data nossa de cada dia: O Brasil teve mais de 470 mil afastamentos por saúde mental

bizi | 11.03.25

Se tem Bizi na sua caixa de entrada, você já sabe que terá dados impactantes acompanhando essa pauta. Mas, infelizmente, não podemos garantir que serão sempre dados positivos. Na edição de hoje, trouxemos uma publicação recente do Ministério da Previdência Social que, além de assustar, acende um alerta importante: o Brasil atingiu o maior número de afastamentos por saúde mental nos últimos 10 anos.

De acordo com o ministério, foram quase meio milhão de afastamentos: 472.328, para ser mais precisos. Isso representa um aumento de 68% em relação a 2023. Naquele ano, foram 283.471 licenças.

Esse número é resultado de uma situação multifatorial, incluindo a situação do mercado de trabalho atual. Mas, segundo os especialistas, um evento foi o catalisador principal: a pandemia da Covid-19. As cicatrizes deixadas por esse período incluem:

  • Luto pelas mais de 700 mil mortes e o fim de ciclos. Houve um aumento de 16% em separações de casais;
  • Estresse emocional após a crise e tempo de isolamento;

Junte esse histórico emocional à insegurança financeira (de 2020 até 2024, o preço dos alimentos subiu 55%) e o aumento da informalidade no pós-pandemia e você tem uma receita com alto potencial de dar ruim.

Confira mais dados sobre esse tema:

Segundo o Instituto Nacional do Seguro Social (INSS), as pessoas passaram, em média, três meses afastadas. Considerando os custos desse período, esses números podem ter gerado um impacto de quase R$ 3 bilhões só em 2024.

“O governo federal tem discutido medidas para conter a escalada dos afastamentos. O Ministério do Trabalho anunciou a atualização da Norma Regulamentadora 1 (NR-1), que estabelece diretrizes sobre saúde no ambiente de trabalho e passará a fiscalizar empresas, podendo aplicar multas caso sejam constatadas falhas na prevenção de riscos à saúde mental dos funcionários.”
— Infomoney

Mas, se pensarmos bem, nem era para surpreender tanto assim, visto a quantidade de crises que temos enfrentados nos últimos anos: políticas, climáticas, econômicas e até de trabalho.

Caso você tenha se escondido em uma caverna nos últimos meses e não saiba, já faz alguns meses que discutimos sobre a escala 6×1 (6 dias de trabalho e 1 de descanso) e como isso afeta os trabalhadores que fazem parte dela.

Agora, a pauta já conta com o apoio da maioria dos brasileiros e achamos isso muito bom. Se para pessoas privilegiadas por uma escala 5×2 (como a própria redação do Bizi e provavelmente nossos leitores também), o trabalho já se apresenta desafiador em alguns momentos, imagine ter somente 1 dia de pausa de todo essa pressão?! É literalmente insalubre.

Talvez o fim da escala 6×1 seja um bom avanço, mas não é a solução para a crise de saúde mental no Brasil. Precisamos de mais acesso a informações e tratamento de qualidade sobre o tema.

E, claro, precisamos de ambientes de trabalho mais saudáveis, com lideranças que levem a saúde mental a sério.

Afinal, o trabalho deveria realmente desenvolver nossas habilidades e projetar nossos talentos, ao invés de drenar nossa energia e prejudicar nossa saúde.

+ Continue no tema:

De acordo com uma pesquisa da consultoria de recrutamento e seleção, Michael Page, a baixa remuneração é a principal causa de estresse no trabalho. E isso é relevante porque, no ápice do estresse, ele pode levar à demissão voluntária e até mesmo ao burnout.

Já trouxemos esse assunto muitas vezes para o Bizi — vale a pena dar uma pesquisada no nosso site, bizi.today — mas a mais recente é essa aqui, sobre o “hábito” da GenZ de trocar de empregos.

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