bizi | 05.09.23
Geralmente, quando alguém fala essa frase é porque o assunto é sério. Bom, nesse caso, o Bizi não é uma exceção. Trouxemos um assunto super sério, sim, mas também sensível e necessário: é Setembro Amarelo e precisamos conversar sobre ele. Confira esse e outros assuntos importantes logo abaixo.
Além de um mês de agenda cheia para nós — quem leu o último Bizi tá sabendo —, setembro também é conhecido por outro evento marcante: o Setembro Amarelo.
Parte do calendário de conscientização sobre doenças e causas, setembro é o mês de prevenção ao suicídio, que teve 16.262 registros em 2022, segundo o Anuário Brasileiro de Segurança Pública, divulgado em julho deste ano.
Isso dá uma média de 44 suicídios por dia!
Sem querer “pesar o clima” dessa news, decidimos trazer essa pauta por acreditar que esse é um assunto relevante, não só para o mundo do business (como veremos daqui a pouquinho), mas para a nossa sociedade como um todo. E se é importante, tem que estar por aqui.
Em uma matéria do Viva Bem UOL sobre o assunto, o secretário nacional da Associação Mundial para a Reabilitação Psicossocial, Rossano Cabral Lima, destaca que “Brasil e América Latina estão na contramão do mundo” nesse tema. Enquanto essas taxas crescem por aqui, outros países estão passando por um decréscimo de casos.
Mundialmente falando, o suicídio acontece com mais de 700 mil pessoas por ano — uma média de um caso a cada 40 segundos. É a quarta maior causa de mortes entre jovens de 15 a 29 anos. E tem mais:
“Há indícios de que, para cada pessoa que morre por suicídio, é provável que haja mais de 20 outras que tentam dar fim à própria vida.”
— Viva Bem UOL
Por isso, o Setembro Amarelo chega em boa hora para conscientizar sobre essa questão tão sensível e multifacetada. Neste mês, assim como em todos os outros, é necessário alertar as pessoas, conversar, sim, sobre o assunto e criar ações reais de combater o suicídio no Brasil.
Apesar de ser uma data no calendário nacional, o Setembro Amarelo começou nos EUA.
Em setembro de 1994, Mike Emme, um jovem comum de 17 anos que, aparentemente, não apresentava nenhum sinal, se suicidou.
Relatos contam que o jovem era conhecido como Mustang-Mike, porque tinha um Mustang, adivinha, amarelo. Como forma de homenagear Mike, apoiar as pessoas que estavam sofrendo com a perda e conscientizar sobre a causa, seus pais e amigos distribuíram cartões com frases de conforto e fitinhas amarelas em seu velório.
Antes de chegar por aqui, o dia 10 de setembro foi escolhido como o Dia Mundial de Prevenção ao Suicídio pela Associação Internacional para a Prevenção do Suicídio e endossada pela Organização Mundial da Saúde (OMS).
Em 2013, o presidente da Associação Brasileira de Psiquiatria (ABP), Antônio Geraldo da Silva, trouxe a data para cá e, em 2014, juntamente com o Centro de Valorização à Vida (CVV) e o Conselho Federal de Medicina (CFM), as instituições começaram a movimentar a campanha e conquistar parceiros no apoio à causa.
Por aqui, o mês conta com um portal completo, o setembroamarelo.com, com dados, diretrizes e até materiais de apoio gratuitos para empresas e entidades que querem contribuir com a campanha.
Todos os anos, o lema do Setembro Amarelo é atualizado e, em 2023, é “Se precisar, peça ajuda!”.
Muitas pessoas ainda tem a crença errada de que falar sobre o suicídio, de alguma forma, vai incentivar as pessoas a recorrerem a ele, como se fosse uma propaganda do mal. Mas, na verdade, é o oposto.
“É importante falar sobre o assunto para que as pessoas que estejam passando por momentos difíceis e de crise busquem ajuda e entendam que a vida sempre vai ser a melhor escolha.”
— Portal Setembro Amarelo
Por isso, o objetivo da campanha é bem claro: além de falar diretamente com quem passa por essa situação, o Setembro Amarelo quer falar com todos, porque quanto mais pessoas se mostrarem dispostas a ajudar, mais vidas serão salvas.
Segundo o portal da campanha, praticamente 100% dos casos de suicídio estão relacionados à doenças mentais (como depressão e ansiedade), principalmente as que não foram detectadas ou tratadas de forma incorreta.
Isso deixa claro que a maioria dos casos, na verdade, todos os casos poderiam ser evitados se tivéssemos um diálogo mais aberto sobre essas questões e, claro, se todos tivessem acesso a tratamento e educação psicológica.
