última news: Não dá para ignorar

bizi | 07.02.25

Tem coisas que não dá para ignorar: as chuvas destrutivas dos últimos dias, a supremacia dos consumidores no novo ciclo de compras, o aumento dos riscos tecnológicos com a IA do Google e uma newsletter com todas essas notícias. Além de um resuminho para quem não tem tempo a perder nesta sexta-feira. Vem conferir o Bizi de hoje!


PUT@ CASE, MEO: Marcas na contramão do retrocesso

Quando se trata de ESG, muitas empresas se dizem preocupadas com a pauta. Mas será que isso vai além do discurso? 

Algumas editorias atrás, até comentamos aqui no Bizi sobre como o ESG parecia estar perdendo força, perto de outras prioridades empresariais.

Na verdade, a urgência em tratar desses temas e tirar esses princípios do papel é ainda maior hoje do que quando começamos a falar sobre ESG. Mas, com certas movimentações políticas recentes — cof-cof, Trump alterando leis que desincentivam a agenda ESG —, algumas empresas parecem estar pivotando rapidamente na direção de um retrocesso.

Porém, enquanto algumas marcas vão nessa direção, outras permanecem na evolução das ações sociais, de sustentabilidade e governança. É o (feliz) caso da C&A, que acabou de reafirmar seu posicionamento de “promover uma moda com impacto positivo para a sociedade e o planeta”

Em um comunicado oficial para a imprensa, a empresa reforçou suas metas públicas para 2030. Entre elas:

  • Manter pelo menos 60% de mulheres em cargos de liderança (atualmente, a C&A já conta com 66%), e aumentar a representatividade de pessoas pretas, pardas e indígenas em posições gerenciais para 30%;
  • A empresa também registra que conta hoje com 18,5% de associados que se autodeclaram LGBTQIAPN+, reforçando a iniciativa de manter um ambiente inclusivo e plural;
  • Em relação à sustentabilidade, a varejista ainda quer atingir 80% de matérias-primas sustentáveis na produção, além de chegar a 30% de redução de emissões absolutas de gases de efeito estufa, ainda nos próximos 5 anos.

Vale lembrar que é por conquistas assim que a C&A integra a carteira IDIVERSA da B3 pelo segundo ano consecutivo. Esse índice reúne as companhias de capital aberto que se destacam em ações de diversidade no Brasil.

“Na C&A Brasil, acreditamos que uma empresa só é relevante quando está verdadeiramente conectada às necessidades e características da sociedade. Diversidade, inclusão e sustentabilidade não são apenas compromissos, mas alicerces que sustentam nossa visão de futuro. Continuaremos a liderar pelo exemplo, promovendo escolhas conscientes e com impacto positivo em todas as nossas ações”.
— Paulo Correa, CEO da C&A Brasil

E ela não é a única — ainda bem! Recentemente outras marcas também tem se posicionado nessa “contramão” que deveria ser a única via possível.

No dia 21 de janeiro, logo depois das declarações polêmicas do presidente norte-americano e de várias empresas seguindo seus passos, a Natura divulgou um comunicado com um recado importante: “o compromisso com a vida não aceita retrocessos”.

No texto, a empresa também lembra que o esforço para tornar o mundo mais justo deve ser intencional e coletivo, e que, diante dos últimos acontecimentos, é urgente agir de forma consistente para combater a crise climática e as injustiças sociais.

“Nos desafiamos a ser, nas próximas décadas, um negócio regenerativo, indo além da compensação de impactos negativos para passar a gerar resultados positivos sistêmicos para as pessoas e para a natureza. Acreditamos que os negócios só se tornam mais prósperos na medida em que a humanidade e natureza também prosperam. O momento que vivemos demanda de nós a responsabilidade de ir além. Nosso compromisso com a vida não aceita retrocessos.”
— Natura

E, por fim, quem também reforçou seu compromisso com a sustentabilidade foi a Vivo, por meio de uma nova assinatura: Futuro Vivo.

Com um foco muito claro em sua brasilidade, a empresa falou sobre sua ancestralidade e as raízes indígenas do nosso país e de sua própria história. Com Alok como protagonista, o filme deixa um lembrete válido para todos: “cuidar da vida e da natureza é um chamado que não podemos ignorar”.

Recados devidamente passados, esperamos que, diferente do que rola com algumas empresas no hemisfério norte, cof cof, você possa se inspirar nos bons exemplos que temos aqui.


