última news: Outros dados importantes

bizi | 06.08.24

Depois de um hiato muito especial para falar especialmente sobre os dados do DDDDay, voltamos com a nossa programação rotineira para falar sobre, adivinha, mais dados! Hoje, especificamente, o Bizi está recheado de notícias sobre o julgamento do Google, funções humanas em tempo de IA e, claro, as Olimpíadas de Paris 2024. Vem conferir!


DEU RUIM: O monopólio do Google pode estar chegando ao fim

Ok, não foram os cookies de terceiros, mas podem ser os órgãos reguladores dos Estados Unidos a por um fim no monopólio do Google.

Em um julgamento realizado pelo juiz Amit Mehta, do Tribunal Distrital de Columbia (em Washington), a empresa foi considerada culpada de monopolizar as buscas online.

O documento que afirmou a decisão possui 277 páginas que incluem até depoimentos de executivos de grandes empresas de tecnologia e mostram como a big tech abusou de seu monopólio ilegal. Mas, para você que é bizi, vamos dar uma resumida.

A ação faz parte de um movimento antitruste (que já apareceu outras vezes por aqui) movida pelo Departamento de Justiça dos EUA.

Do lado das acusações:

  • Segundo o tribunal, o Google violou a Lei Sherman, considerada a lei antitruste mais antiga do mundo;
  • A empresa fez contratos exclusivos com fabricantes de aparelhos e navegadores, como Apple e Samsung, para garantir que o Google seria o mecanismo de busca padrão em seus produtos;
  • Inclusive, umas das provas apresentadas no julgamento foi o valor dos pagamentos do Google à Apple, para que o buscador continuasse nos iPhones: US$ 20 bilhões e 36% da receita de anúncios de busca do Safari, apenas em 2022;

Do lado da defesa:

  • Advogados do Google alegaram que o buscador é o mais utilizado por um motivo bem simples: ele é o melhor;
  • Segundo eles, os usuários escolhem mais o buscador por ser mais útil e a empresa investe frequentemente para que ele seja cada vez mais acurado;
  • Tudo isso gera um ciclo: mais pessoas usando = mais dados de comportamento identificados = melhorias nos sistemas de direcionamento = mais pessoas usando.

Mas o Departamento de Justiça decidiu que isso só acontece porque o monopólio do Google, reforçado por pagamentos bilionários, não dá chances para seus concorrentes construírem a escala necessária para competir.

Por fim, não teve para onde correr e o Google foi considerado culpado:

“Após ter considerado e ponderado cuidadosamente o depoimento e as provas das testemunhas, o tribunal chega à seguinte conclusão: o Google é um monopolista e tem agido como tal para manter o seu monopólio.”
— Amit Mehta, Canaltech

As implicações da decisão (como multas e outras medidas corretivas) ainda não foram esclarecidas, mas a decisão contra o monopólio do Google nas buscas online abre precedentes para que isso aconteça com outras empresas na mesma situação, mesmo que em outras áreas. É o caso das inteligências artificiais em desenvolvimento.

Inclusive, no dia 9 de setembro, o Google voltará a encarar os tribunais, dessa vez, para ser julgado em relação ao monopólio da publicidade online. Será que vem mais uma declaração de culpado?

+ News em tech:

Será que esse texto foi feito pelo ChatGPT? A redação garante que não, mas se você quiser confirmar, até a OpenAI poderá te ajudar. A empresa desenvolveu uma ferramenta capaz de identificar textos criados pela IA, mas está em dúvida sobre seu lançamento.


NÃO É CINEMA, MAS É HYPE: Só se fala nelas, as Olimpíadas de Paris 2024

São 19 dias de competição, 10.500 atletas e muitos torcedores envolvidos.

Não pegamos a estreia dos Jogos Olímpicos de Paris 2024 aqui na news, pois estávamos no DDDDay, mas não tinha como não falar desse outro grande evento por aqui.

