou que 72% das empresas com alta pontuação* ESG têm, no mínimo, uma mulher no conselho administrativo e 52% delas têm mulheres na diretoria.

*a pontuação vem do ESG Score, elaborado pela agência de rating Arabesque S-Ray

Para entender melhor esse perfil que promove a agenda ESG no país, Monique entrevistou executivas de alto desempenho em empresas com alta pontuação ESG e também empresas que ficaram abaixo da média na classificação.

As 3 principais características presentes na jornada das mulheres entrevistadas, segundo elas mesmas, foram:

  • Estar sempre aprendendo, o que explica porque elas potencializam a busca das empresas pela melhoria constante nas políticas ESG;
  • Necessidade se provar na gestão e se posicionar constantemente perante a liderança, provando que o machismo ainda está presente nas estruturas, independentemente do avanço ESG;
  • Ser mãe como principal qualidade, contrariando o discurso de que a maternidade pode atrapalhar o desempenho das mulheres enquanto profissionais.

“A maternidade (…) traz uma visão de futuro que é essencial para empresas preocupadas com ESG. ‘Tendo ou não filhos, a mulher traz um olhar de mãe, e este é um olhar interessante para um corpo executivo. Filho é uma coisa que te atualiza constantemente, te traz desafios diários. Isso tudo te faz uma pessoa mais completa’, pontua a VP de RH, primeira mulher a chegar ao C-Level de uma grande rede bancária com pontuação acima da média.”
— A Liderança Feminina na Agenda Sustentável

Outro aspecto interessante da pesquisa é sobre a atitude das empresas perante o ESG.

Enquanto empresas com alto desempenho têm uma atitude proativa em relação ao tema, empresas com desempenho menor são reativas, se envolvendo no assunto para conter crises ou melhorar a imagem no mercado.

Entre os motivos apontados para essas reações também é interessante notar a diferença de percepção: 

Enquanto nas empresas com melhor ESG as respostas giram em torno de “aumentar a diversidade e fazer a coisa certa”, nas empresas com ESG abaixo da média, o “cuidado e sensibilidade atribuídos às mulheres” ganham mais destaque.

Para ambos os grupos, o alinhamento dos valores ESG com princípios pessoais também aparece em destaque e prova, mais uma vez, que as características femininas podem ser usadas a favor da empresa.

De acordo com Monique, a pesquisa mostra que, diferente dos homens, “as mulheres não pautam seu discurso naquilo em que são ou podem ser, mas sim, naquilo que as diferencia deles.”

A autora do estudo conclui propondo que esses índices, da presença e porcentagem de mulheres na diretoria e liderança das empresas, deveriam ser incluídos nas metodologias de análise ESG.

Para continuar a pesquisa sobre o assunto, ambos os estudos estão disponíveis gratuitamente nos links indicados e cheios de insights sobre a percepção que as empresas têm das práticas ESG. Boa leitura!


ESTA É NEW: Pesquisa antes, compra depois

Que o comportamento dos consumidores está diferente, a gente já sabe. Mas, ao invés das novas tecnologias geraram mais impulsividade, como era a previsão, os novos rumos do consumo parecem mais… conscientes

Estudos encomendados pelo Google às empresas Ipsos e Offerwise mostram que agora os consumidores pesquisam mais antes de realizar uma compra.

  • Segundo a Offerwise, 9 em cada 10 brasileiros passaram a pesquisar mais antes de comprar, seja de lojas físicas ou ecommerce.
  • No Natal passado, 64% do tempo total que os brasileiros passaram online foi dedicado à pesquisa de presentes.
  • No mesmo período, 87% usaram seu smartphone para pesquisar itens de desejo.

As pesquisas mostraram também que o comércio online cresceu 82% desde a pandemia, evento marcante em muitos sentidos, inclusive para o setor.

A pesquisa relembrou que, devido ao isolamento, muitas pessoas fizeram sua primeira compra online em 2020 e os itens são os mais variados:

  • Produtos de limpeza – 47%
  • Alimentos e bebidas – 47%
  • Medicamentos – 46%
  • Produtos para pets – 45%
  • Roupas, calçados e acessórios – 41%

As pesquisas também trouxeram insights sobre os meios de pagamento mais utilizados:

  • 65% das pessoas esperam usar mais o PIX para compras futuras.
  • Carteiras digitais aparecem logo na sequência, com 47% da preferência.
  • Em seguida vêm os tradicionais cartões de crédito (41%) e débito (36%).