O suicídio é um fenômeno multifatorial, ou seja, são vários elementos envolvidos que levam à decisão de uma pessoa tirar a própria vida. Por isso, é preciso uma articulação de setores e saberes para que ações de prevenção sejam bem-sucedidas.
— Viva Bem UOL
Um desses setores é justamente o trabalho. E é aqui que você, eu e todo o ecossistema envolvido com essa news entramos.
Não tem como falar de prevenção ao suicídio no ambiente de trabalho sem antes falar sobre como as empresas lidam com a saúde mental de seus colaboradores.
Um artigo da Forbes reuniu algumas pesquisas sobre o assunto. A maioria foi feita com profissionais baseados nos EUA, de onde a publicação original é, mas vale para saber como anda o sentimento geral em relação a esse cuidado.
O estudo da ResumeLab ainda identificou que esse tipo de problema tende a piorar por 6 erros cometidos pelos empregadores:
Portanto, para reverter esse quadro, o mais óbvio é seguir a direção oposta a esses erros. Mas para deixar ainda mais claro, Ellen Rudolph, fundadora e CEO da WellTheory, deixa 4 ensinamentos-base sobre o tema:
Fonte: Forbes
Antes de sair por aí mostrando ao mundo como a sua empresa se importa com o Setembro Amarelo, é preciso dizer: não adianta se envolver com a causa só esse mês, ok?
Assim como outras pautas sociais importantes que já trouxemos por aqui, o Setembro Amarelo e a prevenção ao suicídio devem fazer parte das ações da sua empresa sempre. Não porque vai gerar buzz, mas porque são temas necessários.
Você já sabe, mas também não custa lembrar que para um valor da empresa ser coerente do lado de fora, ele precisa antes ser verdadeiro do lado de dentro.
Por isso, comece com seu time interno.
Esse deve ser o foco das suas ações de conscientização, prevenção e cuidados simplesmente porque é esse público que você influencia primeiro e, sobretudo, é esse público que precisa de uma atenção especial da sua parte.
Tendo em mente os dados que compartilhamos, lembre-se de que uma liderança preparada para acolher e ajudar nessas demandas muda tudo!
Por isso, se puder disponibilizar acesso a um tratamento psicológico para todos, ótimo. Mas, se não der, invista em uma cultura humana, atenta às necessidades dos colaboradores e aberta ao diálogo.
Sai “de graça”, vai te ajudar em muitos outros pontos e não há preço que pague um time interno saudável.
Enquanto a redação do Bizi estava no Digitalks, outro evento superimportante aconteceu no final de agosto.
O WhatsApp Business Summit 2023 foi um evento organizado pelo WhatsApp com foco na indústria do marketing para mostrar as soluções de negócio dentro da plataforma e também as principais tendências do futuro conversacional no Brasil.
E foi exatamente essas conversas que o summit destacou.
Além de ser um evento com diversas interações, palestras e cases sobre o uso comercial da plataforma, o WhatsApp Business Summit também trouxe uma novidade impactante: um novo recurso que permite a integração completa de e-commerces com o app.
A empresa escolhida especialmente para começar esse período de testes no Brasil (que começou ainda em agosto) foi a Magalu, um dos marketplaces com maior destaque no mercado atual.
“Hoje já existe a possibilidade de você criar o seu catálogo no WhatsApp, mas existem limitações, como quantidades de produto e falta de integração com o catálogo da empresa. O objetivo é facilitar cada vez mais todos os momentos da jornada. Então nós estamos trazendo para o WhatsApp toda a experiência que já existe fora do WhatsApp.”
— Guilherme Horn, head do WhatsApp na América Latina
De acordo com a Propmark, essa integração completa com a jornada do cliente permite que as marcas possam gerar conversas personalizadas em escala.
E tudo isso ainda poderá ser potencializado por inteligência artificial.
Em um dos painéis do summit, o WhatsApp mostrou em tempo real como seria esse processo. Desde a escolha do item pelo catálogo da marca até a efetivação da compra e pagamento, tudo acontece dentro do app.
Além da busca por produtos, outra novidade é a busca por localização, que vai exibir os negócios mais próximos ao usuário dentro do app.
Chamado de Guia de Negócios, o novo recurso vai funcionar parecido com o sistema do iFood, em que as empresas podem montar suas páginas com seus produtos dentro da plataforma e, claro, ser encontradas por seu público.
Apesar de termos certeza de que a Meta não vê a hora de liberar as novas funções, ainda não há uma previsão para que as novidades cheguem para todos.
