última news: Mais uma polêmica e mais um Bizi

bizi | 14.01.25

Vem entender mais uma polêmica do TikTok nos EUA, os empregos em declínio e as habilidades que dominarão 2030, o poder nos influenciadores, as movimentações do e-commerce em 2024 e as previsões para 2025, no Bizi de hoje. 

DEU RUIM: TikTok enfrenta possível banimento nos EUA

O TikTok pode ser forçado a encerrar suas operações em 19 de janeiro caso sua controladora, a chinesa ByteDance, não concorde em vender sua operação no país. A medida é parte da lei sancionada pelo presidente Joe Biden em 2024, conhecida como Ato de Proteção dos Americanos contra Aplicativos Controlados por Adversários Estrangeiros.

Argumentos em disputa

Os advogados do TikTok argumentam que a lei viola a Primeira Emenda da Constituição, que protege a liberdade de expressão. Noel Francisco, representante da plataforma, afirmou que o Congresso agiu com base no medo de desinformação chinesa, algo que, segundo ele, “deve ser decidido pelo povo”.

No entanto, os juízes mostraram pouca receptividade. Tanto os conservadores quanto os liberais destacaram que a lei foca na propriedade da ByteDance, e não no conteúdo do TikTok.

“O TikTok sofrerá alguns efeitos colaterais bastante severos, mas eles são colaterais”, disse a juíza liberal Elena Kagan.

Por outro lado, o governo argumenta que os laços do TikTok com a China representam um risco significativo à segurança nacional, justificando medidas mais drásticas.

A lei determina que lojas de aplicativos e provedores de serviços parem de atender à ByteDance e suas afiliadas, categorizando o TikTok como um aplicativo controlado por um adversário estrangeiro. Para evitar o banimento, a empresa precisa iniciar o processo de venda de sua operação nos EUA até 19 de janeiro.

A legislação também permite ao governo identificar outros aplicativos estrangeiros que possam ameaçar a segurança nacional, criando um precedente para casos futuros.

“Há uma longa tradição de prevenir a propriedade ou controle estrangeiro de meios de comunicação nos Estados Unidos”, segundo o juiz conservador Brett Kavanaugh.

Mercado de olho

A ByteDance enfrenta pressão para vender, com potenciais compradores como Kevin O’Leary, do programa Shark Tank, e Frank McCourt, proprietário do Los Angeles Dodgers, interessados na operação norte-americana do TikTok.

Enquanto isso, a empresa resiste, com Francisco argumentando que alternativas menos restritivas, como maior transparência sobre os laços do TikTok com a China, poderiam resolver o impasse.

O que vem a seguir?

A Suprema Corte deve decidir rapidamente, já que o prazo imposto pela lei está próximo. Enquanto isso, o presidente eleito Donald Trump, que assume em 20 de janeiro, sinalizou interesse em intervir, mas suas opções serão limitadas caso um processo de venda não esteja em andamento.

O governo acredita que a ameaça de banimento pode ser o estímulo necessário para que a ByteDance ceda.

Com a decisão judicial iminente, o futuro do TikTok nos EUA permanece incerto, mas as consequências podem estabelecer um marco na relação entre segurança nacional e plataformas digitais globais.

DATA NOSSA DE CADA DIA: O futuro do trabalho: empregos em declínio e as habilidades que dominarão 2030

Até 2030, profissões como caixas de banco, operadores de supermercado, trabalhadores dos correios e assistentes administrativos estão entre as mais ameaçadas de extinção, de acordo com o Relatório sobre o Futuro dos Empregos do Fórum Econômico Mundial (WEF). 

O levantamento aponta que um em cada cinco postos de trabalho atuais serão criados ou eliminados nos próximos cinco anos. Em termos absolutos, o mundo verá 170 milhões de novos postos de trabalho, mas também a extinção de 92 milhões de vagas. O resultado líquido será um aumento de 78 milhões de empregos até o final da década.