DATA NOSSA DE CADA DIA: O que os consumidores não querem

Amamos compartilhar tendências e dados que mostram o que os consumidores querem, mas, convenhamos, é igualmente importante saber o que eles não querem.

De acordo com o estudo CX Trends 2025, realizado pela plataforma Octadesk, existe um top 3 da decepção, que é: qualidade, entregas e atendimentos ruins.

O ranking com os dados ficou assim:

  • Produtos ou serviços com qualidade abaixo do esperado (26%);
  • Entregas atrasadas (24%);
  • Entregas não realizadas (21%);
  • Propaganda enganosa (24%);
  • Problemas no atendimento (20%);
  • Falta de retorno sobre reclamações e solicitações (18%).

A parte boa é que os consumidores também apontaram o que os faria mudar de opinião. Ganha pontos quem tiver:

  • Resolução rápida de problemas (37%);
  • Ampliação das opções de frete (37%);
  • Cupons de descontos em compras futuras (33%);
  • Redução do tempo de entrega (32%).

Em complemento, os fatores mais influentes na decisão de compra são:

  • Frete grátis (62%);
  • Qualidade do produto ou serviço (56%)
  • Preço competitivo (53%).
“Para as empresas, esses dados são um alerta: melhorar a experiência do cliente não é mais uma opção, mas uma necessidade competitiva.”
— Rodrigo Ricco, fundador e diretor da Octadesk

O estudo apontou também que o consumo dos brasileiros atualmente é híbrido: nos últimos 12 meses, 77% dos entrevistados realizaram compras tanto online quanto em lojas físicas. A preferência se divide assim:

  • 68% para ojas online;
  • 66% para marketplaces;
  • 64% para lojas físicas.

Além delas, o WhatsApp (30%) e o Instagram (28%) apareceram como plataformas importantes no processo de decisão. Por isso, vale a pena ficar de olho nos recursos que elas oferecem.

E aí, se identifica com alguma dessas queixas?  


DEU RUIM: A IA do Google não será mais proibida para usos nocivos

Por falar em decisões arbitrárias, o Google entrou em outra polêmica nesta semana. Enquanto autoridades e governos caminham para regularizar a inteligência artificial e minimizar seus riscos, a big tech alterou seus princípios originais sobre a IA e, consequentemente, excluiu a proibição de usar sua tecnologia na construção de armas.

A atualização foi feita no mesmo documento de 2018, assinado por Sundar Pichai, CEO do Google. O contraditório é que, segundo a Wired, esse texto serviu justamente para acalmar as expectativas do mercado em relação ao uso de IA no programa militar dos EUA.

E se você está se perguntando o que mudou, de fato, é que, antes, os princípios de IA da empresa incluíam uma seção chamada “Aplicações de IA que não buscaremos”.

Nessa seção, havia termos específicos que preveniam o uso da IA do Google para fins nocivos, como “armas ou outras tecnologias cujo objetivo principal é para machucar pessoas” ou “tecnologias cujo propósito se contrapõe aos princípios aceitáveis de leis internacionais e direitos humanos”. Mas, agora, esses trechos não existem mais.

Em declaração, os executivos James Manyika, vice-presidente do Google, e Demis Hassabis, líder do laboratório de IA Google DeepMind, afirmaram que os princípios precisavam de uma atualização.

“Acreditamos que as democracias devem liderar o desenvolvimento da IA, guiadas por valores fundamentais como liberdade, igualdade e respeito pelos direitos humanos. E acreditamos que empresas, governos e organizações que compartilham esses valores devem trabalhar juntos para criar uma IA que proteja as pessoas, promova o crescimento global e apoie a segurança nacional.”
— James Manyika e Demis Hassabis, G1

Não que o Bizi queira ser repetitivo, mas esse “afrouxamento de regras” também tem a ver com a posse do novo presidente dos Estados Unidos.

Vale lembrar que quem também mudou suas regras recentemente — e para pior — foi a Meta, ao encerrar o sistema de verificação de fatos de suas plataformas. Falamos sobre essa polêmica aqui.

Ao final do documento, o Google diz que “não é sobre desenvolver uma IA poderosa: é sobre construir a tecnologia mais transformadora da história da humanidade”. Mas será mesmo que esse tipo de atualização nos termos contribui para essa construção?

O que achou dos novos termos da empresa?


📄 Gostaríamos de reafirmar nossos termos por aqui também: continuaremos comprometidos em te trazer insights quentinhos, que além de preciosos, não contribuem para o aquecimento global. Só vantagens!

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