Caso você não tenha visto ainda, dá só uma olhadinha nesses números:

  • 329 eventos
  • 32 esportes
  • 48 modalidades
  • 729 competições
  • 204 delegações de países e 1 equipe de atletas refugiados, além dos Atletas Neutros Individuais (representantes da Rússia e Belarus que não serão incluídos no quadro oficial de medalhas, devido à Guerra da Ucrânia)

Além disso, essa edição dos Jogos Olímpicos traz recordes históricos, como a participação de atletas mulheres. Dos 10.500 atletas, 5.250 são homens e 5.250 são mulheres, por definição do Comitê Olímpico Internacional (COI). Essa é a primeira edição da história que alcança a igualdade de gênero!

Mas não é só nas causas sociais que o maior evento esportivo do planeta se destaca. Nas redes sociais, ele também acumula big numbers como esses, especialmente brasileiros:

E é claro que as marcas sabem desse potencial.

Por aqui, o evento está sendo transmitido pelos canais:

  • Olympics.com
  • TV Globo
  • SporTV
  • Cazé TV 

Esse último, em especial, está surpreendendo o público quase tanto quanto a conquista de medalhas. Com transmissões online 100% gratuitas pelo YouTube e uma equipe de 200 profissionais (55 delas comentaristas, 12 narradores, 11 repórteres espalhados por Paris, e um time de influenciadores nas redes sociais), a CazéTV está se consagrando nas transmissões esportivas.

Toda essa estrutura conta com mais de 10 patrocinadores de peso, como Corona, Hellmann’s, iFood, Esportes da Sorte, Vivo e Volkswagen, que fazem ações especiais durante as transmissões.

“Nossas equipes já estão trabalhando para que esse ambiente de grandes eventos esportivos e enormes audiências seja o lugar perfeito para que a gente continue criando ações especiais com as marcas e alimentando as conexões verdadeiras com os fãs. Esse é o nosso propósito, e é o que vamos entregar na Euro e nas Olimpíadas.”
— Fabio Medeiros, Head de Conteúdo da CazéTV (Fonte: Lance)

E isso com certeza se estende para os atletas. Como você pode ver no infográfico aqui em cima, se tem uma coisa que os brasileiros são especialistas em fazer é engajar com outros brasileiros. Para falar somente do pódio dos mais mencionados:

  • A maior medalhista brasileira em Olimpíadas, Rebeca Andrade, é um talento cada vez mais procurado pelas marcas. Com patrocínios de gigantes como Havaianas, Adidas, Riachuelo e Vult, ela se tornou a segunda atleta brasileira com mais patrocínios;
  • No post de agradecimento aos seus patrocinadores antes do evento começar, Rayssa Leal tinha mais de 15 marcas literalmente à sua volta, como ela mesma disse “apoiando uma menina”;
  • Mesmo não sendo uma patrocinadora oficial, a Tilibra mostrou como o evento também pode interferir para o bem em seus resultados. Depois de muitos pedidos do público, a marca anunciou que, sim, vai ter um caderno com a foto de Gabriel Medina na capa.

E esse não é o fim! Esses são só alguns exemplos de como esse grande evento impactou desde as nossas conversas até nossas ações de marketing nos últimos dias.

As Olimpíadas de Paris 2024 se encerram no próximo dia 11 (domingo) e, confessamos, já estamos com saudades, aguardando ansiosamente o próximo evento esportivo para torcer, junto com as marcas, pelos atletas brasileiros.


FRAMEWORK: Novo papel humano na era da IA: restauranteur do marketing digital

Se você for uma pessoa conhecedora da gastronomia, ou até mesmo fã de Masterchef, talvez o termo restauranteur esteja te confundindo nesse contexto.

Mas, calma, não escolhemos a pauta errada. Essa forma de relacionar funções cruciais no marketing digital a profissões que, ao mesmo tempo, tem tudo e nada a ver com ele, vem do autor Frederick Vallaeys, cofundador e CEO da empresa de SaaS Optmyzr com mais de 10 anos de Google na bagagem.

