bizi | 02.04.24
Um estudo da McKinsey mostrou que ser net zero não será bom apenas para o meio ambiente, mas também para o bolso do Brasil.
Em uma previsão sobre as emissões de carbono na atmosfera, a consultoria disse o Brasil poderia alcançar o status net zero em 2050. Isso, claro, tomando as medidas certas.
Hoje, é muito mais do que um status desejado, mas uma necessidade do planeta, principalmente do Brasil, que tem avançado rapidamente no sentido contrário.
E por medidas certas, queremos dizer a regularização do mercado de carbono, com um preço de US$ 20 por tonelada. Além de fomentar mais iniciativas de descarbonização, isso também garantiria uma produtividade adicional.
Saltou aos olhos, não é? Mas os benefícios não acabam aí.
De acordo com os especialistas, o principal problema por aqui é o desmatamento. 75% das emissões vêm do uso da terra, de mudanças nas florestas e da agricultura (Valor Econômico).
Mas o Brasil também tem um potencial enorme de reverter o problema. O IPCC prevê que, em 2050, o planeta precisará de 8 a 13 gigatoneladas para ser net zero. Segundo a McKinsey, o Brasil sozinho poderia gerar aproximadamente 2 gigatoneladas/ano. É uma conta que fecha muito bem!
“Se o Brasil evitar o desmatamento, limitar as emissões de indústrias, de geração de energia e transporte, e focar em descarbonizar a agricultura, só vai precisar de créditos de sequestro depois de 2040.”
— Henrique Ceotto, sócio da McKinsey & Company no Brasil
No entanto, dados da McKinsey também mostram que, no ano passado, o Brasil emitiu menos de um milhão de créditos de sequestro. A visão positiva de tudo isso é que, de acordo com Ceotto, agora o país tem oportunidade de aumentar mais de duas mil vezes esse índice.
Vale lembrar que tudo o que contribui para o Brasil ser net zero tem tudo a ver com os objetivos ESG e o papel das empresas nessa jornada. Assim, é um assunto importantíssimo para todos.
Já tem uma previsão de quando a sua empresa vai se envolver nesta causa?
Confira nossos outros conteúdos