bizi | 07.02.25
Tem coisas que não dá para ignorar: as chuvas destrutivas dos últimos dias, a supremacia dos consumidores no novo ciclo de compras, o aumento dos riscos tecnológicos com a IA do Google e uma newsletter com todas essas notícias. Além de um resuminho para quem não tem tempo a perder nesta sexta-feira. Vem conferir o Bizi de hoje!
Quando se trata de ESG, muitas empresas se dizem preocupadas com a pauta. Mas será que isso vai além do discurso?
Algumas editorias atrás, até comentamos aqui no Bizi sobre como o ESG parecia estar perdendo força, perto de outras prioridades empresariais.
Na verdade, a urgência em tratar desses temas e tirar esses princípios do papel é ainda maior hoje do que quando começamos a falar sobre ESG. Mas, com certas movimentações políticas recentes — cof-cof, Trump alterando leis que desincentivam a agenda ESG —, algumas empresas parecem estar pivotando rapidamente na direção de um retrocesso.
Porém, enquanto algumas marcas vão nessa direção, outras permanecem na evolução das ações sociais, de sustentabilidade e governança. É o (feliz) caso da C&A, que acabou de reafirmar seu posicionamento de “promover uma moda com impacto positivo para a sociedade e o planeta”.
Em um comunicado oficial para a imprensa, a empresa reforçou suas metas públicas para 2030. Entre elas:
Vale lembrar que é por conquistas assim que a C&A integra a carteira IDIVERSA da B3 pelo segundo ano consecutivo. Esse índice reúne as companhias de capital aberto que se destacam em ações de diversidade no Brasil.
E ela não é a única — ainda bem! Recentemente outras marcas também tem se posicionado nessa “contramão” que deveria ser a única via possível.
No dia 21 de janeiro, logo depois das declarações polêmicas do presidente norte-americano e de várias empresas seguindo seus passos, a Natura divulgou um comunicado com um recado importante: “o compromisso com a vida não aceita retrocessos”.
No texto, a empresa também lembra que o esforço para tornar o mundo mais justo deve ser intencional e coletivo, e que, diante dos últimos acontecimentos, é urgente agir de forma consistente para combater a crise climática e as injustiças sociais.
E, por fim, quem também reforçou seu compromisso com a sustentabilidade foi a Vivo, por meio de uma nova assinatura: Futuro Vivo.
Com um foco muito claro em sua brasilidade, a empresa falou sobre sua ancestralidade e as raízes indígenas do nosso país e de sua própria história. Com Alok como protagonista, o filme deixa um lembrete válido para todos: “cuidar da vida e da natureza é um chamado que não podemos ignorar”.
Recados devidamente passados, esperamos que, diferente do que rola com algumas empresas no hemisfério norte, cof cof, você possa se inspirar nos bons exemplos que temos aqui.
Amamos compartilhar tendências e dados que mostram o que os consumidores querem, mas, convenhamos, é igualmente importante saber o que eles não querem.
De acordo com o estudo CX Trends 2025, realizado pela plataforma Octadesk, existe um top 3 da decepção, que é: qualidade, entregas e atendimentos ruins.
O ranking com os dados ficou assim:
A parte boa é que os consumidores também apontaram o que os faria mudar de opinião. Ganha pontos quem tiver:
Em complemento, os fatores mais influentes na decisão de compra são:
O estudo apontou também que o consumo dos brasileiros atualmente é híbrido: nos últimos 12 meses, 77% dos entrevistados realizaram compras tanto online quanto em lojas físicas. A preferência se divide assim:
Além delas, o WhatsApp (30%) e o Instagram (28%) apareceram como plataformas importantes no processo de decisão. Por isso, vale a pena ficar de olho nos recursos que elas oferecem.
E aí, se identifica com alguma dessas queixas?
Por falar em decisões arbitrárias, o Google entrou em outra polêmica nesta semana. Enquanto autoridades e governos caminham para regularizar a inteligência artificial e minimizar seus riscos, a big tech alterou seus princípios originais sobre a IA e, consequentemente, excluiu a proibição de usar sua tecnologia na construção de armas.
E se você está se perguntando o que mudou, de fato, é que, antes, os princípios de IA da empresa incluíam uma seção chamada “Aplicações de IA que não buscaremos”.
Nessa seção, havia termos específicos que preveniam o uso da IA do Google para fins nocivos, como “armas ou outras tecnologias cujo objetivo principal é para machucar pessoas” ou “tecnologias cujo propósito se contrapõe aos princípios aceitáveis de leis internacionais e direitos humanos”. Mas, agora, esses trechos não existem mais.
Em declaração, os executivos James Manyika, vice-presidente do Google, e Demis Hassabis, líder do laboratório de IA Google DeepMind, afirmaram que os princípios precisavam de uma atualização.
Não que o Bizi queira ser repetitivo, mas esse “afrouxamento de regras” também tem a ver com a posse do novo presidente dos Estados Unidos.
Vale lembrar que quem também mudou suas regras recentemente — e para pior — foi a Meta, ao encerrar o sistema de verificação de fatos de suas plataformas. Falamos sobre essa polêmica aqui.
Ao final do documento, o Google diz que “não é sobre desenvolver uma IA poderosa: é sobre construir a tecnologia mais transformadora da história da humanidade”. Mas será mesmo que esse tipo de atualização nos termos contribui para essa construção?
O que achou dos novos termos da empresa?
📄 Gostaríamos de reafirmar nossos termos por aqui também: continuaremos comprometidos em te trazer insights quentinhos, que além de preciosos, não contribuem para o aquecimento global. Só vantagens!
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