bizi | 07.03.25
Toda a vez que trazemos uma pauta sobre a Geração Z e seus empregos, tiramos muitos insights importantes sobre essa relação. Hoje não foi diferente.
Já começa que “trocar tanto de emprego” não é um problema para a geração, mas sim para os mais velhos, que valorizam a estabilidade profissional acima das demandas da GenZ. Mas será que tem certo e errado nesse cenário?
Pensando nisso, dessa vez, vamos analisar a coisa toda pela perspectiva dos jovens da geração Z — que, surpreendentemente ou não, já estão mais perto dos 30 que dos 10 anos de idade.
De acordo com uma análise de Jeff LeBlanc, professor na Universidade Bentley, para a Fast Company, não é que a geração seja desengajada, como muitos rotulam; “eles simplesmente não toleram chefes antiquados”.
Segundo o professor, o fato de saírem de fininho pelo quiet quitting, ou até pedirem demissão da forma tradicional, é uma resposta a ambientes injustos, desestruturados e sem conexão com seus valores pessoais. E isso é responsabilidade direta dos chefes.
De fato, é uma mudança de perspectivas. Modelos de liderança que funcionavam antes, baseados na motivação e até mesmo no bem-estar dos funcionários, não funcionam hoje se não tiverem o pacote completo. E isso não se resume a uma liderança carismática, mas uma que seja justa, estabeleça expectativas claras e realmente os escutem.
Baseando-se em pesquisas sobre o comportamento da geração Z, LeBlanc desenvolveu o Modelo de Liderança com Empatia Engajada (EELM), inspirado em 3 elementos essenciais para esse público:
O professor também acrescenta que, realmente, a forma como a geração Z se comunica é diferente das outras gerações. Mas quem é que não tem suas peculiaridades, não é mesmo?
Por fim, ele deixa um ponto claro: não é que eles estejam se demitindo, mas estão escolhendo onde investir sua energia. Se os líderes — e, portanto, as empresas — não adotarem esses pontos, com certeza não será nelas que a geração estará.
Para ele, a verdadeira questão não é se a geração quer ou não trabalhar duro, mas se a liderança está disposta a evoluir.
Neste outro artigo sobre a geração Z, Chris Moore (CEO da First, comunidade robótica focada em preparar jovens para o futuro), fala sobre como esses jovens precisam de espaço para errar e, assim, aprender e evoluírem em suas carreiras.
Do outro lado das empresas, um estudo do InstitutoZ com a YouPix, apontou que 84% da GenZ consome conteúdo de influenciadores todos os dias, entre outros insights relevantes.
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