Mas a Magalu já garantiu que o recurso que está testando será aberto para seus consumidores em breve.
O que achou das novidades? Ficou com vontade de testar os recursos por aí também?
Se você estava por aqui na última edição do Bizi, sabe que esse mês temos um evento marcado para o dia 21 de setembro e queremos você com a gente!
O Decision Day é um encontro no hub do Data Driven Decision — ou DDD —, uma plataforma 100% online e gratuita que conta com:
Este encontro será um dia especial no hub do DDD para trazer ainda mais conteúdos sobre o mundo dos dados e auxiliar empresas e profissionais a alcançarem a proficiência analítica.
E você está vendo ele por aqui porque, este ano, somos realizadores desse encontro, que está cheio de novidades:
Para você, que é Bizi, se você se interessa pelo mundo dos dados e quer continuar aprendendo sobre essa área que cresce cada vez mais em importância e resultados, se inscreva no Decision Day.
Esse encontro gratuito vai acontecer no dia 21 de setembro, e trará temas como Data Viz, Data-Driven Leadership, pesquisa de mercado para gerar insights, futuro do marketing, diferenças geracionais pela ótica dos dados e muito mais.
De quebra, você ainda ganha acesso às +90h de conteúdos do hub do DDD com tudo aquilo que falamos aqui em cima. Uma oportunidade assim não aparece todo dia, hein?
Sabemos que o ESG tem trazido um impacto muito positivo para as empresas que adotam ações nesse sentido e, consequentemente, para o planeta.
Mas se engana quem pensa que dá para fazer esse processo de qualquer jeito. Além de atentos ao que as empresas estão fazendo, os consumidores estão cada vez mais de olho em como elas estão fazendo.
Empresas grandes, médias, pequenas e de todos os segmentos podem se destacar com práticas ESG, mas para isso, existem algumas diretrizes.
É por isso que trouxemos 4 estratégias deixadas por Samanta Lopes, Coordenadora da Área Educacional ED&I da um.a Diversidade Criativa, em seu artigo no Meio & Mensagem, para fazer suas iniciativas ESG prosperarem.
De acordo com dados da Opinion Box, 75% dos consumidores dizem que empresas com práticas sustentáveis têm mais chances de conquistá-los como clientes.
Por isso, antes de sair fazendo ações da sua cabeça, peça insights ao seu público.
“Questione-se: quem consome minha marca? Com quais assuntos esta pessoa se preocupa? O que move esta pessoa? O que é esperado da minha marca?”
— Samanta Lopes para Meio & Mensagem
São os consumidores que vão usufruir dessas ações no futuro, então é bom que eles gostem do que foi planejado desde o começo.
Afinal, criamos soluções para necessidades que já existem e não o contrário.
Já falamos sobre isso na news de hoje e não é coincidência encontrar essa premissa aqui também. O que a sua marca comunica para fora deve ser coerente com o que ela faz para dentro.
Tão simples de entender, tão difícil para algumas empresas colocarem em prática!
Além de manter sua consciência tranquila em não ser hipócrita, fazer suas iniciativas ESG começarem com o público interno ajuda a criar senso de pertencimento, valorização do empregado e ótimas taxas de engajamento. Pontos para o employer branding!
Uma vez que as ações ESG também estão estruturadas do lado de dentro, deixe que o público externo veja um pouco desses bastidores.
“Traga dados sempre que possível, para criar relações mais verdadeiras.”
— Samanta Lopes para Meio & Mensagem
Manter uma comunicação transparente — não só sobre a criação, mas também sobre o desenvolvimento e motivação dessas ações — mostra para o público que esse valor não fica só na aparência.
Além de vender, as marcas hoje também têm a missão muito especial de educar o público e até outros players do seu mercado. Não é diferente quando se trata do ESG.
“Crie artigos para mídias que se conectam ao seu público, promova posts e vídeos/trends sobre as temáticas conectadas com a sua missão de negócio, e lembre-se de que a coerência e a identidade precisam estar presentes em todo o seu planejamento.”
— Samanta Lopes para Meio & Mensagem
A executiva ainda fala sobre a importância de levar o ESG para dentro do universo da marca.
Isso vai fazer com que esses conteúdos gerem mais aderência junto ao público e mais credibilidade para a marca.
Já está colocando tudo em prática por aí? Compartilhe com o Bizi seus insights sobre ESG.
💛 Conversar é bom, todo mundo gosta e, especialmente quando se trata de saúde, todo mundo deveria. Não se esqueça de manter esse canal sempre aberto e até o próximo Bizi!
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