bizi | 20.08.24
É só isso, acabou. Emprestamos essas clássicas expressões da música de Vanessa da Mata para dizer boa sorte para quem vai embora — e principalmente para quem acabou de chegar para conferir as notícias do Bizi de hoje. Nessa edição, você confere os insights que separamos sobre a saída do X do Brasil, previsão de gastos com a IA e lideranças ruins.
Depois de tantas edições discutindo essa possibilidade, ela finalmente aconteceu. Após mais um atrito entre a direção da rede social e a justiça brasileira, o X está saindo do Brasil.
O escritório do X e a representação da empresa aqui estão deixando as terras brasileiras (por enquanto), como esclarecido nesse post do Global Affairs, compartilhado pelo próprio Elon Musk, dono da empresa, no último sábado (17).
Mas, se você segue o Bizi há mais tempo, sabe que essa briga é antiga e, talvez, até previu esse momento acontecendo.
Nos novos capítulos, que se desenrolaram nesse final de semana, o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF), Alexandre de Moraes, determinou que o X bloqueasse contas por práticas “antidemocráticas e discursos de ódio”.
Seguindo o mesmo discurso que iniciou esse conflito, Elon encarou as medidas como “ordens de censura” e decidiu tirar de vez a rede daqui. Ou mais ou menos isso.
Se você é parte da resistência que ainda ama e usa a plataforma (como nós), não precisa se preocupar, as contas brasileiras na plataforma continuarão funcionando normalmente. Ou mais ou menos isso também.
“Francisco Brito Cruz, jurista e diretor executivo do InternetLab, ressalta que a rede social pode continuar operando no país, desde que siga a lei, mesmo sem uma representação legal formal. (…) Entretanto, o descumprimento de medidas judiciais pode levar à suspensão temporária da plataforma por meio de ordens enviadas às operadoras de telecomunicações, como já ocorreu em outros casos.”
— InfoMoney
Ainda de acordo com outros especialistas, a retirada da representação da empresa daqui não vai facilitar, mas dificultar o entendimento entre as partes. Na verdade, para João Brant, Secretário de Políticas Digitais do Governo Federal, essa retirada fará com que o X não cumpra mais nenhuma ordem judicial.
Em seu clássico estilo #freespeech, Elon chegou até a comparar o ministro brasileiro com Voldemort, o vilão da saga Harry Potter, em seu perfil no X. Resta saber se o X será a rede que sobreviverá dessa história.
Já estava sabendo dessa? O que achou da decisão?
Não tem jeito, a inteligência artificial é o tema da vez! Mesmo que um pouco saturado, esse assunto ainda ocupa as nossas conversas e projeções e, portanto, nossa curadoria por aqui.
E, por falar em projeções, um estudo da International Data Corporation (IDC) mostrou que o investimento nessa tecnologia promete expandir consideravelmente nos próximos anos.
De acordo com a corporação, os gastos com IA vão mais do que dobrar até 2028, chegando a US$ 632 bilhões (Worldwide AI and Generative AI Spending Guide, IDC).
Mas um tipo bem específico de IA desponta ainda mais nessa estimativa: a inteligência artificial generativa ou GenAI. Para chegar nessa conclusão, o estudo se baseou na atual taxa de crescimento anual (CAGR) desse segmento, que já chegou a 29%.
Isso aconteceu e vai continuar acontecendo porque a presença da tecnologia em novos produtos só cresce a cada dia — como você pode ver em praticamente todas às vezes em que o assunto apareceu aqui no Bizi.
“As transformações baseadas em IA proporcionaram resultados de negócios tangíveis e valor para organizações em todo o mundo e estão construindo suas estratégias de IA em torno da experiência do funcionário, envolvimento do cliente, processo de negócios e inovações do setor. Com inovações desenfreadas em ferramentas e tecnologias de IA confiáveis e melhor harmonização da interação entre humanos e máquinas, as barreiras à adoção de IA em escala continuarão a diminuir.”
— Ritu Jyoti, vice-presidente do grupo e gerente-geral de IA e Pesquisa de Dados da IDC
O estudo também previu em que setores e soluções esses gastos estarão mais concentrados:
Coincidentemente ou não, o Brasil também tem uma projeção especial para a IA por aqui: o Plano Brasileiro de Inteligência Artificial (PBIA) 2024-2028, lançado durante a 5ª Conferência Nacional de Ciência, Tecnologia e Inovação, neste mês.
O plano prevê que, até 2028, nosso país investirá cerca de R$ 23,03 bilhões na pesquisa e desenvolvimento da tecnologia. A título de comparação, o Fundo Eleitoral para as próximas eleições municipais de 2024 será de R$ 4,9 bilhões.
Ao que parece, estamos caminhando não somente para a regularização da IA, mas para o acesso da tecnologia a todos. Vale lembrar que isso demanda também investimentos de letramento digital e conscientização da população sobre o que exatamente é a IA e até onde ela pode atuar.
Mesmo que esse seja só o começo, já significa que estamos no caminho. E por aí, qual é a sua previsão para a IA?
Por falar em conflitos empresariais, como vai a sua relação com seus chefes e liderança?
De acordo com uma pesquisa do LinkedIn nos Estados Unidos, praticamente sete em cada dez profissionais pediriam demissão para fugir de um chefe ruim. Pega mal, não é?
Segundo a Forbes, as gerações mais novas são as que mais sentem esse problema. Em ordem, os mais propensos a buscar uma nova oportunidade após se desentender com os chefes são os millennials (77%) e a geração Z (75%). Mas eles não são os únicos.
A pesquisa apontou que a geração X (68%) e até os baby boomers (61%) também deixariam a empresa atual por conta de um chefe ruim, provando que o problema afeta realmente a todos.
“Entre as principais características de um líder tóxico estão abuso de poder, manipulação emocional e comunicação violenta e falta de reconhecimento.”
— Forbes
Além de dificultar o relacionamento de forma geral, um chefe ruim também desperdiça talentos e, consequentemente, dinheiro.
De acordo com uma pesquisa da Society for Human Resource Management, as “lideranças tóxicas” geraram mais de US$ 220 bilhões em custos de rotatividade entre 2014 e 2019. Aliás, essa troca constante de profissionais é um dos principais sinais de que tem algo de muito errado com a liderança de uma empresa.
Ainda segundo o artigo, ser um chefe ruim também desincentiva que outras pessoas queiram ao menos chegar à gestão, principalmente na geração Z. Por si só, essa já é uma situação difícil de contornar, quando associada às lideranças falhas, fica pior ainda.
Para reverter esse ciclo, o treinamento dos líderes e gestores é essencial. Mas, muito além disso, a cultura da empresa tem que estar sintonizada com esses valores.
Só assim, tanto a liderança quanto os liderados, evoluem juntos.
🙋♀️ O X pode até ir embora e acabar com metade da nossa curadoria semanal (rs), mas o Bizi sempre estará por aqui para te deixar a par de tudo o que acontece no mercado! Até a próxima!
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