Mas o interessante foi a resposta de 51% dos entrevistados: os consumidores esperam que novas soluções surjam nos próximos anos. Será que veremos um PIX 2.0 vindo aí?

Sobre as amostras, a pesquisa da Offerwise foi realizada com 2 mil brasileiros maiores de 16 anos, que fizeram compras online pelo menos 1 vez no segundo semestre de 2022.

E a pesquisa da Ipsos conversou com cerca de 3.700 cidadãos entre outubro de 2022 e janeiro deste ano.


PREVISÃO DO MERCADO: Tudo novo — ou, nem tanto

“Previsões não são adivinhações, e sim catalisadores de inspiração e ação”.
— Scott Galloway

É com essa frase que a WGSN, junto com a Bits to Brands, abre o seu relatório de Tendências de comportamento e tecnologia para marcas em 2023 (e além) — e o restante é tão bom quanto o começo.

A editoria anual que existe desde 2020, trouxe alguns insights curiosos este ano. Entre eles, o olhar para o passado, sim, em um material de tendências.

Acontece que a nostalgia e diversos movimentos gerados pelo pós-pandemia trouxeram de volta sentimentos resgatados de outras épocas. É nesse espaço entre o “novo e o normal” que o relatório encontrou suas previsões.

Para compor a quarta edição da curadoria, foram escolhidos 6 temas principais:

  • Criatividade artificial
  • Branding que performa, performance que marca
  • Cultura do conforto
  • Influência S/A
  • Redes menos sociais
  • Nutrição digital

Cada uma delas traz uma explicação do surgimento e do processo de se tornar uma tendência importante o suficiente para estar no relatório, exemplos recentes e os principais aprendizados sobre o tema.

O objetivo da parceria é oferecer um conteúdo estratégico para servir de base à comunicação das marcas em 2023. Por isso, é uma curadoria tão centrada na tecnologia e no futuro, quanto direcionada para o presente.

Segundo o relatório, “mais do que nunca, entender o hoje e imaginar as possibilidades é o único jeito de construir o futuro que a gente quer.”

Entre todos os insights apresentados, para a redação, os destaques ficam a cargo da era da imaginação trazida pela IA, tendências de consumo anti-materialistas, redes sociais mais alinhadas ao entretenimento do que às interações sociais e as gerações mais novas buscando o alívio para a alta conectividade em tendências dos anos 90 e 2000.

Seria impossível trazer todo o material em um resumo aqui, mas a boa notícia é que o relatório está disponível gratuitamente neste link. De nada! 


VIEW E REVIEW: Novos formatos de anúncios no Instagram

O engajamento está baixo? Seus posts não aparecem mais para o seu público? Sua marca não consegue se destacar nas redes sociais?

Calma, o Instagram tem mais um espaço de anúncios para você!

Marcas em todos os lugares, inclusive na busca e nas notificações. Os novos formatos de publicidade do Instagram prometem ajudar a melhorar a conexão entre marcas e consumidores.

O primeiro deles, que segue em fase de testes, é o anúncio na busca. A partir do lançamento, quando o usuário pesquisar por um termo na busca do app e abrir um dos posts, o primeiro resultado pode ser um anúncio que correspondem à pesquisa.

Em entrevista ao The Verge, um porta-voz do Instagram disse que “os anúncios serão exibidos para termos de pesquisa que se enquadram em nossa comunidade e diretrizes de recomendação”. Estamos de olho, hein?

O segundo formato deixa clara a ambição da plataforma de atingir os usuários mesmo quando não estiverem no app: são os anúncios em notificações.

Com este novo recurso, as marcas poderão enviar lembretes aos usuários por meio de notificações (como as que já recebemos quando alguém interage com nosso @). A ideia é utilizar o recurso em lançamentos, eventos e outras datas importantes para a marca.

E, se nesse momento você já está abrindo as configurações para desativar as suas notificações, não precisa se preocupar. Faz parte da atualização deixar que os usuários optem por receber os lembretes ou não.

Se sua escolha for “sim”, já fique sabendo que são 3 notificações: 1 dia antes, 15 minutos antes e no início.

Segundo a Meta, dona do Instagram, “essas novidades são mais um passo no conjunto de ferramentas de negócios que a plataforma vem construindo para ajudar empresas a compartilharem suas histórias, alcançarem novos públicos e desenvolverem seus negócios”.

Novidade boa ou mais um incentivo para os usuários buscarem outras redes? Ainda não sabemos dizer, mas o Bizi vai ficar de olho para trazer os feedbacks em breve.

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