bizi | 04.06.24
Caso você seja assinante de um ou mais dos streamings, deve ter percebido que a conta aumentou no fim do mês.
Depois do HBO Max (agora só Max), e do Disney+ (agora com ESPN e Star+), chegou a vez do Spotify atualizar seus planos.
Por enquanto, isso aconteceu só nos EUA, mas o movimento é mundial.
Cada vez mais, os streamings buscam “incentivar fortemente” seus consumidores a optarem por planos pagos para fugirem dos anúncios que chegaram com tudo nesse canal. Entretanto, os anúncios também são cada vez mais importantes para os streamings. Um pouco paradoxal, diríamos.
Para a parte publicitária da redação, este é um assunto conflitante. Os planos gratuitos com anúncios representam um canal novinho em folha para esse mercado, com infinitas possibilidades e até mesmo a promessa de anúncios interativos. Ao mesmo tempo, sinceramente, não é nada agradável ter seu conteúdo e experiência sendo constantemente interrompidos.
Inclusive, chegamos à conclusão de que isso se intensifica porque a proposta inicial dos streamings era justamente não ter anúncios ou qualquer tipo de intervalo.
Como falamos nesse Bizi, o investimento em publicidade digital chegou a R$ 35 bilhões no ano passado (Digital AdSpend 2023) — e é claro que os streamings querem uma fatia desse montante.
Mais do que isso, vale lembrar que os streamings obtém dados apurados do público, já que o consumo é muito específico. Futuramente, isso pode se mostrar uma vantagem também para os consumidores, que vão poder contar com anúncios muito mais segmentados e de acordo com seus interesses, como também falamos nesse Bizi.
E uma pesquisa da Rakuten Advertising pode comprovar:
“71% dos espectadores em todo o mundo afirmaram comprar ou comprar ocasionalmente um produto ou serviço pesquisado após verem anúncios em serviços de streaming em vídeo.”
— Meio & Mensagem
Assim, podemos esperar 2 coisas: os anúncios não vão embora, a menos que você pague, e, por menos que você pague, esse preço não promete estabilizar.
Vem mais streamings e anúncios por aí! O streaming do SBT já vendeu todas as suas cotas de publicidade, antes mesmo de estrear.
De acordo com o levantamento da Antenna, o streaming que as pessoas não abrem mão não é o maior deles, a Netflix, mas o que não sai dos ouvidos: o Spotify.
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