Em um artigo para o Search Engine Land, o autor falou sobre como alguns papéis humanos se tornam ainda mais fundamentais com a chegada da IA generativa.

Até o lançamento de seu livro “Digital Marketing in an AI World”, de 2019, ele havia listado três:

O médico

Enfatiza as qualidades humanas de empatia, experiência e a capacidade de ver o quadro geral. Dividido em duas subfunções:

  • O médico de família, que entende profundamente os clientes e forneça soluções personalizadas com empatia;
  • E o patologista forense, que resolve problemas complexos com pensamento crítico e intuição.

O piloto

Mantém o controle e a supervisão, garantindo que tudo corra bem e os problemas sejam rapidamente resolvidos. Dividido também em duas subfunções:

  • Piloto comercial, que gerencia e monitora as contas, garantindo operações tranquilas e resolvendo problemas;
  • E piloto de caça, que busca ativamente por oportunidades competitivas e adapta estratégias rapidamente.

O professor

Como você já pode imaginar, o papel do professor é treinar e refinar continuamente os sistemas de machine learning, destacando a importância de haver contribuição humana nesse processo, entendendo e orientando o aprendizado. Ele também se divide em dois:

  • O instrutor, que refina continuamente os sistemas de machine learning, definindo parâmetros e orientando seus processos de aprendizado;
  • E o otimizador, que garante que os sistemas façam ajustes inteligentes com base em insights diferenciados para atender necessidades específicas.

Todos eles são essenciais ao lidarmos com a IA, mas Vallaeys descobriu que também existe uma quarta função: o restauranteur.

Como o nome supõe, essa é a função de um dono de restaurante que, assim como os profissionais de marketing, vive sob pressão por resultados.

“Um restaurateur, por natureza, é um mestre em equilibrar arte e ciência. Administrar um restaurante de sucesso envolve uma dança intrincada entre criatividade culinária, perspicácia empresarial e engajamento do cliente. Assim como a visão e a gestão de um dono de restaurante dão suporte à genialidade de um chef, os profissionais de marketing humanos desempenham um papel vital para garantir que a IA tenha os melhores dados (ingredientes) e direção estratégica (cardápio).”
— Frederick Vallaeys, SEL

E adivinha qual é a principal função de um restauranteur no marketing digital? Fornecer dados e contexto para que a IA possa executar o seu melhor trabalho.

Mas Vallaeys também destaca:

  • A adaptabilidade e inovação desse profissional, para ficar por dentro das mudanças do mercado e permanecer relevante em meio à concorrência;
  • Seu poder de narrativa e autenticidade, para criar experiências únicas e envolventes para seus clientes;
  • O equilíbrio entre precisão e personalização. Assim como um dono de restaurante precisa equilibrar os talentos precisos de um chef com os desejos do que seus clientes querem comer, o restauranteur também precisa “equilibrar a mensagem de sua própria marca com um toque de personalização para atingir o público certo com a mensagem certa no momento certo”.

Por fim, o autor destaca que, quanto mais a IA evolui, maior é a necessidade por expertises humanas que orientem a ferramenta a atingir seu potencial máximo.

“Assim como um dono de restaurante real aprimora as criações de um chef, o restauranteur aprimora os recursos de IA, impulsionando a inovação e mantendo uma vantagem competitiva no marketing digital.”
— Frederick Vallaeys, SEL

E aí, você se considera um profissional crucial na execução do marketing, mesmo com a presença da IA? Vale a pena investir nessas carreiras!


✍️ Apesar de sermos “a redação” também temos um pouquinho de restauranteur, afinal, combinamos uma seleção especial de notícias, mas quem dá sentido a essa curadoria é você. Voltamos com mais ingredientes na próxima edição!

Não perca nenhuma novidade!

Por aqui você vai conferir: Lorem ipsum dolor sit amet,
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