bizi | 11.02.25
As tensões entre Trump e o resto do mundo não param e a última possível consequência disso para o Brasil seria a suposta e tão temida taxação das big techs por aqui. Mas será que isso vai realmente acontecer?
Caso você esteja por fora do assunto, o presidente dos EUA, Donald Trump (que anda bem presente pelas nossas pautas), está reformulando as relações comerciais do país, uma taxa por vez. Os exportadores de aço e alumínio estão nessa lista e esse assunto é relevante para nós porque o Brasil é o segundo maior quando se trata do aço.
“Segundo levantamento do Poder 360, mais de US$ 6,3 bilhões (cerca de R$ 36,2 bilhões) em produtos de ferro, aço e alumínio saíram dos portos brasileiros em direção aos EUA em 2024.”
— Tecmundo
Por isso, como uma forma de resposta, o governo brasileiro poderia estar cogitando uma taxação de volta para um dos produtos mais utilizados por nós: as redes sociais e plataformas digitais.
Acontece que a maioria delas é norte-americana e você conhece bem, como Instagram, Facebook, Google, Amazon, etc. Mesmo operando — e lucrando — no Brasil, elas não pagam impostos para isso.
Uma das alternativas para alterar esse status é a “digital tax”, uma proposta estudada há anos pelo governo brasileiro que, por enquanto, avalia a situação com bastante cautela.
“A ‘digital tax’ não afetaria indústrias brasileiras porque não envolve taxar insumos importados dos EUA. Ela também teria apoio de representantes do setor industrial e varejista.”
— UOL Notícias
Mas, ao contrário das previsões catastróficas sobre o destino das big techs, o Ministro da Economia, Fernando Haddad, já antecipou que o governo não seguirá por este caminho. Pelo menos não enquanto o presidente Lula não disser que “sim”.
“Para não deixar dúvida, não é correta a informação de que o governo Lula deve taxar empresas de tecnologia se o governo dos Estados Unidos impuser tarifas ao Brasil. No mais, o governo brasileiro tomou a decisão sensata de só se manifestar oportunamente com base em decisões concretas e não em anúncios que podem ser mal interpretados ou revistos. Vamos aguardar a orientação do presidente.”
— Fernando Haddad, X
No fim, é tudo um exercício de observação do mercado. E paciência, é claro. Continuaremos de olho nessa pauta para trazer atualizações por aqui.
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