Os motores da transformação
Baseado em dados de mais de mil grandes empregadores globais que representam 14 milhões de trabalhadores em 55 países e 20 setores, o relatório analisa as macrotendências que moldam o futuro do trabalho. Entre elas estão:

• Avanços tecnológicos;
• Mudanças demográficas;
• Tensões geopolíticas;
• Incertezas econômicas;
• Transição para uma economia sustentável.

Esses fatores estão redefinindo as indústrias e remodelando as demandas por profissionais em todo o mundo.

A transformação em números

O ritmo das mudanças está desacelerando. No relatório anterior, publicado em 2023, o percentual de habilidades impactadas era de 44%. Hoje, caiu para 39%, reflexo dos esforços em treinamentos e capacitações.

À medida que o mercado de trabalho evolui, o foco na adaptação e no aprendizado contínuo será essencial para navegar nesse cenário de mudanças rápidas e significativas.

ESTA É NEW: O poder dos influenciadores: 80% confiam em suas recomendações

Um estudo da Rakuten Advertising, abrangendo países como Brasil, Austrália, França, Alemanha, Reino Unido e EUA, revela que 80% dos internautas consideram as recomendações dos criadores de conteúdo confiáveis, com 61% realizando compras influenciadas por elas.

Brasil: destaque global

No Brasil, os números impressionam: 83% dos consumidores já gastaram mais de R$ 100 em produtos recomendados por influenciadores. Além disso, 55% preferem conteúdos em vídeos curtos, apontando um caminho claro para marcas que desejam capturar a atenção do público.

“Os consumidores veem influenciadores como figuras autênticas e próximas, não apenas como promotores de vendas”, destaca Salomão Araújo, VP Comercial da Rakuten Advertising.

O especialista também chama a atenção para o crescimento do TikTok, que, embora ainda atrás de Instagram e YouTube, segue ganhando espaço entre os brasileiros.

Autenticidade: o fator-chave

A autenticidade continua sendo um dos maiores pilares dessa relação. Inclusive, 84% dos consumidores deixam de seguir influenciadores quando percebem falta de sinceridade em seus conteúdos. Nesse cenário, os microinfluenciadores ganham relevância, atraindo seguidores altamente engajados e propensos à compra.

Com o mercado de influência em constante evolução, a relação entre autenticidade, tecnologia e engajamento promete moldar o comportamento dos consumidores em 2025. 

Por aqui, estaremos de olho nessas movimentações do mercado — e vamos compartilhar tudo com você. 

PREVISÃO DO MERCADO: E-commerce no Brasil alcança R$ 204,3 bilhões em 2024

Em 2024, o setor faturou R$ 204,3 bilhões, um crescimento de 10,5% em relação ao ano anterior, com destaque para o ticket médio de R$ 492,40 e um total de 414,9 milhões de pedidos realizados. 

O número de consumidores online também cresceu, atingindo 91,3 milhões, segundo a Associação Brasileira de Comércio Eletrônico (ABComm).

Quem comprou e onde?

Mulheres lideraram as compras no e-commerce, com a região Sudeste — especialmente São Paulo — dominando as transações digitais. A classe C foi protagonista, impulsionando o setor e demonstrando avanços no acesso à tecnologia e na inclusão financeira.

Olhando para 2025

As previsões da ABComm para 2025 indicam um faturamento de R$ 234,9 bilhões, ticket médio de R$ 539,28 e 435,6 milhões de pedidos. O aumento esperado também no número de consumidores, chegando a 94,05 milhões, será impulsionado por inovações como o Drex, a moeda digital do Banco Central, e a expansão de pagamentos digitais.

“A transformação digital é irreversível. O e-commerce segue evoluindo com inovação, novas tecnologias e uma experiência de compra cada vez mais personalizada. O crescimento consistente do setor fortalece o varejo como um todo e amplia as oportunidades para pequenos e grandes negócios”, comenta Mauricio Salvador, presidente da ABComm.

Fique ligado! O Bizi seguirá acompanhando as tendências e atualizações do setor de e-commerce. 👀

🤔 Será que teremos novas polêmicas no próximo Bizi? No que depender das redes sociais, sim! Nos vemos na sexta-feira, então.