bizi | 17.03.23
Um estudo do Itaú Unibanco analisou os hábitos de compra e pagamento da geração Z (nascidos entre 1995 e 2010) e descobriu o que muitos já sabiam: os mais jovens já têm suas preferências e prioridades financeiras.
Surpreendendo um total de 0 pessoas, a geração Z tem maior afinidade com as compras online e novas tecnologias de pagamento, como o contactless.
36% de suas compras são online, enquanto a média é 31%. Quando no presencial, 38% das compras são pagas com aproximação, contra 28% da média.
Apesar de terem um ticket médio consideravelmente menor que a média das outras gerações, é fato que o poder de compra da geração vem crescendo a cada ano.
Na análise das transações via PIX, que considerou somente pagamentos CPF > CNPJ, a genZ é a que mais utiliza o serviço.
Mas, mesmo com a melhor adesão ao PIX até agora, eles ainda preferem o cartão. Apesar do ticket médio também baixo (R$108 em comparação com R$168 nas outras gerações), houve uma alta de 30% nas compras feitas com cartão de crédito, sendo a geração que mais avançou no período.
Em 2023, as taxas de comparação entre os 2 métodos de pagamento ficaram em 18% para o PIX contra 82% para o cartão.
Sobre o destino de todas essas transações, o top 5 da geração Z é ocupado por:
Mas, além dessas, as categorias que mais cresceram em consumo, em relação ao ano passado, mostram que equilíbrio é tudo para a geração:
Contraditório? Pode ser que sim, mas reflete o potencial e as preocupações da geração emergente.
Segundo Mario Miguel, diretor de Cartões e Pagamentos do Itaú Unibanco, “apesar de ainda representar o menor pedaço entre todas as gerações, os jovens da geração Z são uma fatia cada vez mais importante, que vai liderar a forma como o mercado se transformará nos próximos anos”. Vale a pena ficar de olho!
Pensando na sustentabilidade prática dos negócios, pessoas novas entram em uma empresa, são treinadas por seus líderes, se desenvolvem lá dentro, se tornam líderes e dão continuidade ao ciclo. Será?
Um levantamento feito pela Associação Brasileira de Treinamento e Desenvolvimento (ABTD) mostrou que esse fluxo não está correndo como deveria.
Se pensarmos em uma rotina de 8h diárias, são 3 dias dedicados à essa especialização que pode dar continuidade ao negócio… e só.
A média encontrada pelo panorama é 32% menor que a praticada nos EUA, por exemplo. Enquanto por aqui um colaborador demora em média 2 anos para ganhar uma promoção e evoluir no plano de carreira, lá isso acontece em cerca de metade do tempo.
O quadro todo é complicado, mas piora quando se trata — adivinha? — da geração Z. Sim, além de público em potencial, eles também são o futuro do mercado de trabalho do lado de dentro.
Esses jovens, que estão entrando agora nas empresas, disputando suas primeiras vagas e até já pensando em pular para a próxima, têm demandas muito especiais e não é diferente quando se trata do emprego que querem.
Empatados em 2º lugar nas prioridades da genZ, aparecem o salário (28%) e a chance de trabalhar em algo que tenha um propósito com o qual se identificam (28%).
A pesquisa The Global Talent Trends Report da Universum, feita com 190 mil jovens, também mostrou que 91% dos universitários acreditam que é importante as empresas investirem em programas de treinamento e desenvolvimento para estagiários.
Expectativas altas? Sim. Mas não é tão difícil de entender e implementar as mudanças, principalmente se as empresas começarem a pensar no retorno que tudo isso pode trazer.
Não é só pelo turnover. Segundo a pesquisa da ABTD, 86% das empresas têm seus orçamentos de T&D definidos; o que falta — e que a geração Z ajuda a expor — é a falta de clareza na hora de comunicar.
Foi esse motivo, inclusive, que levou o grupo VCRP Brasil a criar o cargo de ZEO, uma ação em conjunto com o time de RH para desenvolver a comunicação com a genZ.
Além da VCRP, muitas empresas já estão desenvolvendo seus próprios cases de sucesso em T&D, como é o caso da fintech Neon, que conseguiu efetivar 10% de seus estagiários em tempo recorde, graças ao treinamento e desenvolvimento contínuo.
Para os especialistas no assunto, o acompanhamento desses talentos, não somente com materiais, mas com a assessoria de especialistas ajudando a desenvolver habilidades técnicas específicas e as desejadas soft skills, pode ser a chave para conquistá-los de vez.
Chega de dificuldade na hora de montar o cv perfeito! Depois de te contar que a IA está sendo cada vez mais utilizada nos processos seletivos, hoje o Bizi te conta que ela também chegou para ajudar o seu perfil no LinkedIn. Viu? Tá tudo conectado!
Nesta semana, a rede social mais importante para os profissionais anunciou uma novidade que promete revolucionar as bios por aí.
Segundo o LinkedIn, enquanto o GPT-3.5 vai ficar responsável pela descrição de vagas, o GPT-4 vai ajudar na descrição de perfis.
A descrição das vagas vai funcionar de maneira bem parecida com os artigos produzidos pelo ChatGPT: o usuário coloca as informações e a IA entrega um texto, que pode ser editado conforme a necessidade.
O objetivo é inspirar os usuários que ficam em dúvida sobre como começar esses textos, já que eles são realmente decisivos para o futuro de suas carreiras.
Além das novas ferramentas, outra novidade do LinkedIn são os cursos gratuitos focados em inteligência artificial generativa, assunto que não sai mais da pauta das inovações.
As aulas contarão com especialistas da indústria para desmistificar esse assunto e ajudar o usuário a entender mais sobre a IA.
Segundo o LinkedIn, vem aí 20 lições novas sobre o assunto na plataforma. Mal podemos esperar para testar tudo isso!
Aqui no Bizi, falamos bastante sobre a luta pelo espaço e reconhecimento das mulheres no ambiente de trabalho, certo? Apesar de acostumados a ver essas pautas, o dado que trouxemos hoje assustou até a redação.
A pesquisa mostra como é desigual o tratamento entre homens e mulheres quando se tornam pais. A impressão que fica é que, enquanto os pais recebem um bônus, as mulheres são punidas por sua maternidade — e isso afeta inclusive seu salário.
Dados do Pew Research Center mostraram, inclusive, que mães entre 25 e 44 anos têm uma probabilidade menor de estar no mercado de trabalho (entrar ou permanecer) do que mulheres da mesma idade que não têm filhos.
Além da quantidade de horas trabalhadas durante a semana e das oportunidades que “escapam” quando se tornam mães, a desigualdade salarial ao longo dos anos cria um gap que pode chegar a até US$1.188.960 ao longo de 40 anos de carreira nos EUA.
São muitas camadas e, quanto mais presentes elas estão no perfil da profissional, pior fica o cenário. Segundo a Forbes Brasil, a disparidade salarial de gênero e raça está presente em 94% dos empregos.
Essa diferença estrutural não afeta só as mulheres, mas também suas famílias e as futuras gerações, já que dois terços delas são o arrimo da casa nos EUA.
Segundo dados de projeção, levará 132 anos para recuperar a lacuna econômica geral de gênero, causada pela desigualdade.
Faz parte das ações que o ESG já está difundindo por aí, mas não custa relembrar, a igualdade de gênero precisa ultrapassar o discurso e se tornar, de fato, parte da cultura das empresas.
Apesar de ser um problema em si, a desigualdade salarial também é um sintoma de algo muito maior e pior, que é o machismo, a misoginia e o preconceito, capazes de estragos muito mais profundos que a economia de qualquer país.
As empresas são agentes importantes nessa transformação que acontece de dentro para fora em todas as instituições principais da nossa sociedade. Já está mais do que na hora de abraçar essa responsabilidade.
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